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O rei do delivery de pizza

Fundador da rede de pizzaria delivery Dídio Pizza conta como saiu de uma loja de apenas 20m² para uma rede com 30 lojas até o final de 2020

Equipe Didio scaled 1
Equipe Didio scaled 1

“Fazer pizzas com os melhores ingredientes e entregar em sua casa no menor tempo possível”. Esse é o slogan da rede de pizzaria delivery Dídio Pizza, de propriedade de Elidio Biazini, de 60 anos, formado em Tecnologia, mas, que há 26 anos, é empresário e vem construindo a sua história como o rei do delivery de pizza juntamente com a sua família.

Após deixar um cargo administrativo em uma multinacional da área de Tecnologia para se tornar empreendedor do ramo food service, Biazini e sua esposa abriram uma pequena pizzaria no dia 29/11/1993, no bairro da Lapa em São Paulo, em um espaço de aproximadamente 20m².

“Na época, pouco se investia no delivery e, quando existia, era algo amador e estruturas informais”, relembra Biazini em entrevista exclusiva à reportagem da Rede Food Service.

Com apoio da família que operava uma unidade nos moldes tradicionais, Bizini começou um negócio inovador para a época, com computadores para emitir pedidos, apoio nutricional e projeto arquitetônico específico para o modelo de delivery.

 

Os anos se passaram e, em 2005, Biazini decidiu expandir a já conhecida marca Dídio Pizza entre os paulistanos por meio de um amplo projeto de franquias. “A Dídio Pizza já nasceu com foco em expandir como rede. Eu só não imaginava ainda se seria uma rede própria ou se iríamos trabalhar por meio de franchising. Além disso, nossos clientes questionavam se era franquia e já diziam que queriam abrir uma igualzinha. Desta forma, fui entender sobre o sistema de franquias, buscando capacitação na Associação Brasileira de Franchising (ABF) para entender o novo negócio, que não seria vender pizzas, mas vender lojas para vender pizzas”, conta.

 

Qualidade continua sendo ponto de atenção do negócio

O empresário revela ainda “quando começamos, a qualidade aparecia como o primeiro fator decisivo para um pedido delivery e existia somente dois canais de vendas. Na época, 80% dos pedidos eram feitos por meio do telefone e 20% para viagem. Atualmente, a rede possui vários canais de vendas. O tradicional telefone, o aplicativo próprio, a venda pelo marketplace, o WhatsApp e os pedidos feitos diretamente no balcão das lojas. Hoje as nossas vendas estão distribuídas, sendo 75% por meios digitais, 15% ainda por telefone e 10% no balcão para viagem com pedidos feitos diretamente no balcão” .

Biazini ressalta que a tecnologia ajuda muito no processo de venda e visibilidade mas que os hábitos de consumo mudaram radicalmente nos últimos anos em decorrência dela.

“A experiência dos serviços de entrega e plataformas para pedidos passaram a ser o primeiro fator decisivo para compra no delivery, a qualidade do produto passou a ser o segundo, apesar de ainda ser ponto importante, e o preço é terceiro fator de decisão. Quem não atender a estas premissas morrerá com o novo normal”, avalia.

 

Os atuais planos de Biazini são, ainda em 2020, atingir 30 lojas franqueadas. “Para isso, estamos intensificando a nossa expansão para cidades a mais de 100 km de São Paulo, assim como também para Santos, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Americana, São José Campos, entre outras. Desde novembro do ano passado, estamos em crescimento mensal e, com o atual distanciamento social devido à pandemia de Covid-19, esse número cresceu ainda mais devido ao ‘momento delivery’ e a busca de investidores que querem empreender nesse seguimento”, partilha.

 

Como funciona a rede de pizzaria delivery Dídio Pizza?

Conforme Biazini, a rede de pizzaria delivery Dídio Pizza funciona de maneira bem simples, direta e muito bem arquitetada. “Partimos do princípio de que o franqueado busca a franquia por não ter  conhecimento nem experiência para iniciar um negócio do zero e de forma independente. Então, entregamos ao franqueado uma pesquisa de mercado e o melhor ponto comercial. Sempre negociamos juntos para conseguirmos a menor despesa de locação e garantir que o franqueado siga o nosso plano de negócios”.

 

A obra das lojas é realizada por parceiros e fornecedores homologados e acompanhada pela franqueadora de forma a garantir premissas de prazo e custos. “Enquanto estamos montando a loja e cuidando de toda a burocracia, o franqueado e sua equipe ficam em nosso centro de treinamento durante 30 dias. Ao final do treinamento, a loja estará pronta para receber o franqueado e ele preparado para operar a loja” conta Biazini.

 

A rede também trabalha com comitês de franqueados em atividades relacionadas  ao marketing, estratégia e compras. “Negociamos e temos grandes parcerias com as indústrias. Com isso, conseguimos negociações para toda a rede franqueada. Ou seja, as compras são centralizadas, com entregas descentralizadas e o franqueado que acaba de entrar na rede tem os mesmos benefícios de custos como os demais. Os treinamentos são constantes com reciclagens semestrais. Também estamos disponíveis a todo momento em que o franqueado sinta alguma necessidade para a sua equipe”, explica.

 

Modelo simples e padronizado para quem não tem experiência no negócio

 

Desafios e oportunidades

Apesar da rede de pizzaria delivery Dídio Pizza ser hoje um grande sucesso, com um total de 23 lojas, Biazini confidencia que nem sempre foi assim. O empresário garante que já passou por muitos desafios no decorrer dos anos até chegar ao atual modelo de franquia com o qual trabalha.

“Percebi que, sem ajuda de profissionais, não conseguiria formatar o negócio e operar unidades próprias. Por isso, busquei apoio por meio de consultoria para formatação e expansão do negócio, inclusive com a abertura de uma nova empresa, franqueadora, desde 2008″ conta Biazini.

Apesar da ajuda, relata que as principais dificuldades no início se deram na padronização e seguimento de padrões por parte de novos franqueados e o déficit de caixa originado pelos custos de implantação bem maiores do que os previstos pela consultoria.

Para Biazini, no entanto, o desafio mais difícil foi a crise do mercado entre 2016 e 2018. “Tivemos momentos muito difíceis nesta época. A retração de consumo refletiu diretamente no nosso negócio. Juntamente com os comitês de franqueados, revisamos tudo o que envolve uma operação como a nossa: fornecedores, condições de locações, cardápio, produtos, etc. Tudo que era preciso foi feito para conseguirmos sobreviver em um momento em que o cliente só buscava preço” relata.

Nesta época, em decorrência da crise, foi criada uma central de produção  com o objetivo de reduzir a demanda por mão de obra nas unidades da rede e recompor as margens impactadas. A central acabou se tornando um diferencial na relação com fornecedores e agregador de valor do modelo de franquia.

 

 

Expansão planejada com 7 novas unidades previstas ainda em 2020

 

Já sobre as oportunidades, o empresário ressalta que o fato de ele ter sido o pioneiro quando o assunto é serviço de delivery de pizza no Brasil também o ajudou muito a alcançar os atuais resultados. “Éramos a única franquia de delivery de pizza no Brasil e sediada na segunda maior cidade consumidora de pizzas no mundo, que é São Paulo. A expansão não agressiva e planejada de forma espiral iniciou por São Paulo, ABC, Osasco, Alphaville e o interior trouxe muita presença e procura por fundos de investimentos nacionais e europeus para fusões e aquisições”, analisa.

 

 

Oxigenação dos herdeiros

Para Biazini, o trabalho em família também é um dos grandes segredos do negócio Dídio Pizza, apesar de também exigir regras e alinhamento para dar certo. “Precisa muita disciplina para trabalhar com familiares além de ser necessário um direcionamento junto a equipe no sentido de que não existe ‘pai, mãe ou filhos’ nas dependências da Dídio Pizza”.

Biazini está satisfeito com seu modelo de gestão familiar

Acredita que o trabalho em família seja desafiador mas como dá certo, sua opinião é que vale a pena. “Quando todos compreendem que ‘a discussão visa o bem maior’, trabalhar com a família não atrapalha. Hoje, estamos no processo de governança familiar, trazendo os dois filhos como sócios dos negócios. Aprendi muito com a participação dos meus filhos. Eles oxigenaram e trouxeram inovações tecnológicas e operacionais que revitalizaram o negócio nos últimos anos”, completa.

“Fazendo uma análise da minha história, eu faria exatamente tudo igual! Muito cedo, meus filhos participavam e viviam o negócio, embora tenham morado fora durante cinco anos. Mas, ao retornarem, não tiveram dúvidas em permanecer”, comemora.

 

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