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Santa Food: conheça a empresa que tem como missão democratizar o acesso a produtos orgânicos

Fundada em 2015 por Evelyn Toledo Dias, marca é a prova de que é possível sim casar sustentabilidade e sucesso no mercado de alimentação fora do lar

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Democratizar o acesso a produtos orgânicos e promover o consumo responsável. Esses são os propósitos da Santa Food, “Food Tech” fundada em 2015 por Evelyn Toledo Dias, e que, hoje, nós da Rede Food Service queremos apresentar a você como exemplo de que é possível sim casar sustentabilidade e sucesso no mercado de alimentação fora do lar.

 

A Santa Food tem suas origens na terra. Segundo Evelyn Toledo Dias, fundadora e CEO da empresa, sua família materna era de agricultores do interior do estado de São Paulo, e em decorrência disso, há um sentimento de propósito muito intenso no negócio idealizado e criado por ela. Um de seus sócios também é filho de agricultores, reforçando ainda mais o propósito da empresa e o objetivo de contribuir com o mundo, na construção de uma educação pautada no consumo responsável, na saúde e no bem-estar, através da alimentação. Além da visão profissional, os produtores orgânicos carregam esse propósito também na suas vidas pessoais: “Estamos alinhados com o que desejamos entregar para o planeta, nossa contribuição para a sociedade. Algumas dificuldades como desafios do aumento de produtividade, de digitalização, de acesso entre outros são inevitáveis”, conta Dias.

 

Como funciona a Santa Food?

 

A Santa Food vende, através de seu site, refeições prontas e congeladas, refeições prontas para consumo imediato, itens e cestas de feira orgânicos, além de bolos, pães e doces artesanais. Todos os produtos são feitos utilizando ingredientes orgânicos, produzidos e entregues por pequenos fornecedores locais homologados.

 

 

Inicialmente, mais precisamente até 2018, o modelo de produção da Santa Food era o de cozinha central, mas, a partir de 2019, a empresa desenvolveu e implantou um sistema inovador de produção através de “cozinhas independentes”, com a consequente descentralização da cadeia de orgânicos e a possibilidade de participação de um número maior de pequenos produtores agrícolas.

 

Sistema de cozinhas independentes permitiu a expansão do modelo de negócio – Foto: Divulgação

 

O modelo de produção descentralizada, nasceu quando o crescimento do negócio gerou o questionamento sobre se o atendimento do propósito de democratização do acesso ao produto seria possível com a produção sendo feita da forma como era. Chegaram à conclusão que precisariam mudar o modelo de negócios para atingirem seus objetivos de transformação social. A empresa encerrou o ano de 2019, com cinco cozinhas descentralizadas e um aumento de mais de 400% da base de fornecedores orgânicos.

 

Microeconomia verde circular

 

Para trabalhar a questão da problemática do desperdício de alimentos, a Santa Food atua com o modelo de microeconomia verde circular, que, conforme Dias, tem como foco envolver início meio e fim do processo produtivo. “Sabemos que não conseguiremos fazer tudo sozinhos. Parcerias com banco de alimentos para doação de produção excedente são extremamente fundamentais, além de uma linha de produção de alimentos com tema ‘sem desperdício’ em que há o aproveitamento integral dos alimentos. A Santa Food está desenvolvendo parcerias em processos para descarte dos resíduos sólidos orgânicos entre outras iniciativas importantes”, revela Dias.

 

Foto: Divulgação

 

A empresária divide ainda que “nossa visão é a transformação da forma como os centros urbanos viverão a microeconomia verde circular num futuro próximo. E pelos reconhecimentos internacionais que tivemos ano passado, como o prêmio Food System Vision Prize 2050 – The RockeFeller Foundation EUA e o FAMAE Food for Good – França, sabemos que estamos no caminho certo. A transformação dependerá da construção dessa grande rede que envolve diversos stakeholders e, principalmente, o cidadão comum por meio da sua conscientização de consumo e mudança de hábitos. Estamos muito confiantes de que existem muitas sementes espalhadas, diversas já estão germinando: o que nos fortalece e fortalece o nosso caminho”.

 

Mais que uma tendência

 

Para Dias, o consumo de produtos orgânicos para os próximos anos já é mais do que uma tendência, é uma opção de consumo definitiva, motivada pela ampliação da consciência dos consumidores e, principalmente, por força de leis e em decorrência de grandes iniciativas globais, como os “Objetivos De Desenvolvimento Sustentável”, da ONU, contemplando os principais desafios e compromissos dos países participantes até 2030. No Brasil, a Lei de Orgânicos foi aprovada em 2011 e já está em pauta a “Lei da Rastreabilidade”, que deve ser implantada no ano de 2021 para garantir que não se usem agrotóxicos proibidos. Toda a cadeia estará sujeita á nova lei para garantir a segurança alimentar da população.

 

Foto: Divulgação

 

Oportunidade para todos

 

Outro foco da Santa Food sempre foi o de reinserir pessoas na economia, no campo e nos grandes centros urbanos. As mulheres, em especial, sofrem mais com desemprego e uma série de consequências relacionadas à falta de poder econômico, como violência doméstica, por exemplo. Elas também têm mais ‘fit’ com o propósito da Santa Food, que é deixar um legado sustentável. Claro que existem homens que desejam fazer parte da equipe, mas as mulheres representam a maior parcela da empresa.

 

Foto: Divulgação

 

Hoje, a equipe da Santa Food é formada por 80% de mulheres. A base de cozinhas independentes tem uma parcela de mulheres acima de 50 anos e, ainda assim, existem mais objetivos de diversidade que a empresa pretende alcançar.

 

Desafios com a pandemia

 

Questionada sobre os desafios da pandemia em 2020, Dias partilha: “ainda tínhamos grandes desafios em 2020. Com a chegada da pandemia, ficaram ainda maiores. Estávamos preparados para a mudança de tecnologia, tivemos saída de sócio, início da pandemia, início em programa de aceleração simultaneamente. Houve uma redução drástica no faturamento. Parecia que não conseguiríamos encontrar uma solução viável e rápida. Durou somente uma semana: novos sócios entraram, novos serviços e produtos foram lançados. Logo, novos resultados foram atingidos. Aprendemos muito, pois aceleramos mais ainda os testes e iniciativas para ajustar. Recebemos suporte de mentores muito especiais que fizeram a diferença em nossas decisões. Conquistamos diversos reconhecimentos internacionais e nacionais, passamos por três acelerações, uma delas, internacional que ainda está em andamento, aumentamos a nossa base de cozinhas descentralizadas e a base de fornecedores em mais de 500%. Tivemos crescimento médio mensal a partir de julho/20 de 40%,”, comemora.

 

Se você quiser saber mais sobre o projeto ou utilizar a estrutura do seu restaurante para ser uma cozinha independente, a  Santa Food pode te ajudar. Preencha esse formulário https://docs.google.com/forms/d/11P7zUVEEl3DEmvtWBdsXFrg1QerheeRGuiwWEePu7UY/edit?gxids=7628

 

Na Rede Food Service é assim. Sempre te contamos histórias de empresas ou projetos relacionados à sustentabilidade com aplicação no ramo de alimentação fora do lar como inspiração e promoção de outras práticas semelhantes. Então, continue nos acompanhando.

 

Por Denis Sonoda, produtor audiovisual, atuante no segmento de restaurantes, bares e cafés, na produção de conteúdo para mídias sociais, catálogos e cardápios. Estudante de jornalismo e contribuidor com conteúdo para a Rede Food Service.

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