“É mais gata borralheira do que glamour. É setenta por cento dedicação, pernas cansadas, braços exaustos e cara lavada”. É assim que é a real vida de chef para Juliana Karina Bartsch, de 50 anos, a chef docente que também empreende no food service que nós da Rede Food Service temos o prazer de te apresentar como mais um exemplo do quão a rotina de quem atua no segmento de alimentação fora do lar é diversa, rica e recompensadora, apesar de exigir muito de quem resolve segui-la.

 

Professora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), sócia da Basiliko Alimentos e também atuante em grupos de confraria gourmet, Bartsch realça que “o meu maior prémio é quando um aluno me faz uma homenagem sincera e me agradece por ter sido a sua referência. É quando me agradecem pelas portas que eu abri. Vida de chef para mim é a minha essência e eu sou eternamente grata a cada pessoa que entrou na minha vida contribuindo para meu crescimento profissional. Eu sou realizada com os meus alunos, pois posso dar o melhor de mim e, ao mesmo tempo, ter o melhor deles. O sorriso de gratidão é simplesmente a minha mola propulsora para seguir em frente e evoluir”, afirma.

 

QUER CONHECER MAIS SOBRE A VIDA DE CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA DE JULIANA BARTSCH?

 

É só, na sequência, conferir:

 

• QUEM É JULIANA BARTSCH?
• FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
• ROTINA COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA
• VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA
• DESAFIOS E SONHOS COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA
• DICAS PARA QUEM DESEJA SER CHEF DE COZINHA NO BRASIL

 

QUEM É JULIANA BARTSCH?

 

Casada e mãe de um adolescente de 15 anos, Bartsch é “fascinada por temperos, aromas e culturas. Sou uma brasileira raiz, que valoriza o que a nossa terra tem de melhor e, por isso, eu fui buscar aperfeiçoamento em Cozinha Brasileira, cujo estudo nunca acaba. Afinal, nós temos uma riqueza de alimentos que poucos países têm e ainda pouco explorados. Levanto essa bandeira onde eu posso, pois sei o quanto somos capazes de brilhar ainda mais nesse cenário gastronômico. O meu filho é o meu melhor amigo. Ele é um menino lindo, que ama estar comigo e com os meus alunos sempre que possível. Já o meu marido é meu parceiro na gastronomia, o que facilita um pouco o nosso dia a dia. Se não, nós teríamos que marcar reunião para nos encontrarmos (risos)”, partilha.

 

 

A chef docente e empreendedora acrescenta que “eu tenho a Basílico Alimentos com o meu marido e mais um casal de sócios e a minha inspiração inicial sempre foi o Chef Alex Atala. Mas, depois, eu passei pela fase do Felipe Bronze, Claude Troigross…. Hoje, além desses renomados Chefs, a minha principal inspiração se concentra em tendências e inovações”, sinaliza.

 

TRAMONTINA EM BARES E RESTAURANTES | Darci Friebel no Saindo do Forno

 

FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

 

A chef docente e empreendedora é membro da Academia Catarinense de Gastronomia, formada em Turismo e Hotelaria, com especialização em Gestão de Marketing pelo Instituto Catarinense de Pós Graduação (ICPJ), em Gastronomia Funcional pela Pós-graduação Positivo e em Cozinha Brasileira pela CEAG Brasília. “Eu também fiz Aperfeiçoamento em Confeitaria Avançada com Diego Losano e Aperfeiçoamento Le Cordon Bleu São Paulo – Dessert´s L´assiette. Além disso, eu sou a fundadora da L´apparato Arte e Design, tenho vasto conhecimento em personalização de festas, criação do projeto, definição do estilo, confecção de convites e lembrancinhas e na elaboração de menu temático. Assim como, ainda sou a Sócia-Fundadora da Basílico Alimentos, por meio da qual eu atuo no mercado de congelados e marmitas saudáveis. E sou ainda Personal Cook, Professora de Confrarias Gourmet, Consultora na elaboração de menu e desenvolvimento de receitas e Professora do Senac no Eixo Turismo, Hospitalidade e Gastronomia desde 2016, nos cursos de qualificação de Cozinheiros e Confeiteiros e na Faculdade de Gastronomia”, detalha a chef.

 

 

De acordo com Juliana Bartsch, o seu contato com a gastronomia e, especificamente com o universo food service, é “uma paixão de infância, fruto das mãos na terra e uma alquimia das panelas. Tudo começou na minha infância, com a minha família. Meus pais sempre buscavam proporcionar alimentos diferentes nas confraternizações especiais em família, onde eu fui desenvolvendo um paladar mais aberto a novos sabores. Eu sempre fui curiosa e, quando eu tinha oportunidade de me juntar na cozinha, lá estava eu.  Até com as amigas da minha mãe, eu sempre aprendia com elas. E, com 13 anos, eu resolvi empreender vendendo bolos que uma amiga da minha mãe fazia. Nossa! Me veio o sabor do bolo de chocolate com doce de leite. Hummmm. Eu ia na casa dela ajudar a produzir e, depois, eu fazia o marketing entre as pessoas que eu conhecia. Na época, foi um sucesso, mas, depois, ela voltou ao Rio Grande do Sul e eu acabei me focando nos estudos. Mas, com 18 anos, eu iniciei a minha faculdade de Turismo, Hotelaria e Gastronomia já pela curiosidade da cozinha como também da área de eventos”, resume.

 

 

A chef docente e empreendedora acrescenta que “eu iniciei a minha carreira na hotelaria, na extinta rede Othon e, depois, eu fui para a maior rede de hotelaria do mundo, a Rede Accor, onde trabalhei por três anos. No mesmo período, eu comecei a trabalhar no Senac Santa Catarina como professora dos cursos de Turismo e Gastronomia. E, em função de mudança de cidade, eu acabei saindo do Senac e entrei no mercado de eventos de festas, organizando desde a criação de cardápios até a decoração, onde fiquei por sete anos imersa nesse universo. Foi um grande aprendizado e me rendeu vários cursos durante o período. Na sequência, juntamente com a Lapparato, eu montei grupos fechados de confrarias gourmet com os quais eu pude retornar com a mão na massa nos preparos que tanto me encantam. Já em 2016, eu voltei para Joinville e ao Senac, primeiramente, nos cursos de Qualificação e, depois, na Faculdade de Gastronomia. Hoje, eu sou professora do Senac na modalidade presencial e EAD, sócia da Basiliko Alimentos e ainda tenho os grupos de confraria gourmet”, explica.

 

ROTINA COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA

 

Quando questionada como é a rotina de uma chef docente e empreendedora, Bartsch assinala que é “agitada por tudo que comentei anteriormente. É uma loucura que eu amo. Hoje em dia, a minha vida é muito ativa e corrida e, por mais que sejam atividades vinculadas à gastronomia, cada uma exige um empenho diferente. Assim, quando eu não estou na cozinha, estou estudando, ou em sala de aula ou ainda executando eventos”, compartilha.

 

VISÃO DO MERCADO FOOD SERVICE COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA

 

Para Bartsch, atualmente, “estamos numa era cuja preocupação é com uma alimentação mais saudável, que busca resgatar a produção familiar, as memórias afetivas. Essas são vertentes muito fortes na alimentação atual. Por isso, o mercado food service hoje em dia é uma área que requer preparo, mas, acima de tudo, muita dedicação. Por isso, se manter atualizado é estar preparado para as oportunidades de mercado”, pontua.

 

DESAFIOS E SONHOS COMO CHEF DOCENTE E EMPREENDEDORA

 

Em decorrência da pandemia de Covid-19 e todos os seus percalços sociais e econômicos, Bartsch teve que superar alguns desafios nesse período, como o ter que se reinventar profissionalmente. “Nesta época, eu estava focada na carreira docente e nas confrarias. Mas, do dia para a noite, estava sem renda. Porém, foi quando eu me reinventei, oferecendo comidas congeladas para as minhas clientes e bombei nesse mercado. Já hoje em dia, o meu maior desafio é entender da parte digital, das mídias sociais e de como me posicionar nesse novo mercado”, ressalta.

 

 

Com alguns dos desafios já superados, a chef docente e empreendedora relata que possui alguns sonhos, como o de “fazer um curso na Basque Culinary Institut, na Espanha”, almeja.

 

DICAS PARA QUEM DESEJA SER CHEF DE COZINHA NO BRASIL

 

Por fim, Bartsch deixa as seguintes dicas para quem deseja seguir a carreira de Chef de Cozinha no Brasil assim como ela: “estude sempre, busque sempre inovar e estar à frente do mercado. Ofereça aos seus clientes o melhor que você puder, pois, assim, terá uma segunda chance de se surpreender”, aconselha.

 

Na Rede Food Service é assim! Toda semana, a gente te apresenta um exemplo de vida de chef por meio de entrevistas exclusivas como essa com Juliana Bartsch. Por isso, continue nos acompanhando e aproveite para CLICAR AQUI e também conhecer a história de Kalymaracaya Mendes Nogueira: a única Chef Indígena do Brasil.