Alcançar o número de 200 lojas espalhadas pelo Brasil a fora até o ano de 2025. Esse é o caminho de expansão programado para a Trevo Açaí, uma rede de franquias criada pela mineira Valéria, de 42 anos, uma ex-recepcionista que encontrou no universo food service uma nova oportunidade profissional de sucesso.

 

Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, a empresária conta que o negócio surgiu por meio de um investimento inicial de R$ 300 mil e após ela mesma lançar a marca Gelateria Trevo em Fortaleza, no Ceará, sendo que, hoje, ela alega que chega a faturar R$ 19 milhões com as franquias das suas duas redes de alimentação fora do lar com foco em produtos gelados. “Com o sucesso da Gelateria Trevo, meu outro empreendimento, decidi abrir um novo negócio e, assim, fundei a Trevo Açaí, em 2014, na cidade de Fortaleza , no Ceará. A Trevo Açaí é uma rede de açaiterias que sempre  busca entregar o melhor para os seus consumidores, seja nos alimentos, como na experiência”, garante.

 

A história da Trevo Açaí

 

A história da Trevo Açaí começou a partir da experiência de Barros com a sua marca Gelateria Trevo, que surgiu depois que a empresária recebeu um convite do seu marido e sócio Markus Barros para fazer um curso de autoconhecimento. “Foi uma experiência tão transformadora que saí de lá decidida a empreender. E, ao fim do curso, fui até o meu chefe e pedi a conta. Na época, eu trabalhava como vendedora em uma empresa de blindagem, após entrar como recepcionista e, ao longo de dez anos de trabalho, ter me tornado a vendedora de maior prestígio de lá. Inclusive, quando eu iniciei nessa empresa, eu achava que blindagem era coisa apenas para o Papa. (risos) E eu fui para essa empresa de blindagem depois de ter sido recepcionista de uma loja de produtos automotivos, quando, para ganhar um pouco mais e conseguir pagar as despesas de casa, ajudava nas vendas. Porém, algumas vendedoras não gostaram da ideia e reclamaram com o chefe, que me demitiu”, relembra.

 

 

A empresária acrescenta que, ao decidir empreender, “só tinha um problema: empreender com o que? Mas, nos últimos dias meus na empresa de blindagem, eu fui em uma sorveteria após o almoço e, ali, ‘conversando com o sorvete’, veio o estalo: vou abrir uma gelateria! Afinal, uma coisa que eu sei é tomar sorvete. Além disso, Fortaleza, é quente o ano todo, sempre há demanda para sorvetes. Foi assim que eu pensei, mas, mesmo com a ideia, faltava um planejamento. Eu sabia que a parte de vendas e de relacionamento com o cliente eu fazia muito bem. Porém, era leiga em gestão e planejamento financeiro. Por isso, chamei o Markus, que tinha conhecimento no assunto, para ser o meu sócio. No início, não oficializamos a sociedade, mas a parceria sempre esteve lá e ele me ajudou em todo o processo”, afirma.

 

 

Barros partilha também que, no começo, enfrentou o desafio de estabelecer uma marca, além do fato de ser mulher. “Eu precisava de um nome. E, como a nossa primeira loja ficava em uma rotatória em formato de trevo, foi assim que decidi chamá-la. E, no fim, acabei emprestando as palavras de Paulo Vieira, coach, e criei o slogan: ‘isso dá uma sorte! A primeira loja da Gelateria Trevo foi aberta em 2014. Na inauguração, o estabelecimento realizou mais de 600 atendimentos. Dias depois, eu criei, especialmente para uma influenciadora, a Taça da Felicidade, uma receita com gelato, Nutella e granulados. E, quando a foto do doce caiu nas redes sociais, virou a sensação! A Gelateria Trevo lotou de clientes procurando pela Taça da Felicidade. Mas, havia mais um problema: eu só tinha quatro taças de vidro. Dessa forma, eu cheguei a aumentar o valor do produto para dar conta de tantos pedidos, mas o ritmo não diminuiu e isso aflorou em mim o pensamento para outro negócio. Eu sabia da alta demanda por açaí que existe no Ceará e, por ser um produto relacionado ao bem-estar e à alimentação saudável, nos fez criar a Trevo Açaí. Até porque os clientes já associavam o açaí à mesma qualidade e atendimento da galeteria. Com isso, resolvemos oferecer, além dos produtos acessíveis, uma experiência única em loja”, detalha.

 

Especificamente sobre as suas dificuldades ao empreender no ramo food service sendo mulher, a empresária esclarece que “por se tratar de um universo majoritariamente masculino, encontrei e ainda encontro pessoas com pensamentos machistas e que não me respeitam muito por ser mulher. Entretanto, as coisas estão melhorando e é, cada vez mais, comum ver outras empreendedoras nesse ramo alimentício. Acho que isso é ótimo, principalmente, por termos uma visão de mundo diferente e que nos faz perceber detalhes que fazem a diferença nos negócios”, realça.

 

O processo de franchising da Trevo Açaí

 

De acordo com Barros, o processo de franchising da Trevo Açaí, assim como da Gelateria Trevo, surgiu de maneira, digamos, natural, em consonância com o sucesso que ela e o marido foram conquistando, principalmente, depois de terem expandindo os seus empreendimentos para os principais pontos gastronômicos de Fortaleza. “Foi nessa fase que a ideia de transformar a Gelateria Trevo e a Trevo Açaí em franquia veio à tona. No início, eu tinha medo de perder o padrão e a qualidade. Mas, o Markus me mostrou que, com planejamento, consultoria de campo e investimento, tínhamos a capacidade de levar a Trevo para todo o Brasil. E deu certo, pois as duas marcas se tornaram uma franquia. Porém, o nosso atual foco da expansão é para a Trevo Açaí, que já inaugurou oito franquias e expandiu para quatro Estados, incluindo São Paulo”, comemora a empresária.

 

Atual momento de mercado da Trevo Açaí

 

Hoje em dia, a Trevo Açaí se diferencia pela “qualidade dos nossos produtos e dos nossos atendimentos. Além disso, o nosso jeito de fazer as coisas com amor para dar a melhor experiência possível para os consumidores faz toda a diferença”, argumenta Barros.

 

 

A empresária explica também que, “atualmente, o nosso perfil de clientes é formado por famílias e jovens, que curtem o nosso cardápio composto por açaí premium, açaí zero açúcar, creme de tapioca, creme de cupuaçu e creme de ninho. E, apesar de ofertarmos esses diversos produtos, o nosso carro-chefe é o açaí. Cada franquia é uma loja açaiteria self-service, mas, ao mesmo tempo, é agradável e aconchegante”, enfatiza.

 

Planos para a Trevo Açaí

 

Em relação aos seus planos para a Trevo Açaí, Barros sinaliza que “para o próximo ano, 2024, a meta da Trevo Açaí é dobrar o número de unidades. E, até 2025, a projeção é chegar a 200 lojas por todo o país. Para nós, é gratificante poder oferecer um modelo de negócio consolidado para empreendedores que, assim como nós, vieram de baixo e sonham em crescer. Eu quero estar presente em todos os Estados do país”, revela.

 

Dicas e custos para ser um franqueado (a) da Trevo Açaí

 

E aí? Também quer ser um franqueado (a) da Trevo Açaí? Então, saiba que, conforme Barros, para alcançar o sucesso no ramo de franquias food service nos atuais dias, é preciso “saber atender às expectativas do cliente e sempre manter a qualidade. As pessoas têm que ter certeza que sempre vão ter do bom e do melhor na sua loja, porque, assim, acabam voltando e indicando para amigos. E, se você quer desenvolver uma marca, o caminho seria modelar quem já é consolidada no ramo. E, caso contrário, procurar investir em uma franquia”, aconselha.

 

Sobre os custos e outros detalhes para ser um franqueado (a) da Trevo Açaí, é só conferir a ficha técnica abaixo:

• Investimento total (capital para instalação, estoque inicial e taxa de franquia): a partir de R$ 100 mil
• Taxa de franquia: a partir de R$ 30 mil
• Capital de giro: a partir de R$ 10 mil
• Área para istalação: a partir de 9m²
• Ano de fundação: 2014
• Ano de fundação da franqueadora: 2016
• Número médio de funcionários por franquia: 3
• Royalties: 6% sobre o faturamento bruto
• Taxa de publicidade: 2% sobre o faturamento bruto
• Faturamento da unidade: a partir de R$ 600 mil por ano
• Lucro médio mensal: entre 12 e 15%
• Prazo para retorno: entre 13 e 16 meses

 

Quem já é franqueado (a) da Trevo Açaí, indica!

 

Por fim, saiba que quem já é franqueado (a) da Trevo Açaí, indica, como é o caso de Dagoberto da Rocha Neto, Engenheiro Civil de formação e proprietário de uma das 16 unidades da Trevo Açaí em Fortaleza, no Ceará, desde 2018.

 

Conforme o empresário, que era dono de uma empresa de controle tecnológico de obras, sentiu na pele os efeitos quando viu o setor da construção civil passar por uma crise no Brasil e, por isso, resolveu empreender na área de alimentação fora do lar: “eu entendo que não comecei do zero. O meu primeiro contato com gestão e processos em empresas de alimentos começou lá atras, quando trabalhei em indústrias de biscoitos e sucos de fruta. Porém, eu me senti desafiado a entrar no mundo das franquias de açaí. E o meu primeiro contato com a Trevo Açaí aconteceu antes mesmo de pensar em adquirir uma franquia e isso foi fundamental para a minha escolha. Afinal, as minhas filhas me levaram em uma loja da Trevo Açaí e eu achei muito interessante. E, quando estava estudando sobre as redes de franquias de açaí disponíveis, resolvi pesquisar sobre ela, descobrindo sua forte presença. Assim, eu decidi fazer o primeiro contato, e depois, pude conhecer as instalações. Eu vi que a marca tinha um posicionamento claro, uma estrutura boa e era organizada. Por isso, resolvi investir na Trevo”, relata.

 

 

Neto complementa que, neste ano, ele completa cinco anos no comando de uma unidade da Trevo Açaí e que já entende que o sucesso que conseguiu até hoje com o negócio vem do fato das vantagens que a Trevo Açaí apresenta, assim como dos seus próprios traços empreendedores. “Eu sempre fui muito pé no chão e faço questão de acompanhar de perto toda a operação. Entendo que a excelência no atendimento aos nossos clientes é um grande diferencial, visto que encontramos em Fortaleza diversas operações similares. Assim, aposto na formação de um time de profissionais bem alinhados com a gente e em constante treinamento. Eu e a franqueadora focamos muito na gestão e nas métricas, onde cada grama de produto faz a diferença. As nossas metas são negociadas e estabelecidas em grupo, gerando um envolvimento de toda a equipe. Por isso, eu penso em adquirir mais franquias e isso pela segurança do negócio e boa rentabilidade. Hoje, opero em uma loja confortável e ampla, tenho uma clientela fiel e a qual eu e a minha equipe procuramos atender da forma mais personalizada possível, já que oferecemos um excelente produto e uma ótima cultura organizacional”, assegura.

 

Quer mais dicas sobre como empreender no segmento de alimentação fora do lar por meio do formato de Redes e Franquias?