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A Copa do Mundo e o Foodservice

Por Sergio Molinari, Articulista da Rede Food Service

CopaRestaurante
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Você acredita que a Copa do Mundo de Futebol é mais um risco ou mais uma oportunidade para seu negócio em Foodservice?

Depende só do desempenho do Brasil, depende só dos consumidores, depende do que mais? Será que não depende muito é do que você fará com este momento?

Neste artigo, queria estimular suas reflexões e provocar eventuais decisões de como navegar com seu negócio durante este acontecimento importante.

Aqui no Brasil, País do futebol, muitas pessoas assistirão todos os jogos possíveis, outras, apenas os jogos do Brasil ou de sua preferência; outras ainda, não assistirão nenhum jogo.

Mas, ativa ou passivamente, a Copa do Mundo interferirá bastante nas rotinas e nos hábitos dos brasileiros.

Pensando no nosso mercado de Foodservice, esta interferência poderá ser mais positiva para uns e mais negativa para outros.

 

Vou começar provocação pontuando alguns fatos e dados sobre a Copa do Mundo:

O período vai do dia 21 de novembro a 18 de dezembro deste ano.

O período já nos dá algumas dicas: 1ª e 2ª parcelas do 13º entrando, período de confraternizações e festas de encerramento de ano em empresas.

Mais renda disponível!

Esta talvez possa ser uma ótima forma de fechar eventos para empresas, de ser o ponto de encontro para muitos grupos de amigos e funcionários ambientados em torno da Copa do Mundo, de fazer jus ao gasto de um pedacinho destas verbas de final de ano do consumidor no seu estabelecimento.

Aliás, aqui já uma outra dica: o período estará muito contaminado pelo clima de Copa do Mundo: pelo perfil de seu consumidor e do próprio estabelecimento, será que cabe algum tipo de decoração, de cardápios e combos, de utilização de materiais temáticos, de campanhas, comunicação e promoções alusivos à Copa?

Talvez você se torne mais atraente e sintonizado para o consumidor. Talvez isso aumente o nível de interesse e atenção do consumidor frente às suas iniciativas para a Copa do Mundo.

 

Outro assunto, crítico:

Serão 64 jogos ao todo, alguns com mais outros com menos interesse do público. Fundamental entender os horários destes jogos:

  • 25% dos jogos ocorrerão na parte da manhã – iniciando às 07 ou às 10h
  • 37,5% dos jogos ocorrerão na hora do almoço – iniciando ao meio-dia ou às 13
  • 37,5% dos jogos iniciarão na parte da tarde – às 16h00, incluindo

 

Que luzinhas estes números nos apontam?

Seu estabelecimento é um Bar? Provavelmente, vai poder explorar muito os jogos da tarde e talvez até os do almoço. O cardápio e as ofertas deveriam ser repensados em função destes horários, não?

Seu estabelecimento é um Restaurante Comercial ou Self-service?

E, sem dúvida, há um risco importante de queda do fluxo de consumidores.

Se não oferecer a oportunidade de assistir os jogos, muitos clientes talvez desapareçam.

Pensando nisso, será que não é o caso de mudar o tipo de atendimento e as opções nos dias de jogos importantes, já que as pessoas talvez fiquem muito mais tempo que o normal das mesas?

Oferecer uma oportunidade boa de assistir ao jogo provavelmente vai agradar muita gente e você pode “empacotar” ofertas para atrair um público disposto a gastar durante os jogos.

Se muitos jogos ocorrerão pela manhã e ainda mais na hora do almoço, isso também poderá estimular o consumo em casa. Por que deixar esta oportunidade nas mãos dos supermercados? Por que não estruturar opções e ofertas que possam chegar até as casas dos consumidores, pelo delivery ou o take-out?

São só uns poucos exemplos: o importante é que o empresário não deixe de pensar nas Oportunidades e nos Riscos e comece a se preparar desde já para este período.

 

Me lembro da última Copa do Mundo no Brasil em 2014 – sondagem com empresários de Bares e Restaurantes:

  • Mais de metade dos empresários não tinham avaliado e parado para pensar em riscos e oportunidades, nem sozinhos e nem coletivamente
  • 2/3 dos empresários não preparou nenhuma ação especial – cardápio, horário, combo, transmissão de jogo etc.
  • Metade deles afirmou que não preparou nada até onde eles sabiam, os estabelecimentos do entorno também não iam fazer nada!

 

Eu não tenho dúvidas de quem entrou de caso pensado, preparado e organizado explorou melhor que os concorrentes as oportunidades e neutralizou melhor do que os concorrentes os riscos.

 

Sobre o autor

Sérgio Molinari é fundador da Food Consulting, Conselheiro, Consultor, Mentor, Pesquisador, Produtor de conteúdo, Professor e Palestrante, com 40 anos de significativa experiência no segmento de alimentação fora do lar no país. Formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC–SP), é um dos mais renomados profissionais do Food Service na atualidade.

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