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Carlos Ribeiro: o chef que domina e une as artes da cozinha e da literatura

Autor de 16 livros sobre Gastronomia, Ribeiro é a prova viva de que o casamento entre teoria e prática pode ser a receita do sucesso no mercado food service

Foto: Divulgação

 

Dizem que cozinhar é uma arte que precisa de prática e paciência, assim como escrever. E quando uma pessoa domina e consegue unir essas duas artes? Qual é o resultado? Perguntas difíceis de responder, certo? Mas, hoje, nós da Rede Food Service vamos te respondê-las por meio da apresentação da inspiradora história de vida profissional de Carlos Manoel Almeida Ribeiro, de 61 anos, natural de João Pessoa, na Paraíba, o chef Carlos Ribeiro. Afinal, ele é a prova viva de que o casamento entre teoria e prática pode ser a receita do sucesso no mercado food service.

 

Formação e experiências

 

Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mestre em Cultura pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutorando em Cultura e Memória também pela UFPB, a vida de chef de Ribeiro é o que podemos chamar da união perfeita entre a teoria e a prática. Até porque ele é professor e pesquisador em História da Alimentação, além de autor de nada menos que 16 livros de Gastronomia, entre eles as obras Comida é Arte, Culinária Japonesa para Brasileiros, Comida de Santo Que Se Come e Oxum Doçaria Fina, além de ter coordenado a coleção Ajeum  e  a Yemanjá Aves e Pescados.

 

Foto: Divulgação

 

Ribeiro também possui vasta experiência como chef de cozinha em alguns restaurantes paulistanos e foi sócio proprietário por uma década do Na Cozinha, por meio do qual recebeu vários prêmios, como o Cozinha Brasileira e o título de Melhor Picadinho de São Paulo pelos veículos Estadão Paladar e Revista Época São Paulo. Em São Paulo, eu trabalhei no La Coruña, Mamarana, L’open, Athaliba Bistrô,Bucantini e no Na Cozinha. Atualmente, eu cuido do Panelão do Norte, que é um restaurante especializado em cozinha nordestina e fica localizado no bairro da Penha. É uma casa enorme e com vinte anos de sucesso com seu extenso cardápio. Também tenho vivências fora do Brasil, como no Japão, México, Porto Rico, Londres, Espanha, Alemanha e Costa Rica”, detalha.

 

Foto: Divulgação

 

Conforme o chef, desde 2018, quando vendeu o seu restaurante Na Cozinha, ele ainda dá “consultoria em cozinhas de hotéis, bares, restaurantes e leciono em cursos de pós-graduação”, completa. Assim como, grande parte do seu talento e vivência na cozinha vem de berço, uma vez que seus avós, tanto maternos, quanto paternos “tinham diferentes negócios no ramo da alimentação, sendo uma loja de bolos de festas, uma churrascaria, um bar, uma soparia e até uma pensão de hospedagem simples com quartos e alimentação”, partilha.

 

Real vida de chef

 

Com tantas atribuições, a rotina de Ribeiro é bastante corrida. No entanto, ele afirma que vida de chef é assim mesmo e exige características únicas. “Minha vida de chef sempre foi muito intensa, assim como eu sou. Como chef, temos que nos dedicar praticamente a vida toda e nunca termina, pois é uma profissão que exige muito do profissional. A vida de chef é uma vida muito difícil, que requer muita dedicação e muita gente não se ajusta a isso, pois precisa de esperar o tempo para sua maturidade”, alerta.

 

O Chef Carlos Ribeiro com Ronnie Von na TV Gazeta – Foto: Reprodução TV Gazeta

 

O chef revela também que é “um homem sonhador e que realiza os seus sonhos mesmo sendo todos eles infinitos. Já o meu estilo de culinária é composto pela busca constante do conhecimento por meio de estudos acadêmicos e experiências profissionais. Assim, meu estilo é cozinha brasileira, em especial, a nordestina e as de azeite de dendê”, classifica

 

Desafios e metas no atual mercado food service

 

Como atuais desafios e metas no atual mercado food service, Ribeiro divide que “é fazer com que uma casa de sucesso como é o Panelão do Norte se mantenha tão boa quanto já é e trazer o melhor que temos em tudo que já fazemos. Melhorar o que já é bom é um desafio constante. Já as minhas metas são fazer com que o meu trabalho continue sendo reconhecido e cuidar como já cuido das casas que confiam no meu trabalho”, afirma.

 

Criações do Chef Carlos Ribeiro – Foto: Divulgação

 

Para o chef, alimentação hoje em dia já ganhou outro conceito, pois “os modelos econômicos tiveram uma mudança brusca sem aviso prévio devido à atual pandemia de Covid-19. Mudou, encolheu, ficamos sem poder abrir os restaurantes. E, quando reabrirmos, será com muitos custos de adequação às normas e protocolos de saúde. Além disso, também será necessário rever o que iremos oferecer dentro da nova realidade econômica”, pontua.

 

Foto: Divulgação

 

Ribeiro acrescenta ainda que o atual ramo de alimentação fora do lar requer mais preparo, já que “demos um salto de qualidade e novas tecnologias a favor do mercado food service surgiram. No entanto, a pandemia de Covid-19 nos pegou de surpresa e sem aviso prévio. Por isso, estamos nos adequando à realidade de um mercado que foi desaquecido globalmente. Assim, é preciso usar muito o conhecimento estratégico para fazer as adequações de imediato e com as melhores soluções possíveis para nos mantermos. Temos muito ainda para descobrir.  É tudo novo e ainda teremos muitas surpresas que, até então, nem fazemos ideia do que venha acontecer de fato. O que digo é que estejamos atentos”, aconselha.

 

Dicas do chef

 

Por fim, gentilmente e como bom educador, Ribeiro fez questão de dar dicas para quem pretende ingressar na carreira de chef de cozinha. “Não ache que sabe tudo. Não se ache o único. Viva um dia de cada vez, estude sempre e se atualize constantemente. Em especial, também procure conhecimento sobre finanças, economia e contabilidade para poder gerar negócios rentáveis nas escolhas de seus cardápios e enfrentar os desafios da pandemia de Covid-19 e os anos que ainda teremos que nos adequar mesmo depois de vacinados”, indica.

 

 

 

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