Nunca foi tão desafiador produzir novidades, criar algo novo todo dia e, o pior, na maioria das vezes, sozinho, embriagado por dúvidas e medos.
E como driblar a travessia por esse campo tão árido? Como domar esse “bicho de 7 cabeças”, de tal modo a transmutá-lo de um selvagem indomável a um leãozinho dócil?
Talvez já exista ambientes favoráveis para trilhar esse terreno inóspito, amenizar inseguranças, solucionar problemas, gerir nossas expectativas e reduzir frustrações…
Você já se deu conta que no deserto pouca coisa ou quase nada se desenvolve em abundância? A solidão do nada não soma sucesso ou expansão, apenas mantém-se existindo, sobrevivendo e essa prática não pode ser alimentada em nossas vidas, tampouco, em nossos negócios, já que acreditamos (ou devíamos crer!) na ideia de que estamos neste mundo para aprender, melhorar, ajudar, expandir.
Nesta perspectiva, você concorda comigo que a inovação vem agregada a algo, nasce de alguma coisa, desenvolve-se a partir de um substrato bem poderoso: as PESSOAS!
É bem verdade que instintivamente somos avessos a mudanças, diversidade e tudo que for diferente de nós. MAS é exatamente este muro que devemos derrubar para que sejamos mais inovadores. Estou querendo dizer e reforçar a máxima de que “Juntos somos mais fortes”. ISSO MESMO! A diversidade de uma floresta amazônica vem das inúmeras espécies vivendo em harmonia e formando o maior ecossistema verde do planeta, nada tem padrão, não existem obstáculos para o crescimento grandioso da fauna e da flora. Lá ninguém está sozinho.
E é nesse ponto que se pode reconhecer a razão de existir de um ECOSSISTEMA – habitats de inovação, constituído por pessoas técnicas, empreendedoras, criativas dentro do universo de quaisquer setores. São locais que concentram atividades necessárias para a produção de inovações, podem auxiliar desde o estímulo à ideias criativas para resolução de desafios reais, até a captação de investidores e incentivos para empreendimentos inovadores. As empresas ou profissionais integrantes de um ecossistema são independentes, mas atuam de forma conjunta, com o intuito de entregar soluções inovadoras, a partir da combinação de diferentes expertises.
Trazendo para o nosso universo de atuação, a criação de um ECOSSISTEMA GASTRONÔMICO tem como objetivo conectar toda a cadeia da alimentação com o mundo da inovação e das soluções tecnológicas, visando o desenvolvimento do setor.
ALERTA : Mas é preciso saber de antemão: a natureza humana não facilita o fluxo necessário à inovação. Daí a grande vantagem de estar inserido em um ecossistema: ele facilita a complementaridade, sempre necessária, entre as pessoas e as organizações (GOBBLE, 2014). Empreendedores sabem que ninguém vai muito longe sozinho e que, por isso, ser parte de um ecossistema, conviver e coproduzir com as outras “espécies” permite que os resultados cheguem muito mais rápido e sejam mais assertivos. O surgimento de novas espécies no deserto é muito mais escasso do que na Floresta Amazônica. Inovar sozinho, ou com fracas bases de apoio, é muito mais difícil do que em um ecossistema maduro.
Então, o “pulo do gato” para construir uma cultura da inovação em nossas práticas é:
- fazer parte de um ambiente de inovação, composto por pessoas com variados talentos técnicos, criativos e empreendedores;
- compartilhar conhecimentos, tecnologia e infraestrutura;
- promover conexões, relacionamentos, interdependência, confiança e colaboração, abundantemente0;
- fomentar discussões e explorar possibilidades de investimentos e captação de recursos para investir em projetos inovadores que auxiliem no crescimento e desenvolvimento do setor gastronômico.
Belisa Medeiros é a arquiteta da BEKITCHENS, Empresa especializada em Concepção e Planejamento para Projetos de Restaurantes. A BEKITCHENS oferece a solução completa para o setor do Food Service, desde o projeto até implantação de empreendimentos gastronômicos. Atua com projetos de restaurante para refeições coletivas, hotéis, restaurantes comerciais, cafeterias e demais áreas do setor.
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@be.kitchens