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Cake Co-Lab: conheça a incubadora e aceleradora de projetos em confeitaria e panificação

Criado em janeiro deste ano, propósito do negócio é apoiar por completo empreendedores food service a focarem seus maiores esforços em desenvolver novos produtos

Fábio Bibiano, da Xêro Confeitaria Criativa, que participa da "Cake Co-Lab" - Foto: Divulgação

 

É empreendedor do ramo da confeitaria e/ou panificação? Possui dificuldades em conseguir focar os seus esforços e de sua equipe em ter tempo hábil para o lado criativo e inovador com a correria do dia a dia? Se sim, hoje, nós da Rede Food Service temos a dica ‘mão na massa’ para você! Afinal, vamos de apresentar a Cake Co-Lab, uma recente incubadora e aceleradora de projetos em confeitaria e panificação, cujo seu propósito é apoiar por completo empreendedores food service a focarem seus maiores esforços em desenvolver novos produtos.

 

Criada em janeiro deste ano, em meio aos percalços da atual pandemia de Covid-19, a Cake Co-Lab é localizada em São Paulo, capital. E, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, Gabriel Armando Barreiros, de 34 anos, Economista por formação, casado, sem filhos, Fundador e CEO da Cake Co-Lab e da Nina Tech & Food, plataforma de gestão integrada a um marketplace especializada no mercado de confeitaria e panificação, relata que a empresa é fruto de outros dois negócios ligados à área de alimentação fora do lar que não deram tão certo. “A Cake Co-Lab surgiu depois de duas tentativas de empreender neste ramo seguindo o modelo tradicional. Ao chegar à conclusão que o formato era obsoleto e não se pagava em função da estrutura de custos, meu sócio e eu decidimos transformar a casa em uma aceleradora de projetos em confeitaria e panificação. Particularmente, desde quando comecei a empreender neste ramo, já tinha vontade de aproximar a cultura das startups e empresas de tecnologia, de onde venho, a este segmento, criando um ecossistema integrado, um ambiente mais colaborativo e escalável ao mesmo tempo que resguarda o core artesanal dos artesãos. Adequando o conceito ‘opensource’ à confeitaria, acredito ser possível crescer e lucrar em cadeia, dando oportunidade para que outras pessoas trilhem também o caminho do sucesso”, afirma.

 

O que é a Cake Co-Lab?

 

Na definição de Barreiros, “a Cake Co-Lab é uma incubadora e aceleradora de projetos em confeitaria e panificação. Criamos e fomentamos um ecossistema integrado, ambiente colaborativo e escalável ao mesmo tempo que resguardamos o core artesanal dessas marcas. Iniciamos nossa jornada como uma confeitaria, mas, com o tempo, entendemos que o modelo tradicional já não se paga. Após ter investido quase um milhão de reais entre aquisição de ativos, montagem de cozinha profissional, locação e adequação de espaço, integração de ferramentas de gestão, automação do processo de geração de leads e campanhas de marketing e comunicação, entendemos que poderíamos agregar em nosso espaço outras marcas com os mesmos desejos e valores, criando, assim, um grande movimento em prol dos pequenos produtores”, resume.

 

Gabriel Barreiros, Fundador e CEO da Cake Co-Lab e da Nina Tech & Food – Foto: Divulgação

 

O empresário partilha também que o atual propósito do negócio é “a inclusão em seu espectro mais amplo. Hoje, somos uma empresa como outra qualquer, não temos vergonha de dizer que visamos o lucro. No entanto, entendemos que é possível chegar ao topo incluindo aqueles que, muitas vezes, foram colocados à margem. Em nossa empresa, a equidade salarial é uma realidade, pois não fazemos distinção entre cor, credo, orientação sexual, gênero, estado civil, idade ou se a mulher está gestante. Contratamos pessoas acima de tudo! Então, se você tem algo a agregar, aqui, há espaço para você! Temos orgulho da nossa cultura, já que, desde o início, apostamos na inclusão da diversidade, em criar um ambiente de trabalho agradável, onde o desenvolvimento pessoal é possível, seja você uma pessoa trans, tendo +60 anos, estando grávida ou expatriada. Na confeitaria, trouxemos um projeto vegano ambicioso, que pretende incluir de vez esse público a espaços como os nossos. Não podemos mais aceitar que o vegano tenha menos opções ou apenas uma opção quando vai a um lugar que não é especificamente deste nicho. Aliás, precisamos de menos rótulos e nichos! Aceitamos o desafio de empreender com propósito”, garante.

 

Como funciona a Cake Co-Lab?

 

O atual funcionamento da Cake Co-Lab é dividido nas quatro verticais abaixo:

  • Confeitaria
  • Café
  • Eventos
  • Workshops

 

Assim, Barreiros explica que, “dentro da Confeitaria, temos o projeto de aceleração com três modelos de diferentes ofertados a cada empreendedor interessado, sendo que o sucesso deste projeto é marcado por seu crescimento e evolução, podendo incluir o processo de captação de investidores para escalar o negócio. A seleção das marcas aceleradas passa por um processo seletivo, que inclui banca com reconhecidos profissionais do mercado, chefs e confeiteiros experientes, além do corpo diretivo da Cake Co-Lab. Assim como, temos uma série de serviços que podem ser contratados individualmente, como consultoria especializada por meio da qual o profissional recebe mentoria e orientação de um chef parceiro, consultoria em negócios, serviços de marketing, como elaboração de sites, gestão de redes sociais ou fotografia com profissionais especializados no segmento. Oferecemos ainda a locação de cozinha equipada no conceito ‘cloud kitchen’ bem abaixo dos valores praticados no mercado”, ressalta o empresário.

 

Foto: Divulgação

 

Sobre a vertical Café, o CEO elenca que “você pode experimentar não só os produtos feitos em nossa casa, mas também de parceiros, como o Cafezambu, que vem da fazenda no Oeste do Estado de São Paulo direto para o nosso estabelecimento. Pode também comprar as velas artesanais da Candles, por exemplo. O Café, além de funcionar de domingo a domingo, tem dois produtos muito interessantes: o chá da tarde e o brunch, que voltaram a ser servidos neste mês de maio, mas, claro, respeitando o limite de ocupação da casa de acordo com a fase de retomada da economia, sempre às quintas-feiras e aos domingos, respectivamente”, informa.

 

 

Foto: Divulgação

 

Em relação à vertical Eventos, Barreiros aponta que “oferecemos um espaço completo e sofisticado para eventos sociais e corporativos com capacidade máxima de 120 pessoas presenciais, sendo que também trabalhamos com o modelo híbrido, em que uma parte da audiência está presente e outra está recebendo o conteúdo on-line. Os eventos podem ser contratados com ou sem gastronomia. E, hoje, temos acordo com dois chefs e quatro menus diferentes, que vão do formato finger food ao serviço à francesa, com opções internacionais e veganas. Assim como, a nossa equipe também conta com acompanhamento nutricional. Entre os nossos quatro funcionários, temos confeiteiras com cursos técnicos e graduação em Nutrição e uma assessoria nutricional também dá suporte necessário nessa questão”, detalha.

 

No que se refere aos Workshops, o empresário enfatiza que, “neste momento de pandemia de Covid-19, disponibilizamos uma grade de cursos online. O primeiro curso que demos foi de Confeitaria Vegana, com a participação da jovem Chef Nathalia Luglio, que ensinou a audiência a fazer uma tortinha de maracujá plant-based. Entretanto, ao longo do segundo semestre deste ano, pretendemos voltar com uma grade bem diversa, englobando temáticas que atendem às necessidades dos interessados no assunto, sejam iniciantes ou profissionais. Os convites são vendidos pelo Sympla. E, quando for possível retomar às aulas presenciais com segurança, faremos e divulgaremos ao mercado”, pontua.

 

Cake Co-Lab como aliada ‘mão na massa’

 

De acordo com Barreiros, os empreendedores do ramo food service, em especial aqueles que trabalham nas áreas de confeitaria e panificação, podem e devem ter a Cake Co-Lab como uma verdadeira aliada ‘mão na massa’, já que o objetivo principal da empresa é “ser referência quando o assunto for confeitaria e panificação e, para isso, estamos nos munindo de parcerias com os melhores profissionais do mercado para poder criar este ecossistema de troca de conhecimento e aperfeiçoamento da indústria. Acreditamos que podemos apoiar os diversos empreendedores e empresários do ramo de food service de diversas maneiras, tanto como fonte de apoio a novos empreendimentos, mas também como canal para interligar o empresário investidor em empresas do ramo aos talentos que lançamos. Em um mercado tão descentralizado como este, queremos ser consolidadores da indústria e que, quando o suporte e troca forem necessários, que possamos contribuir com o que sabemos e o que vamos aprender nesta jornada”, assegura.

 

Foto: Divulgação

 

O empresário ressalta também que a Cake Co-Lab está disponível para “apoiar no processo ‘end to end’, do início ao fim, para que empreendedores de confeitaria e panificação possam focar seus maiores esforços em criar e desenvolver novos produtos. Em um dos modelos de aceleração que oferecemos, o empreendedor confeiteiro conta com nosso apoio para compra de matéria-prima, onde negociamos com grandes marcas em alta escala, com uma equipe de produção tecnicamente capacitada e que, após treinada por este chef, poderá ajudar a aumentar a escala de produção e contar com nossa máquina de vendas, que oferece um processo de geração de leads, conversão, equipe de atendimento e negociações especiais com as principais plataformas, como Rappi, iFood e UberEats. Com a Rappi, por exemplo, fechamos cinco campanhas até agosto e que passam por todas as datas comemorativas que temos até lá, sendo elas Dia das Mães, Mês do Orgulho, Dia dos Namorados, Semana de São João e Dia dos Pais. Em nosso modelo, todas as linhas produzidas na casa têm acesso ao acordo, podendo estar no catálogo especial que produzimos para cada data. Em sua primeira campanha, a Xêro Confeitaria Criativa, por exemplo, vendeu mais de 600 itens em quatro dias de campanha de Páscoa e teve um faturamento de aproximadamente R$ 100.000,00 no mês de abril/2021”, salienta.

 

Quem já se aliou à Cake Co-Lab, aprova!

 

Atualmente, a Cake Co-Lab está trabalhando com três marcas, que estão em processo de aceleração, “sendo que a linha vegana Brasilidades está sendo absorvida pela Xêro Confeitaria Criativa. Temos capacidade para acelerar até seis marcas ao ano, sendo que manteremos até três marcas como residentes, com profissionais que são a cara do projeto, pois os consideramos mais que clientes. Eles têm uma cadeira na banca de seleção dos projetos anuais a serem impulsionados. Além disso, separamos uma vaga para alguém que venha de projetos sociais que usam a gastronomia como pano de fundo para uma mudança social. Temos uma carteira de mais de 200 clientes finais diretos e, se somarmos os clientes das plataformas digitais, este número explode. Em apenas uma delas, por exemplo, temos cerca de 100 novos clientes por mês”, mensura Barreiros.

Foto: Divulgação

Segundo Fábio Bibiano, criador da Xêro Confeitaria Criativa, “na Cake Co-Lab, eu encontrei um ecossistema que me expôs a outros confeiteiros e chefs, permitindo a troca e o aprendizado. Logo na primeira campanha que me lancei junto com a aceleradora, vendi mais do que acreditava que poderia para a ocasião”, indica.

 

Buscar ajuda e entender o mercado é essencial

 

Por mim, Barreiros aconselha que, para empreender no ramo food service hoje em dia, é essencial buscar ajuda e entender este mercado, incluindo as atuais mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19. “Ultimamente, acho que não apenas na confeitaria e na panificação, mas de maneira geral, a situação do empreendedor no Brasil é triste e precária. Após entrevistar muitos profissionais da área, percebi que o amor pela confeitaria move essa indústria, que, no geral, paga baixos salários e leva muitos profissionais a uma informalidade travestida de empreendedorismo. Recentemente, um canal de televisão criou uma campanha mostrando a história de um jovem confeiteiro que fazia tudo sozinho, desenvolvia receitas, comprava matéria-prima, produzia, vendia, entregava, postava nas redes sociais e ainda interagia com os seguidores. Enfim, uma dessas campanhas motivacionais romantizadas que, no fim, só deixa quem não está conseguindo ter tal ‘sucesso’ com o sentimento de fracasso, sabe? Mas, a realidade é que grande maioria desses profissionais não consegue ganhar dinheiro de fato e mudar o status quo e, dessa maneira, impomos a eles um lugar na sociedade e isso é perverso, porque, ao mesmo tempo que se enaltece as delícias que produzem, não se valoriza a mão de obra e a criatividade. Várias vezes, escutei críticas dizendo ‘mas, o bolo está caro, no mercado eu compro mais barato’ ou ‘mas, nesta receita, não vai metade deste valor em matéria prima’. Agora, nesse cálculo, o consumidor, a sociedade, no geral, não considera o tempo de desenvolvimento do produto, as horas de pesquisa, a dedicação do profissional, que, muitas vezes, virou a madrugada para atender aquele pedido de última hora. Por isso, digo que alteramos a informalidade no empreendedorismo. Sabe-se, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), que 95% são de micro ou pequenos empreendedores, porém, só temos a leitura de quem tem um CNPJ aberto, ainda que muitos não os movimentam de maneira adequada para a estatística. Tenho certeza que você, assim como eu, conhece diversos talentos que estão na informalidade. O que posso te dizer é que 100% dos que entrevistei, após um ano de ‘empreendedorismo’, voltaram ao mercado formal de trabalho, aceitando os baixos salários, mas em busca de certa ‘estabilidade’ ou se conteve em viver do giro dentro de uma mesma perspectiva de vender o almoço para pagar o jantar. Por fim, vale ressaltar o gigante abismo que há entre 99% da população e aqueles que têm a chance de estudar fora, fazer estágio nos melhores estabelecimentos e ainda, depois desse período, investir mais de 500 mil reais para montar seu negócio. Infelizmente, essa não é a realidade do brasileiro de maneira geral e a aceleradora tenta, ainda que timidamente, acabar com este abismo social”, esclarece.

 

Fábio Bibiano, criador da Xêro Confeitaria Criativa – Foto: Divulgação

 

O empresário ainda alerta que também é necessário levar em consideração que, desde o começo da pandemia de Covid-19 “tivemos uma grande mudança nos padrões de consumo. Os bolos grandes deram espaço às porções individuais. Os casamentos viraram miniweddings e os aniversários estão mais comedidos. Quem não soube pensar e criar produtos fáceis de produzir em escala e vendáveis por meio das plataformas de entrega rápida está, até agora, chorando pelas perdas. Mas, o brasileiro, de maneira geral, sabe se reinventar. Tanto que dados divulgados no SPTV 1ª Edição no mês de março apontaram que 7% dos paulistas começaram a produzir itens de gastronomia no geral em suas casas, tanto para renda extra, quanto principal. Aqui, voltamos à questão da informalidade travestida de empreendedorismo. Algumas dessas pessoas têm talento e desejo continuar nesse ramo, mas se não forem bem orientadas, vão acabar na informalidade e, após um tempo buscando seus antigos empregos, provavelmente, voltarão só a cozinhar, seja salgado ou doce. Ou seja, não passará de algo temporário. Ao mesmo tempo, nota-se que houve um aumento da procura de aulas de confeitaria online. Em 2020, falou-se muito da confeiteira Bruna Rebelo, que viu seu negócio de cursos online chegar a faturar 8 milhões de reais. Outra mudança importante causada pelo Novo Coronavírus, não só na confeitaria, mas de modo geral, foi o aumento da adoção de cursos online, segundo a UDEMY, importante player no setor, o aumento das inscrições, durante a pandemia, foi de mais de 400% globalmente. No Brasil, isso significou um aumento de 95%”, destaca.

 

Como ser aliado/acelerado (a) Cake Co-Lab?

 

Para torna-se um aliado/acelerado (a) da Cake Co-Lab, basta entrar em contato por meio do site da empresa CLICANDO AQUI!

 

Na Rede Food Service é assim! Te ensinar a ser mão na massa, mas de maneira ‘pé no chão’ e te apresentando soluções práticas e eficientes é a nossa missão! Então, continue nos acompanhando!

 

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