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O que muda com o fim dos contratos de exclusividade do iFood?

Arnaldo Bertolaccini, vice-presidente de restaurantes, explica como a empresa vai investir para impulsionar os parceiros, especialmente os pequenos e médios

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No dia 30 de setembro o iFood encerrou os contratos de exclusividade com restaurantes de redes com mais de 30 lojas, cumprindo o acordo realizado com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que zela pela livre concorrência de mercado) em fevereiro de 2023. Nesses contratos de exclusividade, os restaurantes se comprometem a não realizar sua operação de delivery em outras plataformas em troca de investimentos do iFood e condições comerciais diferenciadas —uma prática legal e em conformidade com a legislação concorrencial brasileira.

 

“Desde a assinatura do acordo, estamos focados em implementar uma estratégia robusta para seguir crescendo e gerando resultados positivos”, afirma Arnaldo Bertolaccini, vice-presidente de restaurantes do iFood na Rede Food Service. “Mesmo sem a exclusividade, continuaremos ajudando nossos parceiros com mais de 30 lojas a prosperar no delivery e oferecendo produtos e serviços relevantes para o perfil de pequenos e médios empreendedores, que representam 70% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma.” São serviços como acesso ao crédito, insumo mais barato, personalização de investimentos em marketing, logística eficiente e acesso a uma base de mais de 43 milhões de clientes, lista o executivo.

 

Na entrevista a seguir, Arnaldo explica o que vai mudar após o acordo, o que o iFood oferece aos restaurantes e qual é a estratégia para impulsionar os pequenos e médios empreendedores.

 

O que mudou desde o acordo com o Cade?

 

Arnaldo – Em fevereiro, quando o acordo foi assinado, fizemos um plano para ter o menor impacto possível nessas redes após a adequação do contrato. Temos trabalhado para adequar o nosso modelo de negócios às novas regras, cientes de que desde antes do acordo o iFood já estabelecia uma concorrência saudável com os outros players e que as novas regras trazem mais clareza e segurança jurídica para todo o setor.

 

Desde a assinatura do acordo, estamos focados em implementar uma robusta estratégia para seguir crescendo e gerando resultados positivos. Temos um compromisso de ter uma performance superior à do mercado com esses restaurantes exclusivos.

 

Os restaurantes continuam trabalhando conosco independentemente de ter ou não exclusividade. Ao longo desse período de adequação, entre abril e setembro, o volume de pedidos aumentou 10%. Isso mostra que estamos no caminho certo para conquistar tanto os restaurantes como para atrair os consumidores.
Somos a maior e melhor plataforma de delivery do país, que escuta os restaurantes de forma ativa para oferecer soluções baseadas em suas dores. Por isso, a agenda do Cade não nos distanciou dos restaurantes, mas intensificou nossa relação com eles.

 

Acreditamos que o acordo com o Cade e a regulação do trabalho dos entregadores trarão mais segurança jurídica para o setor, o que é benéfico para todo o ecossistema. Vamos manter um crescimento sustentável junto com nossos parceiros e continuar a oferecer um serviço da mais alta qualidade, sempre em busca de aprimoramento e inovação.

 

Após o acordo, como o iFood vai manter sua liderança no mercado de delivery com os restaurantes?

 

Arnaldo – Continuaremos com nosso compromisso de desenvolver uma plataforma com crescimento sustentável, oferecendo a melhor solução em delivery para entregadores, consumidores e restaurantes.

 

Temos trabalhado junto aos restaurantes parceiros, com escuta ativa desse público, para garantir que eles continuarão recebendo o nosso melhor atendimento, mesmo sem o contrato de exclusividade, e tenham a menor fricção possível. A capacidade de adaptação, como uma boa empresa brasileira, está no nosso DNA.

 

Vamos apoiar ainda mais os pequenos e médios empreendedores. Além das ferramentas tecnológicas, capacitações, subsídios para promoções e ampla rede de fornecedores, o iFood vai expandir a linha de crédito voltada para esse público que, tradicionalmente, enfrenta desafios para conseguir capital para expandir o negócio.

 

Criamos iniciativas para que o custo desses restaurantes seja menor, incluindo uma oferta de crédito com taxas inferiores às praticadas pelo mercado. Nosso principal diferencial são as taxas atrativas para um setor que enfrenta desafios para conseguir captar recursos no setor bancário e que, sem isso, não consegue expandir ou dar dinamismo ao seu negócio.

 

Começamos com empréstimos no valor de R$ 20 mil para pequenos empreendedores e, hoje, concedemos crédito de até R$ 2 milhões. Atualmente temos 100 mil contas ativas e uma média de R$ 50 milhões de créditos por mês. O iFood também tem seu papel na inclusão bancária de muitos empreendedores: 17% dos clientes que utilizam o serviço atualmente não tinham conta em banco.

 

Hoje, o que o iFood oferece aos restaurantes?

 

Arnaldo – A gente tem uma agenda forte de buscar fazer com que a opção de comida no delivery seja mais barata e acessível e a melhor forma de fazer isso é ajudar o restaurante a operar de forma mais eficiente.

 

Para isso, os restaurantes que são nossos parceiros têm acesso a uma série de benefícios, como capacitações gratuitas em marketing e gestão, ferramentas tecnológicas que viabilizam sua digitalização, linha de crédito voltada para pequenos e médios com taxas atrativas, além da visibilidade e do alcance entre os mais de 43 milhões de clientes da marca.

 

Disponibilizamos também ferramentas de Inteligência Artificial para apoiar a expansão dos pequenos e médios empreendimentos. Ao automatizar processos, ajudamos os estabelecimentos a diminuir custos e erros, além de abrir a possibilidade de trabalharem com maior volume de pedidos.

 

No campo da educação, um dos principais compromissos do iFood, oferecemos o iFood Decola, plataforma com trilhas e cursos gratuitos de diversas áreas. São mais de 70 cursos, com técnicas de atendimento e crescimento em vendas, formação de garçons e até conteúdos sobre gastronomia.

 

Não à toa, uma pesquisa que realizamos em março deste ano com os nossos parceiros mostram que 74% concordaram que o iFood é um parceiro dos empreendedores brasileiros e 64% disseram que o iFood gera mais retorno para o negócio.

 

O acordo pode levar a um aumento das taxas cobradas dos restaurantes?

 

Arnaldo – O iFood já estava realizando uma análise dos contratos, que apontou alguns desequilíbrios. Com o início do acordo, foi necessário equalizar as taxas.

 

Para a grande maioria dos estabelecimentos não houve alteração, pois já estavam dentro da margem de equilíbrio. Os parceiros que contavam com condições comerciais diferenciadas por conta da exclusividade são uma pequena parte da base, e passaram por uma análise personalizada para identificar se havia necessidade de reequilíbrio dos valores praticados no novo cenário.

 

O desconto nas tarifas padrão é um dos benefícios concedidos pelo iFood aos parceiros exclusivos. Isto posto, restaurantes que se tornaram exclusivos – respeitando os critérios determinados pelo órgão – tiveram as taxas reduzidas.
É importante frisar que não houve reajuste nas comissões cobradas pelo iFood e que não há uma “nova” tarifa padrão. As comissões são as mesmas já praticadas antes do acordo com o Cade.

 

De acordo com o iFood, R$ 407 milhões em crédito foram disponibilizados aos estabelecimentos entre abril de 2022 e março de 2023 e 53 mil certificados do iFood Decola já foram emitidos.

 

De acordo com pesquisa realizada pelo IPEC este ano, 74% dos restaurantes consideram o iFood parceiro dos empreendedores brasileiros e 64% disseram que o iFood gera mais retorno para o negócio.

 

iFood incentiva uso da inteligência artificial para impulsionar pequenos e médios empreendedores de restaurantes

 

 

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