Muita rotina e organização. Esses são os dois ingredientes-chave para quem almeja seguir a carreira de vida de chef, conforme Debora Borba de Souza, de 42 anos, a chef Debora Borba.

 

Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, Borba, que é Gastrônoma, Chef Boulange, Chef Patissier e Instrutora dos Cursos de Gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Paraná e EAD sinaliza que atuar no segmento de alimentação requer uma dedicação muito grande e aprender sobre gestão de pessoas e produtos. “A vida de chef não é o glamour propagado em programas, mas requer uma dedicação muito grande, aprender sobre gestão de pessoas e produtos, além de acompanhar os preços dos ingredientes oferecidos no mercado. Sobre o glamour concedido à Gastronomia, não me incomoda, mas posso afirmar como profissional do setor que a vida de chef real é bem diferente do que é mostrado nas redes sociais e programas de televisão. Para alcançarmos a aprovação dos comensais nessa profissão, é necessária muita organização, esforço mental e físico até que um jantar, por exemplo, esteja concluído”, revela.

 

QUER CONHECER MAIS SOBRE A VIDA DE CHEF E DE EDUCADORA DE DEBORA BORBA?

 

Portanto, confira na sequência:

 

• QUEM É DEBORA BORBA?
• FORMAÇÕES E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
• ROTINA COMO CHEF E EDUCADORA
• MOMENTOS MARCANTES COMO CHEF E EDUCADORA
• ATUAIS DESAFIOS COMO CHEF E EDUCADORA
• VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF E EDUCADORA
• DICAS DE CHEF E EDUCADORA

 

QUEM É DEBORA BORBA?

 

De acordo com a própria chef e educadora, ela é “uma mãe e avó dedicada pela família, além de ser uma profissional que deseja transmitir o que há de melhor nos conhecimentos de Gastronomia. Eu me interesso pelos meus colegas de trabalho e, principalmente, estimulo os meus alunos a se encantarem pela Gastronomia”, divide.

 

 

Borba acrescenta que “eu posso afirmar que o que mais me caracteriza como chef e educadora é a essência no preparo de cada prato, pois, ainda que esteja sempre estudando e me aperfeiçoando, eu nunca esqueci ou deixei de exercitar a melhor qualidade da Gastronomia, que é cozinhar com afeto e zelo”, garante.

 

FORMAÇÕES E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

 

Graduada em Gastronomia, Borda possui especializações como Chef Boulanger e Chef Patisser, sendo que a sua “paixão pela Gastronomia começou desde cedo e, por isso, eu aceitei trabalhar em um restaurante onde o Entrée (entrada) era feito por mim, dos pães aos acompanhamentos. Foi uma longa estrada de estudo e conhecimentos para chegar ao nível de ser Instrutora de Cursos de uma instituição como o Senac”, conta.

 

 

A chef compartilha também que “uma das especializações que eu fiz foi o curso de Panificação Artesanal, módulo 1 e 2, pelo San Francisco Baking Institute Brasil. Já na França, eu participei de um curso com duração de dois anos, em uma Boulangerie e Patisserie chamada Authie, na Normandie, em 2015 e 2017. Outro curso importante na minha carreira foi efetuado em uma cidreria, a La Ferme de Billy, em Rots, na Normandia, onde eu aprendi várias técnicas de fermentação como acadêmica de Engenharia de Alimentos, em 2021”, resume.

 

ROTINA COMO CHEF E EDUCADORA

 

Sobre a sua rotina como chef e educadora, Borba desvenda que “atuo, atualmente, como Instrutora de Cursos do setor de Gastronomia no Senac Paraná e EAD. Hoje em dia, a minha maior função é motivar e dividir minha a experiência com pessoas que desejam verdadeiramente trabalhar com a área de alimentos. Afinal, é possível sim gerar renda com a Gastronomia, mas desde que a pessoa se dedique e coloque em prática as técnicas aprendidas”, alerta.

 

MOMENTOS MARCANTES COMO CHEF E EDUCADORA

 

Assim como a maioria dos profissionais da área de alimentação fora do lar, Borba também teve a sua vida pessoal e profissional afetava pelos efeitos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19. Entretanto, a chef e educadora avalia que o período de isolamento social e restrições também deixou importantes aprendizados, o que lhe marcou. Isso porque, conforme Borba, “o período inicial da pandemia de Covid-19 foi difícil, mas eu usei a resiliência para manter o meu trabalho e isso foi conquistado com um plano B. Eu comprei um forno industrial e produzi pães para vendas em feiras de condomínios. Eu digo que foi uma das experiencias mais fantásticas que eu tive, pois foi possível ver o sorriso das pessoas mesmo com máscara, agradecendo pelo produto de qualidade que eu fornecia”, relata.

 

 

A chef e educadora complementa que “as experiências mais marcantes que eu tive no trabalho de Instrutora de Cursos do Senac foram as homenagens, a valorização do meu trabalho e o respeito dos profissionais e alunos. Cada ex-aluno que me procura para dizer que está trabalhando é um prêmio que ganho, uma satisfação impossível de descrever”, afirma.

 

ATUAIS DESAFIOS COMO CHEF E EDUCADORA

 

Já em relação aos seus atuais desafios como chef e educadora, Borba alega que, “definitivamente, são constantes na Gastronomia, pois é preciso organizar e se adaptar com ambientes com equipamentos diferentes, incluindo até uma cozinha móvel, como a que temos no Senac Paraná, por exemplo. A carreta vai até os municípios que não tem polo do Senac e, ainda assim, qualificamos pessoas que desejam se aperfeiçoar nessa carreira e até montar o próprio negócio”, explica.

 

VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF E EDUCADORA

 

Na visão de Borba, hoje em dia, “quando você aponta o cenário do mercado profissional food service, ele é aberto a todos que desejam empreender ou trabalhar nesse setor. Contudo, o que fará a diferença é conhecer e executar as técnicas específicas para oferecer produtos de qualidade”, aponta.

 

 

A chef e educadora esclarece ainda que, nos atuais dias, “os alimentos continuam a ter os mesmos valores nutricionais. Assim o que surpreende os consumidores é saber que alguns produtos podem ser nocivos à saúde de quem tem predisposição às doenças, como o glúten para celíacos e açúcar e carboidratos para diabéticos, por exemplo. Na minha opinião, as redes sociais precisam ser mais responsáveis, ou quem as administra, para não divulgar inverdades”, assinala.

 

DICAS DE CHEF E EDUCADORA

 

Entendido o que, realmente, é uma vida de chef e educadora e continua querendo seguir nessa carreira?

 

Logo, saiba que, conforme Borba, “a vida de chef é estar constantemente atualizado com o mercado, buscando aperfeiçoamento e conhecendo novas técnicas e sabores. Mas, a profissão vai muito além disso, pois é preciso lidar com novos equipamentos, mudança nas normas de segurança alimentar, ser firme com a equipe ou alunos na higiene e manipulação de alimentos. Eu acredito que o importante é sair do modismo dos preparos e valorizando os alimentos e a maneira como são preparados. A industrialização ‘facilita’ a vida das pessoas, mas a cozinha popular, com receitas repassadas pelas famílias, é muito mais afetiva e aproxima as pessoas. Por isso, se eu puder dar um conselho para quem deseja ser chef de cozinha é que estude e invista em conhecimentos específicos dentro das suas atividades de trabalho. Participe de feiras, simpósios, procure participar de cursos e leia bons livros da área. Toda informação é importante quando estamos construindo a nossa carreira e ela é o resultado de estudo e troca de experiências”, aconselha.

 

Na Rede Food Service é assim. Toda semana, te apresentamos um exemplo do que, realmente, é uma vida de chef. Por isso, continue nos acompanhando!

 

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