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Quinta do Olivardo: restaurante e adega que nasceu do desemprego e recebe 5 mil clientes por fim de semana

Sucesso do estabelecimento localizado em um sítio do interior de São Paulo está atrelado ao resgate das tradições portuguesas

O primeiro vinho da Quinta do Olivardo ficou pronto em 2010 e rapidamente ganhou fama na região.

 

Como diz o conhecido ditado popular ‘depois da tempestade vem a bonança’, o que ilustra muito bem a história de vida de Olivardo Saqui, de 50 anos, natural de Santa Mariana, no Paraná, e que transformou a situação de desemprego em um negócio food service de sucesso: o restaurante e adega Quinta do Olivardo, que, hoje, recebe 5 mil clientes por fim de semana.

 

A Quinta do Olivardo funciona em um sítio localizado em São Roque, no interior de São Paulo. A propriedade rural foi comprada por Saqui em 2007, depois de ele ser demitido de uma vinícola da mesma cidade.

 

Na época, o empresário, casado e com três filhos pequenos para criar, foi diagnosticado com depressão, mas, por meio de um momento de entretenimento em casa, teve a ideia de montar o negócio. “A luz chegou quando eu estava assistindo um programa de televisão e ouvi uma frase da escritora Clarice Lispector: “Sonhe com aquilo que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer”. A mensagem foi o incentivo para que eu corresse atrás do sonho de ter uma própria vinícola e, consequentemente, dar uma guinada na minha vida. Com determinação e coragem, decidi vender os únicos bens que tinha, a casa própria e um carro, para adquirir o sítio Abaçai, na Estrada do Vinho, em São Roque. Foi o primeiro passo para a concretização desse sonho”, relembra Saqui.

 

Como tudo começou

Com a propriedade rural comprada e a ajuda de sua esposa Cíntia, Saqui começou a plantar os primeiros pés de uva no local e, enquanto ele esperava a tão desejada colheita, iniciou a comercialização de produtos de fabricantes da região do sítio, como suco de uva, queijo, etc, para sobreviver.

 

A pisa da uva para produção de vinho e suco de uva é atração para visitantes e clientes do restaurante

 

O primeiro vinho da Quinta do Olivardo ficou pronto apenas em 2010, três anos após a compra do sítio. No entanto, o sucesso da bebida foi tão grande que, rapidamente, o seu sabor e qualidade ganharam fama na região. Assim, os já visitantes do estabelecimento começaram a pedir ao casal para que também oferecessem algo de comer como acompanhamento do vinho. “Foi o caderno de receitas da avó portuguesa herdado pela minha esposa que nos possibilitou trazer os segredos de um bolinho de bacalhau aos nossos clientes e, hoje, a receita é dos carros chefes da casa. A partir daí, os pratos lusitanos começaram a acompanhar os vinhos e ampliamos o cardápio da Quinta, que foi aberta com apenas quatro meses disponíveis”, destaca o empresário.

 

O negócio

Atualmente, a fama da Quinta do Olivardo está bastante atrelada ao resgate das tradições portuguesas, uma vez que Saqui e sua esposa trabalham em prol da preservação e difusão de todo o sabor e tradição da deliciosa culinária lusitana, “sobretudo do mais nobre e conhecido prato dessa cultura, que é o bacalhau, preparado pela casa de inúmeras e deliciosas maneiras”, enfatiza o empreendedor.

 

Receitas do caderno da avó portuguesa em prol da preservação e difusão da cultura lusitana

 

O público do restaurante e adega é bem diverso, sendo composto por família, casais, crianças, “um lugar que recebe todos que queiram passar um dia diferente em um ambiente espaçoso e cheio de atrações. O nosso diferencial é a natureza envolvente e exuberante, o ambiente acolhedor, um bom vinho, um bom fado, a gastronomia inspirada na Ilha da Madeira, perfumados bolinhos de bacalhau saindo da cozinha, pratos com sabores inigualáveis, um sino anunciando fornadas de Pastéis de Belém – que foram eleitos no Festival Gastronômico Sabor de São Paulo como o melhor doce do Estado – , um café passado no coador de pano e a simpatia de todos os nossos funcionários recebendo os visitantes”, afirma Saqui.

 

O empresário acrescenta também que a Quinta do Olivardo é “muito além de uma adega e restaurante. A casa resgata tradições portuguesas, sendo essa sua maior inspiração, como, por exemplo, a pisa da uva, que é um método que produz o vinho artesanalmente, onde as uvas são colhidas e as pessoas pisam nos frutos com os pés. Esse é um dos processos mais eficientes de produção, porque os frutos amassados com os pés não quebram os caroços, não interferindo no sabor e na qualidade da bebida”, detalha.

 

Adaptação em tempos de pandemia

Para dar continuidade à Quinta do Olivardo em meio à atual pandemia de Covid-19, Saqui relata que, desde a chegada do novo Coranavírus ao Brasil, ele precisou reinventar o seu negócio. “Estreamos as vendas por delivery. Para isso, alugamos um ponto em São Paulo aos finais de semana para atender o público que vinha da capital para passar o dia no nosso restaurante e adega”, partilha.

 

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