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Conheça a Petisco Brazuca, empresa que já fatura mais de R$ 10 milhões com delivery de coxinhas em Nova York

A empresa fundada por um casal de brasileiros segue em expansão no mercado norte-americano. Com planos de ampliar a atuação e produção de salgados, a Petisco Brazuca prevê um faturamento de até R$ 15 milhões em 2023

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Que a coxinha é um dos salgados mais amados e consumidos pelos brasileiros, todo mundo já sabe. Mas sabia que ela também virou sensação em Nova York? No Brasil, com suas diversas possibilidades de sabores, o quitute é presença constante em ocasiões especiais, como festas, eventos e festivais, mas também no dia a dia da população, que costuma recorrer ao salgado durante os lanches, pela praticidade e sabor.

 

Ciente da popularidade do salgado, um casal de brasileiros, Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira, apostou no potencial da coxinha no exterior e deu certo. Hoje, a Petisco Brazuca é a primeira marca do mercado norte-americano especializada na produção e entrega de coxinhas. Com o sabor e a qualidade dos quitutes produzidos, a empresa já caiu nas graças de companhias gigantes dos Estados Unidos, como Google, Nike, Samsung, New York Times, Amazon e WeWork, faturando mais de R$ 10 milhões com delivery de coxinhas no último ano.

 

Inspirador, não é? A iniciativa do casal envolveu coragem, visão de mercado e ainda um olhar diferente para um produto comum, encontrando nele, além do sabor e das memórias afetivas, grandes oportunidades.

 

Agora, saiba mais sobre a história e os negócios da empresa que segue popularizando a coxinha brasileira nas terras do Tio Sam. Acompanhe.

 

O início de tudo

 

Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira – hoje donos da Petisco Brazuca, um negócio milionário –, inicialmente, não tinham em mente morar no exterior e, muito menos, criar uma empresa em território estrangeiro.

 

Tudo mudou em 2013, quando o casal, aos 24 anos, chegou em Nova York, nos Estados Unidos, para fazer apenas um intercâmbio. A ideia original da dupla era voltar ao Brasil e conseguir estabilidade profissional e financeira trabalhando em uma grande empresa. “Já trabalhávamos na época e resolvemos realizar o intercâmbio com nossas economias. A ideia era ir, realizar o curso e voltar com o inglês avançado, prontos para aproveitar as oportunidades”, relembra o CEO da Petisco Brazuca, Ricardo Rosa.

 

Petsico Brazuca – Divulgação – Rede Food Service

 

Mas os planos mudaram, e o que seria um período de 12 meses, virou dez anos. É que durante o período de estudo, em paralelo ao trabalho, o casal começou a analisar o mercado e avaliar o que se tornaria um negócio de sucesso. “Fomos a uma festa e precisávamos levar coxinhas, mas não encontramos nenhum lugar que entregasse os salgados, então resolvemos fazer em casa. Foi um sucesso, todo mundo queria saber como comprar”, conta Ricardo.

 

Ele revela para a Rede Food Service que até então não tinha muita intimidade com as caçarolas, ao contrário de Vanessa, que sempre gostou de cozinhar. Quando surgiu a missão de levar coxinhas à festa e na ausência de fornecedores, eles resolveram confiar nas habilidades gastronômicas de Vanessa. “Recorremos à internet, assistimos a vídeos, pegamos uma receita e fizemos a coxinha, embora ela ainda não tivesse o formato tradicional do salgado, já que não sabíamos moldar. Os convidados da festa eram brasileiros e americanos, ficamos muito surpresos com a repercussão tão positiva. Todos adoraram”, relembra.

 

Petsico Brazuca – Divulgação – Rede Food Service

 

O casal, que já desejava empreender, enxergou ali a oportunidade. E foi assim que a Petisco Brazuca começou. No início, a produção acontecia na cozinha do apartamento da dupla, um espaço de apenas 3m². “Depois de muito estudo, enxergamos uma grande oportunidade de apresentar e introduzir a coxinha na cultura americana. Iniciamos nossa operação de forma online. Foi assim que conseguimos compreender as demandas do mercado, sem que tivéssemos que fazer um investimento pesado para isso. Fomos absorvendo os custos operacionais para fazer o negócio crescer”, explica Vanessa.

 

Operações

 

Logo no início da empresa, o casal produzia, manualmente, de 5 a 10 mil coxinhas por mês. Para que o negócio se estabilizasse e tivesse êxito, tudo foi calculado com detalhes, o que passou não só pela pesquisa de mercado, mas também pela estratégia de lançamento.

 

Com isso, a dupla decidiu criar o primeiro aplicativo de delivery de coxinhas do mundo. “Na época não existia ainda as grandes plataformas de entregas que conhecemos hoje, como Ifood e Rappi. Assim, o principal gargalo, em 2013, eram as entregas. O nosso aplicativo de delivery nos ajudou muito a ganhar projeção e bons clientes. Nos primeiros meses, foram mais de 10 mil downloads e tudo aconteceu de forma orgânica”, diz Ricardo.

 

Petsico Brazuca – Divulgação – Rede Food Service

 

Em dez anos de atuação, a Petisco Brazuca, que hoje produz e vende aproximadamente 300 mil coxinhas por mês, já acumula grandes realizações e vitórias na bagagem. A empresa atualmente possui fábrica própria, lojas físicas e vendas online. Além disso, por quatro anos consecutivos, a Petisco Brazuca conquistou o prêmio de “melhor coxinha dos Estados Unidos”, pela Yelp.com. Com o sucesso alcançado através de muito esforço, o casal se orgulha em ser referência para os empreendedores que vão ao país em busca do sonho americano.

 

Segundo o cofundador e CEO da empresa, nem durante o auge da pandemia – nos Estados Unidos entre 2019 e 2021 –, a Petisco Brazuca estagnou. “Pelo contrário, as lojas foram fechadas pelo lockdown, mas a marca sobreviveu 100% do digital. Inclusive, foi um dos períodos que mais faturamos. Pensamos: é a hora da sinceridade, vamos contar para os nossos clientes como eles são importantes. E isso foi incrível. Com isso, conseguimos nos manter e alavancar as vendas, tudo com dinheiro próprio. Batemos recorde de faturamento”.

 

Atualmente, a Petisco Brazuca atua com três unidades fixas e mais cinco itinerantes. De acordo com Ricardo, a primeira loja da empresa, localizada no Brooklyn, recentemente foi fechada para que todo o espaço fosse convertido em cozinha, isso por conta da alta demanda de entregas e necessidade de aumento da produção.

 

“Em breve, vamos inaugurar novas unidades”, adianta ele, revelando que o casal ainda não pensa em transformar a Petisco Brazuca em uma franquia. “Ainda não. Temos outros projetos na frente”, diz.

 

Produtos

 

Ricardo Rosa conta que após dez anos de existência, o carro-chefe da empresa segue sendo a coxinha de frango, que é o sabor mais tradicional e popular do salgado também no Brasil. “Mas também temos outros grandes sucessos no nosso cardápio, como a coxinha de queijo, espinafre, calabresa e marguerita, essa última com queijo, tomate e manjericão”. Atualmente, o cento de coxinhas da marca custa 94 dólares.

 

Petsico Brazuca – Divulgação – Rede Food Service

 

No menu das lojas ainda é possível encontrar, além das coxinhas, outros quitutes bastante populares e amados no Brasil, como o pão de queijo, o croquete (de mandioca, recheado com carne ou peixe), o bolinho de bacalhau, os pastéis (nos sabores de queijo, carne e frango), empada, açaí, brigadeiro (de chocolate ao leite, meio amargo e pistache), beijinhos e churros (nos sabores doce de leite e Nutella).

 

Entre brasileiros e norte-americanos

 

O CEO da marca explica para a Rede Food Service que nos primeiros quatro anos de atividades da empresa, o objetivo principal era tornar os salgados da Petisco Brazuca uma referência para a comunidade brasileira presente nos Estados Unidos. “No país, temos uma comunidade brasileira muito grande e forte. Tanto que temos uma rua que reúne apenas restaurantes com comidas do Brasil. Então além de oferecer sabor, há também um viés afetivo para quem faz e consome esses produtos”.

 

Vanessa Oliveira e Ricardo Rosa da Petisco Brazuca – Divulgação – Rede Food Service

 

Com a primeira meta alcançada, a dupla decidiu focar na conquista também no público norte-americano. “Existia o desafio de explicar para o americano o que é uma coxinha e inserir uma comida nova em seus hábitos e rotina. Foi a partir da nossa chancela em Smorgasburg, uma das maiores feiras gastronômicas de Nova York, considerada o ‘Woodstock da Comida’ pelo The New York Times, que cativamos de vez os americanos, que hoje representam 90% do nosso público”, conta Ricardo.

 

Entre os grandes clientes da Petisco Brazuca no serviço para empresas, nomes de gigantes como Google, Nike, Amazon e WeWork, além do atendimento direto para consumidores.

 

Planos para 2023

 

A Petisco Brazuca planeja lançar até o final deste ano uma linha de congelados. “Queremos alcançar 14 estados americano, além de Nova York e Nova Jersey, para os quais já trabalhamos”, conta o empresário Ricardo Rosa.

 

Para alcançar a meta, a empresa tem se preparado em termos de estrutura de produção. “Estamos importando maquinários para a nossa fábrica e assim gerar uma escala maior para alcançar os lugares que planejamos”, diz Ricardo, revelando que a empresa pretende sair dos atuais 300 mil salgados por mês para chegar a 1 milhão ou 1,5 milhão de unidades mensais.

 

De acordo com o CEO, a projeção é que os novos negócios da empresa resultem em um crescimento de receita entre 30% e 50%, o que representa um faturamento entre US$ 2,6 milhões e US$ 3 milhões. Na conversão para a moeda brasileira, a empresa deve sair dos R$ 10 milhões do último ano para um faturamento entre R$ 13,45 milhões e R$ 15 milhões.

 

Contato

Para entrar em contato com a empresa, siga @petiscobrazuca no Instagram ou acesso o site: www.petiscobrazuca.com

 

Conheça AQUI na REDE FOOD SERVICE: Good Guys Sandwich: o fast-food com comida de qualidade e bem-feita criado por casal de amigos no ABC Paulista.

 

Anna Katia Cavalcanti1
Anna Katia Cavalcanti
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