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Vida de chef autodidata proprietário de Restaurante e pousada em Campos do Jordão? É com Bernard Contipelli!

À frente do Restaurante Pontremoli, avaliação 5 estrelas no Tripadvisor, o empreendedor alega que "ser chef não é apenas vestir uma dolma e supervisionar a equipe, mas sim fazer parte dela"

ChefBernard6
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“Cozinhar é um ato de amor, é um processo fascinante”. É assim que Bernard Contipelli, de 59 anos, mais conhecido como o Chef BJ, classifica o que é ou deveria ser uma vida de chef de verdade.

 

À frente do Restaurante Pontremoli, localizado em Campos do Jordão, no interior de São Paulo, Contipelli, que é autodidata e também proprietário de uma pousada que abriga o seu bistrô italiano considerado o segundo melhor restaurante do Brasil, alega que “eu enxergo a função de Chef de Cozinha de uma maneira muito diferente do que a maioria enxerga. Ser chef não é apenas vestir uma dolma e supervisionar a equipe. Ser chef é fazer parte dela. É selecionar ingredientes, elaborar as receitas, treinar o time, ensinar o ponto, ensinar o modo de preparo, experimentar, é treinar o garçom, o chef de fila. Chef, para mim, faz até a decoração do ambiente. Eu, especificamente, também prezo pelo tratamento humano na cozinha. Não gosto daquela coisa de pressão, gente gritando, aquela loucura. Gosto de um treinamento assertivo, firme, mas com muito respeito e prazer. Afinal, cozinhar é isso, é prazer. E eu costumo falar que o estilo da minha cozinha é o slow food, sem pressa, apreciando cada combinação”, revela em entrevista exclusiva à Rede Food Service.

 

Quer conhecer mais sobre a vida de chef autodidata e proprietário de premiado bistrô italiano e pousada de Bernard Contipelli?

 

Então, é só conferir abaixo:

 

  • QUEM É BERNARD CONTIPELLI?
  • FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
  • TALENTO E VEIA EMPREENDEDORA QUE VEM DE FAMÍLIA
  • ATUAL ROTINA COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO
  • VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO
  • PROJETOS COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO
  • DICA DE CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO

 

 

QUEM É BERNARD CONTIPELLI?

 

Casado e pai de duas mulheres, Contipelli é uma pessoa “mais calada na vida pessoal, sou mais introvertido. A cozinha, realmente, me modifica. Ela vira uma chave em mim, que nasceu e cresceu em São Paulo, capital, mas que, há 23 anos, me mudei para Campos do Jordão, no interior. Hoje, eu vivo nessa cidade com a minha esposa e a minha filha mais nova. A minha filha mais velha casou, mas também mora em Campos do Jordão e trabalhamos todos juntos. As minhas duas filhas que são a minha paixão. A mais velha administra a pousada e a mais nova está seguindo os meus passos na cozinha. E, agora, inclusive, vai fazer um estágio na Itália. É assim que consigo unir a minha família. Nós trabalhamos e curtimos juntos. No fim, tudo vira diversão, memória afetiva e boas histórias para contar. Além de cozinhar, eu curto viajar e conhecer restaurantes novos, gosto de viver diferentes experiências gastronômicas. Recentemente, eu descobri o prazer de me movimentar e fazer alguma coisa pela minha saúde. Então, estou gostando muito de fazer pilates, yoga e frequentar a academia. Eu já conquistei tanto nessa vida, muito mais do que esperava e muito mais do que mereço, mas ver minhas filhas tocando o nosso empreendimento, cuidando de tudo e me deixando um pouco mais livre para viajar e curtir a vida ainda é um sonho que espero realizar”, divide.

 

O Chef BJ e a família – Divulgação – RFS

 

Especificamente sobre o seu lado profissional, o chef acrescenta que “tudo dentro da Gastronomia me faz feliz. A preparação dos alimentos, a descoberta de novos sabores, a evolução da equipe, conseguir formar novos profissionais, qualificar pessoas, passar tudo o que eu sei, os meus valores. Além da satisfação de quem está provando os nossos pratos, aquilo que preparamos com tanto estudo e carinho. O brilho no olhar dos nossos dos clientes é muito gratificante. Cozinhar é um ato de amor, é um processo fascinante. E, na cozinha, eu sou falante, gosto de compartilhar experiências, ensinar as pessoas, conversar sobre os pratos, sobre a elaboração e a escolha dos ingredientes”, esmiuça.

 

FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

 

Como já adiantado, Contipelli é um chef autodidata. Ou seja, nunca chegou a cursar Gastronomia, sendo que, na sua concepção, “tudo o que eu sei e o que sou hoje eu aprendi com a vida. São coisas que a faculdade e os cursos não ensinam e que só a dedicação, curiosidade e muito prática permitem. Eu, normalmente, passo duas, três horas por dia estudando ingredientes e descobrindo tudo sobre eles. Depois, eu vou para a cozinha e exploro as combinações, as formas de preparo. A minha cozinha é um verdadeiro laboratório e a minha profissão também”, classifica.

 

O Chef BJ – Divulgação – RFS

 

Sobre as suas experiências profissionais, o chef conta que “eu comecei trabalhando com o meu pai e, quando ele faleceu, eu tinha 17 anos. E, desde então, eu assumi o comando dos restaurantes que ele tinha junto com a minha mãe. Mas, depois de um tempo, vendemos tudo em São Paulo, capital, e nos mudamos para Campos do Jordão, onde abrimos a nossa pousada. No começo, a cozinha de lá era simples e tradicional, um restaurante que atendia apenas os hóspedes. Entretanto, eu tinha um sonho muito grande de ter um local que também atendesse o público externo. E, aos poucos, ele foi se tornando realidade e chegamos ao Pontremoli, que recebeu o certificado de segundo melhor restaurante do Brasil há anos e em primeiro lugar nos restaurantes de Campos do Jordão como destaque empresarial da cidade. Temos avaliação 5 estrelas no Tripadvisor, maior plataforma de viagens do mundo do Brasil, e já recebemos personalidades como Ana Maria Braga, Alok, Cid Moreira, Ronnie Von, Rodrigo Santoro, Seu Jorge, Maurício Manieri, Eriberto Leão, entre outros. Eu sempre fiz de tudo lá, desde a seleção dos alimentos até servir as mesas e ainda faço. É claro que, com a expansão dos negócios, eu não consigo ficar full time na cozinha, mas, sempre que eu posso, estou por lá, auxiliando em tudo”, partilha.

 

TALENTO E VEIA EMPREENDEDORA QUE VEM DE FAMÍLIA

 

Apesar de poder ser chamado de chef autodidata, grande parte do talento e veia empreendedora de Contipelli vem de família. Isso porque, conforme o próprio chef, ele sempre foi “bom de garfo, mas eu não gostava só de comer. Eu apreciava a comida e, desde os 12, 13 anos, já observava a minha mãe, as minhas avós e a minha bisa na cozinha. A minha família sempre gostou muito de cozinhar, de inventar receitas e todo mundo mandava muito bem. Meu pai não cozinhava, mas tinha um paladar muito apurado e era proprietário de restaurantes. Ele tinha quatro churrascarias em São Paulo, capital. E, naquele tempo, as cozinhas eram fechadas ao público. Então, ele nos ensinou que, se o banheiro de um restaurante é limpo, a cozinha provavelmente será e que isso servia também para o contrário”, relembra.

 

ATUAL ROTINA COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO

 

Atualmente, Contipelli avalia que possui uma rotina como Chef de Cozinha e empresário ainda bastante puxada. Afinal, ele relata que “eu ainda atuo, de forma efetiva, na cozinha, mesmo tendo uma equipe muito bem treinada e que domina a rotina do nosso restaurante. Mas, eu gosto de estar presente, de orientar, de provar, de vivenciar o dia a dia, mesmo. Então, eu já chego cedo e fico de olho no café da manhã da pousada. Depois, volto para olhar o chá da tarde e conferir como estão as coisas por lá, além dos preparativos para o jantar. Durante a noite, volto de novo e só vou embora quando finalizamos o jantar. Eu participo de tudo, desde a arrumação do salão, até a preparação dos pratos. Eu sempre estou atento a tudo e acredito que é o que mantém o padrão de qualidade do meu negócio”, assinala.

 

Ana Maria Braga no restaurante do Chef BJ – Divulgação

 

O chef acrescenta que “o Pontremoli é o meu projeto de vida, a realização de um sonho meu e do meu pai. Somos um bistrô italiano e o nosso conceito é slow food, que nada mais é do que uma cozinha mais artesanal, que preza pela qualidade dos alimentos e pela preparação tradicional, defendendo o prazer gastronômico. É cozinhar e apreciar sem pressa, respeitando o tempo de cada ingrediente. Trabalhamos com um menu fechado, que conta com entrada, prato principal e sobremesa. O nosso jantar dura, em média, quatro horas, mas é uma experiência completa e especial. Então, cada minuto vale a pena. A chegada de cada etapa do menu é apreciada nos mínimos detalhes. Assim, os clientes se sentem acolhidos e muitos deles até se emocionam enquanto degustam cada prato”, detalha.

 

Ainda sobre a seu dia a dia à frente do Pontremoli, Contipelli explica que “a estrutura do meu bistrô foi completamente inspirada na Toscana e, enquanto os clientes esperam os pratos, eles podem apreciar o clima intimista do restaurante. Temos mesas Fire Pit, com pequenas lareiras no centro, e a decoração é aconchegante, além de termos uma vista da natureza, que é proporcionada pela localização privilegiada aos pés das montanhas. Também é possível assistir à preparação dos pratos, já que temos uma cozinha show, totalmente aberta e impecável, que é mais um sonho nosso. O Pontremoli é um ambiente extremamente limpo e organizado, como poucos, para que todos possam ver as boas práticas da manipulação alimentar. Até as geladeiras foram colocadas em lugares estratégicos para que os nossos clientes também conseguissem olhar o armazenamento dos alimentos dentro delas. Assim como, os nossos ingredientes também são um grande diferencial, já que selecionados a dedo, importados e com qualidade excepcional. Resumindo, é um local de proposta romântica, para quem não pode errar na escolha. Hoje, recebemos casais do Brasil inteiro que vão a Campos do Jordão, especialmente, para o restaurante e ficam lá, por muitas vezes, umas seis horas e sem perceber. Comemoram datas especiais, pedido de namoro, casamento, bodas, enfim. O ambiente é totalmente propício ao vinho e uma boa conversa, um bom namoro. Os primeiros clientes são recebidos com uma salva de palmas por toda brigada e, para completar, os nossos garçons são, entre tantas qualidades, especialistas em tirar lindas fotos, para eternizar momentos únicos que serão lembrados para sempre”, divulga.

 

VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO

 

Para Contipelli, o atual mercado food service “é muito promissor. Eu acredito que as pessoas estão prezando, novamente, por uma alimentação de qualidade, com ingredientes selecionados e muito bem preparada. Além disso, eu acho que a pandemia de Covid-19 me ajudou a enxergar outros valores. Eu entendi que nem tudo é sobre dinheiro e que, enquanto estamos aqui, precisamos ser felizes. Percebi que temos de ter prazer no trabalho, amor na família e estar cercado de pessoas que realmente nos fazem bem. Também comecei a me cuidar mais e olhar com mais carinho para minha saúde”, compartilha.

 

Entretanto, o chef pondera que “eu também acho que o mercado brasileiro de alimentação fora do lar está carente de bons chefs, chefs de verdade mesmo, que entendam o conceito de uma boa cozinha, que saibam manusear os três principais ingredientes, que são os pilares da gastronomia: ovo, farinha de trigo e creme de leite. Então, acho que temos muitos espaços e oportunidades por aqui”, considera.

 

PROJETOS COMO CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO

 

Em relação aos seus projetos hoje em dia como Chef de Cozinha e empresário, Contipelli desvenda que “tem muita coisa boa acontecendo este ano para mim. Mas, eu acho que a principal delas é o evento gastronômico ‘Italian Baker’, que se trata de um almoço preparado por mim, juntamente com o Chef Roberto Ravioli e o Chef André Boccato, em uma panela exclusiva, que é única no Brasil. Ela é toda de inox e tem capacidade para preparar uma refeição que serve até 100 pessoas. A Paella é preparada a seis mãos, na ‘Ferrari’ das panelas, a maior e melhor de todas elas. Somos três italianos fazendo a coisa que nos dá mais prazer, que é trazer um pouquinho do nosso país de origem para o país em que escolhemos viver por meio da culinária afetiva. Somando, são quase 200 anos de idade e mais de 140 anos em experiência na cozinha. Estamos trazendo nesse evento a sofisticação e o conceito da gastronomia italiana para a Serra da Mantiqueira”, convida.

 

O Chef BJ e o Chef Italiano Claudio Savitar – Divulgação

 

O chef ressalta ainda que “eu já conquistei muitas coisas, realizei muitos sonhos, mas gosto de projetar sempre além. Por isso, uma filial do Restaurante Pontremoli em Dubai, Emirados Árabes Unidos, é algo que está nos meus planos e acho que é o meu maior sonho atualmente”, afirma.

 

DICA DE CHEF DE COZINHA E EMPRESÁRIO

 

Ficou inspirado (a) com a vida de chef de Contipelli, não é mesmo?

 

Portanto, segundo o próprio chef, para se tornar um profissional de sucesso no atual mercado brasileiro de food service assim como ele hoje em dia é necessário “não embarcar nessa viagem de ser Chef de Cozinha, se você não ama o que faz um chef. Se não tiver paixão, não tem sabor! Depois disso, a minha dica é: ouse, estude os ingredientes e deixe a imaginação fluir, pois os melhores pratos nascem das combinações mais inusitadas”, aconselha.

 

Quer conhecer outros tipos de vida de chef? Tudo bem!  Afinal, toda semana, nós da Rede Food Service te apresentamos uma diferente.

 

Por isso, continue nos acompanhando e aproveite agora para CLICAR AQUI e também conhecer Carlos José, o chef que foi da rotina administrativa e acadêmica para o empreendedorismo no segmento food service.

 

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