A Blank Street foi fundada em julho de 2020 e desde então já expandiu para mais de 40 pontos na cidade de Nova York, com postos avançados em DC, Londres e Boston.
Os idealizadores e fundadores da rede, Vinay Menda e Issam Freiha, trabalhava juntos em um fundo de investimentos em Manhattan, quando começaram a traçar o protótipo da Blank Street. A ideia era ter um negócio com preço inferior ao da Starbucks, qualidade superior a marcas premium e modelo mais atrativo do que as operações chamadas independentes.
Eles também perceberam que a grande dificuldade dos grandes operadores e das grandes redes em manter a qualidade do serviço, estava diretamente relacionada a complexidade dos seus cardápios.
As primeiras unidades da rede foram estruturadas em pequenos carrinhos elétricos de 4,5m² o que ofereceu uma condição de custo e capex bem inferiores a média das cafeterias ou pontos de café tradicionais. Máquinas automáticas de café expresso dão padrão e qualidade ao produto além de permitir aos baristas investirem mais tempo na hospitalidade do que na extração do produto. Os pedidos são realizados através de um aplicativo que permite aos clientes não só anteciparem seus pedidos como também complementarem suas preferências.
E o cardápio? “Em vez de ter centenas de itens como você encontraria em um Starbucks ou Dunkin’, ou mesmo algumas dessas marcas especializadas que conhecemos e amamos, nos concentramos em um menu muito simples: 15 a 20 itens principais”, diz Menda em entrevista a QSR Magazine. “E à medida que crescemos e ganhamos mais escala, queremos nos concentrar em aumentar a qualidade de cada item do cardápio e tornar o preço mais acessível para os clientes.” Complementa.
Para Menda, apesar da sofisticação que algumas redes têm agregado aos seus produtos, os clientes ainda querem produtos simples e de alta qualidade, entregues rapidamente a um preço que permita o consumo com maior frequência. “O que descobrimos é que as pessoas realmente querem consistência e, para muitos de nossos clientes, essa foi uma proposta de valor mais importante”, diz ele.
O modelo também ajudou a melhorar o moral dos funcionários, explica Menda. A Blank Street oferece benefícios como apoio à saúde mental, caminhos de promoção específicos e oportunidades de trabalhar na sede. Quase metade de seus baristas foi indicada por membros da equipe existente. “Por ser muito simples e automatizar muitas das coisas manuais que as marcas de café tradicionais fazem, conseguimos ter um modelo de mão de obra mais eficiente, tanto do ponto de vista das visitas quanto de pagar aos nossos baristas muito mais do que eles ganhariam em qualquer outra cafeteria”, comenta.
Desde a sua fundação no verão de 2020 até agora, a Blank Street abriu 42 locais na cidade de Nova York, com unidades em Boston e Londres também. Mais recentemente, abriu duas lojas em Washington – DC.
Menda diz que a Blank Street planeja ir passo a passo a partir daqui. Quer se concentrar nos mercados atuais e saturar áreas para ampliar a acessibilidade. Essencialmente, tornar-se um balcão único para pessoas que desejam café acessível e de alta qualidade todos os dias.
A empresa “pode” abrir em outra cidade americana no ano que vem, mas Menda ainda não sabe onde. “Temos algumas ideias em mente”, diz ele. Um maior crescimento europeu também pode estar no caminho. “Parece muito cedo para dizer”, acrescenta. “Mas temos muitas oportunidades pela frente”.
Na Rede Food Service você fica sabendo do que acontece de importante no segmento de alimentação fora do lar no Brasil e no mundo.
Fonte: QSR Magazine
