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Vida de chef em dose dupla? É com Roberto Almeida!

Além de exercer o cargo de Segundo Chef no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, capital, chef também possui negócio food service voltado ao serviço delivery

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Vida de chef em dose dupla. Essa é a atual realidade profissional de Roberto Almeida, de 52 anos, o Segundo Chef no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, capital, e proprietário da CHEFFEZ, negócio food service voltado ao serviço delivery que foi lançado em meio aos percalços oriundos da pandemia de Covid-19. “Meu atual trabalho no clube é uma verdadeira adrenalina. Trabalhamos com um grande público exigente, que aprecia uma boa comida e não abre mão essencialmente da qualidade. Além disso, há pouco tempo, nasceu em mim o sonho de ser um empreendedor. Assim, bem no ano em que muitas pessoas estavam fechando as portas dos seus negócios devido à pandemia de Covid-19, eu estava abrindo o meu food service no formato de delivery. Hoje, o meu sonho e objetivo é estender a marca CHEFFEZ como uma das maiores franquias que o mundo já ouviu falar do ramo fast-food e/ou food service. Assim, juntamente com meu filho Renner, criamos a nossa empresa, que tem o imenso prazer de trazer o que há de melhor do food service, com muitas novidades e englobando todos que já existem em um único lugar. Na CHEFFEZ, sempre tem um verdadeiro chef de cozinha à sua disposição. É onde o cliente sai satisfeito e realizado”, ressalta o chef em entrevista exclusiva à Rede Food Service.

 

Quem é Roberto Almeida?

 

Casado com Rozângela e pai de três filhos, Almeida se considera “uma pessoa de um coração imenso, sem maldade com o próximo. Eu posso até ficar bravo, mas sempre é uma coisa de momento. Eu não guardo rancor, sou alegre educado e nunca desfaço de ninguém. Trato o semelhante como se fosse meu irmão, nascido no mesmo ventre. Sou uma pessoa que está sempre à disposição para servir os amigos. Não sou o conselheiro perfeito, mas me esforço para agradar aquele que me deu o privilégio da vida e muita garra para ser um vencedor, que é Jesus. Hoje, como pai de família e um administrador, minha vida é corrida devido aos vários compromissos, mas tendo sempre conciliar meu tempo com a minha família”, se apresenta.

 

Foto: Divulgação

 

Estritamente sobre o seu lado profissional, o chef partilha que é “muito exigente. Eu cozinho como se fosse para mim mesmo comer. Por isso, sou muito perfeccionista nos detalhes e não aceito erros. Meu lema é o nosso cliente exige o nosso melhor. O que me caracteriza e define como chef é ser uma pessoa comprometida com o meu trabalho e amar o que faço. Sempre procuro estar aprendendo e me desafiando. O meu estilo de cozinha hoje em dia é contemporâneo francês e estou me aperfeiçoando também nos clássicos italianos”, detalha.

 

Chef desde a infância

 

A vida de chef de Almeida começou muito cedo, pois, ainda criança, ele já se arriscava na cozinha. “Eu comecei a minha vida na gastronomia aos 7 anos de idade, vendo minha mãe cozinhar. Foi disso que adquiri o grande amor que tenho pela gastronomia. Para se ter uma ideia, quando a minha mãe ia para o seu trabalho, eu, sabendo que ela iria chegar cansada, preparava algumas surpresas para ela na cozinha. Tinha algumas vezes que eu lia o jornal informativo com algumas notícias de receitas e, a partir daí, eu preparava um bolo, por exemplo. Lembro que o meu primeiro bolo foi um de cenoura, mas pensa em um bolo que minava óleo (risos). Na época, eu fiquei muito preocupado e comecei a secar aquele óleo do bolo (risos). E, por fim, minha mãe chegou e ficou muito surpresa. Lembro ainda que ouvi falar em algodão doce e peguei para fazer, mas coloquei açúcar na frigideira (risos). Essa experiência foi a minha vontade de crescer na gastronomia”, brinca.

 

Foto: Divulgação

 

Formação e rotina

 

Apesar da sua verdadeira paixão e vocação ser a gastronomia, Almeida chegou a fazer o curso de Técnico em Contabilidade na Escola Estadual João Kopek. Entretanto, ele sempre atuou no ramo da alimentação. “Eu nasci para cozinhar”, reforça.

 

Foto: Divulgação

 

A dupla rotina como chef de Almeida não é fácil. Ele relata que a sua vida profissional é marcada pelo “atual desafio de fazer com que as  pessoas se sintam realizadas no food service ao oferecer o  que tem de melhor. No Clube Atlético Monte Líbano, temos um restaurante para os funcionários e também fazemos eventos. Atendemos pessoas que valorizam e exigem um glamour nas suas refeições. A vida de chef de cozinha não é fácil na minha atual realidade. Preciso saber e fazer aquilo que o público exige, principalmente, onde eu trabalho, em que há cobrança e muita pressão. É a famosa e verdadeira cozinha sobre pressão (risos)”, relata.

 

Inspirações de carreira

 

Para Almeida, uma de suas maiores inspirações de carreira é o chef Laurent Suaudeau, o mais renomado chef de cozinha francesa atuante hoje em dia no Brasil, fundador e proprietário da Escola Laurent Suaudeau, criada em São Paulo, capital, no ano de 2000. “Suaudeau me marcou muito na experiência que tive de trabalhar com ele. Foi como ter um pai na alta gastronomia. Como Chef Executivo que assinava o cardápio do Clube Atlético Monte Líbano, ele confiou em minhas mãos para executar os seus cardápios franceses. Com isso, eu pude mostrar a minha capacitada como chef atuante. Além disso, ele me marcou ainda mais por meio de homenagem feita a mim em sua biografia, em que me citou e agradeceu pelo meu trabalho de poder representá-lo. Mas, eu também não posso deixar de citar que, hoje, eu trabalho com o renomado chef Marcelo Magaldi, que foi chef do Grupo Fasano e que é um gigante na gastronomia italiana. Trabalhar com ele também está sendo uma grande experiência para mim. Por isso, sou um chef realizado e confiante naquilo que faço”, divide.

 

Foto: Divulgação

 

Visão de mercado

 

Conforme Almeida, o atual mercado de alimentação fora do lar não é simples de se trabalhar, principalmente, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 no setor. “O atual mercado de food service, no ano que vivemos hoje e devido à pandemia de Covid-19, está mais exigente, pois as pessoas querem receber seus produtos em casa como se elas estivessem presencialmente nos restaurantes. Estamos vivendo um período de muito tumulto no mundo em geral, mas uma coisa que eu posso dizer é que a alimentação para as pessoas hoje em dia já tem um outro conceito. A grande maioria valoriza o que paga em uma boa alimentação e aquilo que se faz de melhor para que o seu desejo seja atendido, assim como o seu apetite”, avalia.

 

Dica do chef

 

Por fim, Almeida aconselha que quem quer ser um chef de cozinha como ele, com diferentes experiências, precisa “ser uma pessoa dedicada, se empenhar ao máximo, ler muitos livros da alta gastronomia, ser curiosa, não ter medo de errar e desafiar você mesmo na sua capacitação profissional. Indico nunca dizer que você é melhor do que ninguém. Deixe que as pessoas enxergam isso em você! Um conselho que vai lhe abrir as portas também se chama a porta da humildade. Com ela, você aprende muitas vezes até com um auxiliar de cozinha ou mesmo com uma dona de casa. Seja educado com todos sem fazer diferenciação de ninguém. Afinal, a gastronomia nasceu para todos! Assim, agrade a gregos e a troianos”, indica.

 

E aí? Viu como é possível, mas trabalhoso ter uma vida de chef em dose dupla? Esperamos que a história de Roberto Almeida tenha te inspirado a também embarcar no desafiador, mas promissor mundo de alimentação fora do lar. E continue nos acompanhando, pois, toda semana, te revelamos os bastidores de uma vida de chef.

 

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