Desde o começo da pandemia de Covid-19, a decorrente prática de isolamento social vem mudando e muito o dia a dia das pessoas, em especial sobre a maneira como elas passaram a consumir produtos e serviços diversos. Com isso, a indústria de alimentos e bebidas e, principalmente, todo o setor de food service, foram pegos de surpresa e estão sendo forçados a se adaptarem aos tempos de Covid-19, que já fomentam novas preferências nos consumidores de todo o mundo.
Pensando em desvendar quais são os novos hábitos de consumo em época de pandemia, a Kerry, multinacional irlandesa com atuação na América Latina há mais de 25 anos, realizou uma pesquisa para apurar quais são essas novas preferências dos latinos. “Analisando os maiores mercados da região da América Latina, vemos atitudes similares em diferentes culturas. Conhecidos mundialmente por sua simpatia e receptividade, os latinos estão mudando sua forma de comprar entre as mais diversas faixas etárias, acelerando a utilização dos meios on-line para adquirir alimentos e refeições prontas. Outra tendência do setor de food service que promete ser destaque durante o período de isolamento social, é o conceito de ‘Dark Kitchen’, ou restaurante fantasma. Trata-se de um estabelecimento que oferece serviços de alimentação apenas para viagem ou entregas. Além de ter um custo operacional menor, sem despesas referentes ao salão, este tipo de restaurante tem um investimento financeiro inicial mais baixo e pode ter mais flexibilidade no menu, adequando-o ao gosto de seu público sempre que necessário. Mais uma facilidade deste modelo de negócio é que as entregas podem ser feitas diretamente pela empresa ou terceirizada, devido aos diversos aplicativos e serviços de delivery de comida disponíveis no mercado”, informa a assessoria de imprensa da marca.
No Brasil, especificamente, o levantamento feito pela Kerry aponta que “houve um aumento significativo na adesão dos brasileiros aos chamados atacarejos e hipermercados, onde os consumidores podem encontrar todos os itens de primeira necessidade em um único local, muitas vezes, em embalagens maiores. Segundo dados da Kantar, ambos registraram juntos 53% de penetração no consumo de massa e mais de 2,5 milhões de novos lares que aderiram a esses modelos de compras. Em questão de itens classificados como indispensáveis pelos brasileiros, os destaques de aumento de consumo desde as primeiras semanas da quarentena, são: pães industrializados (+52%), linguiças (+16%), sucos prontos (+15%), cervejas (+15%), absorventes higiênicos (+21%) e papel higiênico (+15%). Por outro lado, produtos que antes faziam parte da lista de compras de boa parte da população registraram quedas nas vendas, como os leites fermentados (-21%), iogurtes (-17%), lâminas de barbear (-12%), tintura de cabelo (-4%) e bebidas de soja (-7%)”, detalha.
Além disso, a pesquisa também serviu para a constatação de que a “relação dos brasileiros com as refeições também mudou, houve a diminuição da preparação de refeições caseiras em detrimento do aumento de deliverys aos finais de semana, opção, cada vez, mais recorrente. Comparando a primeira semana de março com a segunda, o número de lares que pediram comida aumentou, principalmente, por meio de pedidos diretos aos restaurantes e lanchonetes, mas o uso de aplicativos para essa finalidade também foi alto (19%), segundo Rg Nutri com TechFit. A mesma instituição também mostra que os supermercados registraram 74% no aumento das vendas online entre 16 e 22 de março. A preferência de consumo no setor de bebidas também está mudando. Segundo da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), com bares e restaurantes fechados devido ao avanço do Coronavírus no país, esse mercado teve uma desaceleração de 52% desde o dia 15 de março. De acordo com a Kantar, em janeiro e fevereiro, houve uma variação positiva nas vendas de sucos prontos (+15%), cervejas (+10%) e refrigerantes (+6)”, complementa a assessoria da Kerry.
Ainda conforme o levantamento, muitos consumidores de toda a América Latina também mudaram sua percepção e sensibilidade em diferentes aspectos devido à preocupação constante com a saúde. Por isso, os produtos que melhoram ou favorecem a saúde imunológica têm um grande potencial de crescimento, já que o medo de ser infectado leva a chamada imunonutrição.
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