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Restaurantes e bares de São Paulo reabertos! E agora?

Processo de adaptação já exige grande esforço e cooperação mútua

O Rei do Mate possui 300 unidades em todo o Brasil, sendo 150 localizadas no Estado de São Paulo.

 

Desde o dia 6 de julho, os restaurantes e bares de São Paulo, capital, foram reabertos, seguindo decisão anunciada pela prefeitura da maior cidade do Brasil com a justificativa de que a fase amarela do Plano São Paulo para a retomada gradativa das atividades econômicas em decorrência da atual pandemia de Covid-19 foi atingida. E agora?

 

Essa é a pergunta que surgiu desde então na cabeça de muitos empresários e consumidores. Porém, em um primeiro momento, o que a reportagem da Rede Food Service pode te responder é que todo o processo de adaptação para reabrir os estabelecimentos de alimentação fora do lar de São Paulo já vem exigindo grande esforço por parte do empresariado e que seu sucesso está diretamente ligado à cooperação mútua. Ou seja, os clientes também estão tendo que mudar a maneira de consumo para que o ‘novo normal’ do mercado food service seja uma boa realidade na capital paulista.

 

O novo food service de São Paulo

O decreto relacionado à reabertura dos restaurantes e bares em São Paulo permite que esses estabelecimentos e afins, como lanchonetes, funcionem apenas durante seis horas diárias, com fechamento até às 17h, horário de Brasília. Além disso, o funcionamento deve ocorrer com, no máximo, 40% da capacidade e é obrigatório o uso máscaras nos espaços em que o consumo de alimentos é liberado. É válido ressaltar também que essa etapa de reabertura engloba uma série de regras de comportamento e higiene que devem ser cumpridas por todos.

 

Segundo o médico Wilson Cunha Júnior, Gestor do Grupo Sabin, os empresários devem ficar atentos a algumas considerações importantes sobre as maneiras corretas de proteger funcionários, clientes e a população como um todo para prevenir a propagação do Covid-19. “Bares e restaurantes podem atuar de forma muito positiva em conjunto com as autoridades de saúde. Tudo vai depender da forma como serão implementadas as orientações e fazendo os ajustes necessários para atender às necessidades e circunstâncias da comunidade. A implantação dos protocolos de saúde é imprescindível e deve ser feita de acordo com o que é possível, prático, para complementar, significativamente, com os regulamentos de saúde e segurança que os negócios devem seguir”, orienta.

 

O médico pontua também que “o ser humano necessita de interação, mas este é um momento delicado para contatos físicos. Agora, o mais importante é manter a rotina de cuidados para evitar riscos de disseminação do vírus e seguir regras de distanciamento social, seja em restaurantes, bares ou qualquer outro ambiente”, enfatiza.

 

Na prática

Na rede de restaurantes Mania de Churrasco! PRIME STEAK & BURGER, – presente nos principais shoppings de São Paulo, além de Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Distrito Federal e Paraná – desde o começo da pandemia de Covid-19, todos os colaboradores estão tendo a sua saúde monitorada. Com isso, a medição de temperatura é feita diariamente e todos receberam vacinas contra gripe. Além disso, os cuidados com a higiene foram redobrados, o uso de máscara é obrigatório, a lavagem das mãos é recomendada a cada 15 minutos, assim como a limpeza das bancadas de trabalho, que precisa ser feita periodicamente. Assim como, as máquinas de cartão são envolvidas, diariamente, por plástico filme e todos os produtos são higienizados antes do armazenamento no restaurante. Já o ambiente dos restaurantes recebeu dispensers de álcool em gel e um colaborador sempre oferece álcool 70% para a devida higienização das mãos dos clientes.

 

Monitoramento da saúde de funcionários e cuidados redobrados

 

Conforme Marcelo Cordovil, Diretor de Expansão da rede Mania de Churrasco ! PRIME STEAK & BURGER, “os cuidados com a higiene nos nossos restaurantes foram redobrados. Já adotamos todas as medidas recomendadas pelos órgãos especializados em saúde, como a colocação de isolamento acrílico nos caixas, proteção nas maquinetas de cartão com plástico filme, dispenser de álcool em gel desde a entrada. Nos restaurantes com salão, já preparamos o distanciamento recomendado entre mesas e cadeiras.  Todos os nossos funcionários precisam lavar as mãos a cada 15 minutos, no máximo, assim como fazer a limpeza de bancada e estações de trabalho. Estamos ainda mais atentos aos mínimos detalhes para que possamos proporcionar boas experiências”, garante.

 

No caso da rede de hamburgueria Busger, as adaptações foram um pouco mais simples, mas não menos detalhadas, já que as cozinhas de seus dez restaurantes espalhados pela capital paulista são instaladas dentro de ônibus antigos e, assim, seus salões são ao ar livre, o que garante uma melhor circulação de ar necessária para a prevenção do Covid-19.

 

Mesas ao ar livre nas dez unidades da rede na capital paulista

 

Rodrigo Arjonas, Sócio-Diretor da rede BUSGER, conta que todas as hamburguerias já estão “trabalhando a todo vapor neste ´novo normal´.  Todas as medidas de higiene também já estão no cotidiano dos colaboradores das unidades da nossa marca, com obrigatoriedade de uso de máscara, higienização das mãos frequentemente com água e sabão, além de álcool 70%. Há dispensers de álcool em gel com acionamento pelos pés por toda a hamburgueria. Mesas e cadeiras obedecem ao distanciamento indicado pelas autoridades e são higienizados com álcool a cada uso, assim como os cardápios. Também há marcações para que os clientes sigam o distanciamento necessário ao formarem fila para fazerem seus pedidos.  Nosso desejo é voltar a receber nossos clientes e proporcionar a eles uma experiência gostosa e divertida, tomando todos os cuidados necessários para que haja sempre muita segurança em relação à higiene dos nossos espaços e, obviamente, das nossas cozinhas”, afirma.

 

Antonio Carlos, CEO da rede Rei do Mate

Antonio Carlos Nasraui, CEO da rede Rei do Mate, que possui 300 unidades em todo o Brasil, sendo 115 localizadas no Estado de São Paulo, divide que, além de seguir todas as normas, a empresa também preocupou-se em produzir “algumas cartilhas explicativas, material de comunicação para o nosso público interno e clientes, além de disponibilizarmos tudo definido como necessário para oferecer a máxima segurança. Além disso, providenciamos o distanciamento das mesas, disponibilizamos álcool gel em vários pontos para o público interno e externo. A comunicação com o consumidor foi intensificada, seja na loja ou nas redes sociais, buscado transmitir mais segurança e aconchego”, esclarece.

 

Para Nasraui, além de todas as medidas de prevenção de responsabilidade dos estabelecimentos, os clientes precisam ter em mente que “precisarão se arriscar mais e, ao mesmo tempo, fazer a parte que lhes pertence, que é manter o distanciamento social, usar máscara, ficar pouco tempo no estabelecimento e acentuar a higiene pessoal, como a lavagem de mãos ou uso de álcool gel”, ressalta.

 

Reabertura não irá impedir prejuízo

Apesar da permissão de reabertura dos restaurantes e bares de São Paulo ter sido muito bem recebida pela maioria dos empresários e clientes, tudo indica que esse avanço em relação ao enfrentamento da atual pandemia não irá impedir todo o prejuízo provocado pela doença ao setor de alimentação fora do lar.

Marcos Pazzini, Sócio da IPC Marketing Editora

Prova disso é que a Pesquisa IPC Maps, realizada pela iPC Marketing Editora, prevê que, apesar da reabertura, o setor paulista de bares e restaurantes deve registrar queda de 44,7% em suas receitas, na capital, e de 41,9%, em todo o Estado de São Paulo, até o final deste ano, em comparação a 2019.

O levantamento aponta também que os paulistanos irão consumir cerca de R$ 12,2 bilhões em bares e restaurantes, contra os R$ 22,1 bilhões desembolsados no ano passado. No Estado, o esperado é que esse valor caia de R$ 78,1 bilhões em 2019, para R$ 45,4 bilhões, neste ano. A pesquisa foi finalizada em maio e leva em consideração todo o cenário da pandemia.

Marcos Pazzini, Sócioda IPC Marketing Editora, avalia ainda que, com certeza, “um dos setores mais afetados pela pandemia do Covid-19 foi o setor de bares, lanchonetes e restaurantes, pois tiveram de fechar suas portas para atendimento ao público e se reinventarem, por meio de de delivery e divulgação em redes sociais. Quem não conseguiu se readequar a esse novo cenário, fatalmente, teve de fechar seu negócio. De 2019 para 2020, fecharam 465.073 unidades de comércio no Estado de São Paulo. Na capital, foram 148.492 unidades de comércio fechadas. Porém, quem conseguiu sobreviver sairá mais fortalecido e em condições de atender a esse novo consumidor, que está mais preocupado com a qualidade dos alimentos e, sobretudo, com a limpeza de bares, lanchonetes e restaurantes”, alerta.

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