Você sabia que o Recife, capital do estado de Pernambuco, possui um dos mais opulentos conjuntos de palacetes e solares do Brasil? Como verdadeiras joias no ambiente urbano, essas construções seculares se espalham pelos bairros históricos da cidade, que já acumula 486 anos de existência. E é na Zona Norte do Recife que eles podem ser encontrados em abundância, já que foi nessa região, em áreas próximas ao rio Capibaribe, que a aristocracia pernambucana construiu belíssimos casarões já na primeira metade do século XIX.
É em uma dessas joias que encontramos o restaurante La Casa, perfeitamente aninhado entre as belezas do amplo jardim do casarão Latache Pimentel, de número 1893, da Avenida Dezessete de Agosto, no bairro de Casa Forte, um dos mais nobres da cidade.
Com cozinha contemporânea e menu protagonizado por carnes e frutos do mar, a casa funciona há pouco tempo no Recife, mas, devido ao sucesso, já tem diversas novidades em curso, o que deve alavancar ainda mais o faturamento do negócio neste e nos próximos anos.
Continue por aqui. A Rede Food Service te conta agora tudo sobre o La Casa.
Surgimento
A história do La Casa está ligada à trajetória do empresário Felipe Batista, que iniciou seus negócios operando o Regateio, um site de compras coletivas, o primeiro com sede no Recife, que permaneceu em atividade durante o boom do comércio coletivo no Brasil. “Eu e meu irmão, que é meu sócio, passamos oito anos com o site”, relembra ele. No mesmo período, paralelamente, a dupla iniciou a atuação no food service com a Sniff Brigadeiros, empresa de doces e sobremesas fundada pela mãe dos irmãos. “Em 2012, minha mãe sinalizou a vontade de vender a empresa. Como sempre fomos fãs dos produtos da Sniff, fizemos um levantamento com um consultor e compramos dois terços do negócio. Com a decisão, mantivemos nossa mãe na empresa e ‘gourmetizamos’ a linha de produtos”, conta.

Felipe explica que até então a Sniff trabalhava apenas de forma business to business (B2B), fazendo entregas para lojas de conveniência, colégios, faculdades e alguns restaurantes. “Quando entramos, mudamos isso. Passamos a focar no consumidor final, criamos site, redes sociais e novas linhas de produto. O passo seguinte foi a abertura de quiosques em shoppings e uma loja própria, no estilo cafeteria”, explica o empresário. O crescimento da empresa foi pausado em março de 2020, quando a pandemia causou o fechamento dos shoppings por tempo indeterminado.
Logo depois, ainda dentro deste cenário, por convite de um antigo parceiro de negócios, o La Casa começou a tomar forma no jardim e varanda de um imóvel secular. “O casarão havia sido alugado por esse parceiro com a proposta de abrigar um complexo com várias lojas, entre elas, uma operação gastronômica. No início, o negócio seria uma unidade da Sniff, mas achamos que isso engessaria o projeto, então mudamos de ideia e assim surgiu o La Casa, inicialmente como uma cafeteria”.

O negócio abriu as portas em janeiro de 2022 como um café que também servia pratos quentes. De acordo com Felipe Batista, que é um dos sócios do negócio, o conceito do La Casa teve como inspiração uma cafeteria localizada em São Paulo. Porém, em pouco tempo – aproximadamente quatro meses após a abertura –, as operações ligadas à oferta de pratos quentes engoliu o café. “Então, nós decidimos seguir e investir no negócio como restaurante”, explica ele.
A virada de chave, segundo Felipe, deu certo, já que o restaurante, que é pet friendly, segue em franco crescimento, atraindo cada vez mais público e cheio de projetos que visam sua consolidação definitiva no cenário gastronômico pernambucano.
O menu
Para transformar o café em um restaurante completo, os sócios convocaram o chef executivo Leonardo Almeida, que atuava em uma operação em Fernando de Noronha, para desenvolver um cardápio especialmente para o La Casa, focado, no início, exclusivamente em pratos à base de frutos do mar, dentro de um conceito moderno e contemporâneo.

Mas o negócio evoluiu e o menu se ajustou para acompanhar esse crescimento. Assim, atualmente, também é possível encontrar no cardápio opções de receitas protagonizadas por carne vermelha e frango.
Entre os destaques do La Casa, Felipe ressalta o risoto de camarão, um prato individual que leva tomate cereja, ervilha torta, queijo parmesão e farofa crocante.
“Outro grande destaque de vendas é o tornedor de filé mignon”, diz ele, se referindo ao prato que tem como acompanhamento um fettuccine ao molho de shitake. “E, se o assunto é carro-chefe, não podemos esquecer o drinque Bella, que é, disparado, o que mais sai na casa”. A bebida alcoólica mencionada por Felipe pode ser encontrada na carta de drinques do La Casa e é formada por vodka, xarope de pitaya, mel de frutas cítricas, soda da casa e, para finalizar, um pirulito de uvas frescas. Vale ressaltar ainda que o drinque pode ser solicitado na versão sem álcool.

Já quando se fala em sobremesa, o destaque atual vai para o Magic chocolate, um doce instagramável que apresenta uma esfera de chocolate ao leite, recheada com brownie, sorvete de creme e morangos, brigadeiro cremoso e é finalizada com uma calda de chocolate quente, que ao ser jogada por cima da sobremesa, derrete a esfera e revela as delícias antes escondidas.
Planos para 2023
Felipe Batista revela para a Rede Food Service que as expectativas são muito boas para este ano e que em breve o público poderá desfrutar de grandes transformações no La Casa.
Para começar, a ambientação do restaurante, que já ostenta um clima agradável e intimista, será remodelada. “Entre as novidades, mudanças na varanda, que em breve estarão prontas, e também na área descoberta do jardim. Inclusive, o projeto prevê o desenvolvimento de um espaço quase que exclusivo para grandes reservas, numa área que comportará de 30 a 60 pessoas”, adianta Felipe.

O empresário e sócio do La Casa também conta que há planos para firmar parceria com uma cervejaria. O projeto está ligado à abertura de um back bar na operação. “Nosso projeto está lindo. Já começamos algumas intervenções e a expectativa é que em setembro, quando as temperaturas já estão mais altas no Recife, a gente já esteja com tudo pronto para o público. Será um La Casa totalmente diferente do que temos hoje, sem esquecer, claro, de explorar o jardim e o casarão de fundo, porém, com uma estrutura ainda melhor do que a atual”.
As transformações também devem impactar a capacidade de atendimento do restaurante, que hoje acomoda, simultaneamente, entre 100 e 110 pessoas. Após as reformas, segundo Felipe, esse número deve passar para 160 clientes.
Para 2023, o La Casa projeta mudanças estruturais, mas também de cardápio. “Em breve lançaremos um menu novo, com a entrada de receitas exclusivas. Além disso, promoveremos jantares harmonizados. Acreditamos que será um sucesso”, torce.
“O delivery é outro projeto do restaurante que em breve deve sair do papel”, completa.
Visão de mercado
Felipe Batista explica que acredita bastante no potencial do setor de bares e restaurantes do Brasil e de Pernambuco, enxergando oportunidades de crescimento, mas também seguindo ciente das dificuldades encontradas nesse caminho. “Ao analisar o setor de food service de forma geral, vemos que o segmento de bares e restaurantes tem um nível baixo de barreira de entrada, o que é uma facilidade e um atrativo para os empreendedores. Às vezes, uma pessoa sabe cozinhar ou conhece um chef, tem o dinheiro necessário para investir – muito ou pouco, dependendo do tamanho da estrutura –, abre uma cozinha e inicia a operação. Mas os desafios desse setor não terminam aí”, comenta.
De acordo com o empresário, o sucesso do restaurante se conquista nos detalhes. “Muitas vezes só após abrir a operação que muitos se dão conta que comandar um restaurante não é como pensavam. É preciso disciplina e atenção. Aquela frase que diz que faturamento não é lucro cabe muito bem para esse setor. Às vezes, por exemplo, você está de casa cheia, faturando bem, mas o custo de mercadoria está estourado, ou a folha está estourada, a equipe de garçons não consegue gerir a demanda de atendimento, não há controle diário de bebidas ou de desperdício… Tudo isso pode ser armadilhas no caminho de quem deseja empreender com sucesso, são coisas que podem fazer o negócio dar errado”, adverte Felipe.
“Não basta comida de qualidade e bom atendimento, isso não garante uma vida saudável para o seu bar ou restaurante. É preciso estar atento a todos os detalhes para prosperar”.
Confira na Rede Food Service: Komah: o restaurante que é referência quando o assunto é gastronomia coreana no Brasil.

Anna Katia Cavalcanti
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