A BeGreen, maior rede de fazendas urbanas da América Latina, foi citada na COP27, edição da Conferência da ONU que acontece no Egito até dia 18 de novembro, no painel “Usando o Poder ESG para Mudar o Mundo” como uma das iniciativas sustentáveis realizadas em parceria com a Aliansce Sonae.
O Brasil é protagonista nas discussões sobre mudanças climáticas e as ações do setor privado vêm ganhando cada vez mais força para as transformações necessárias. Um dos assuntos mais importantes na pauta da Conferência é como conter o ritmo do aquecimento global e as empresas têm papel crucial na redução da emissão CO2 e a descarbonização da economia.
A BeGreen, revolucionou o setor ao criar fazendas em lugares onde ninguém imaginava, como shoppings centers, com uma parceria estratégica com a Aliansce Sonae, maior rede de shoppings do Brasil. A startup conta com oito unidades, sendo seis delas em shoppings nas cidades de Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Goiânia (GO), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
E as parcerias não pararam por aí. Outros grandes nomes se juntaram à marca, como é o caso da Mercedes-Benz, com quem criou a primeira fazenda urbana do mundo a funcionar dentro de uma fábrica de veículos; e o iFood, com uma plantação em sua sede, que contribui para a alimentação de 3 mil famílias cadastradas no Banco de Alimentos de Osasco. Dessa forma, a startup vai ajudando a cuidar do planeta, por meio de um sistema de produção e distribuição mais sustentável, e da saúde das pessoas, com a entrega de produtos mais saudáveis e saborosos todos os dias.
Segundo Giuliano Bittencourt, o crescimento se deve, em grande medida, à mudança gradativa de comportamento da sociedade e ao apelo por sustentabilidade. “Em vinte anos, a sustentabilidade deixou o aspecto de ‘ONG’, de assunto periférico, para se tornar um tema central dentro e fora dos governos. Conseguimos mostrar que negócios sustentáveis geram riqueza, e assim trouxemos o assunto para o centro das discussões. A pandemia também acelerou a conscientização: hoje as pessoas têm a percepção de que assim como um vírus surgido lá na China pode se espalhar por todo o mundo, o aumento de lixo ou da emissão de CO2 em um único país também pode causar um impacto global”, analisa o CEO da BeGreen na Rede Food Service.
No decorrer desses anos, a startup doou a bancos de alimentos e comunidades mais de 100 toneladas de hortaliças para complementar a alimentação das pessoas. E sua contribuição para a sociedade vai mais além. O impacto da BeGreen na vida das pessoas também envolve a experiência de visitar uma fazenda urbana e conhecer o processo produtivo. Através de ações educativas e visitas guiadas, crianças e adultos podem conhecer a estufa e participar de diversas atividades, proporcionando uma reconexão com os alimentos e a comunidade, e incentivando a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. “Me tocou muito o primeiro feedback que recebi das visitas escolares à fazenda. Durante o passeio, sempre convidamos as crianças a participar de uma colheita e cada uma leva um pequeno buquê de folhas na saída para casa. Um pai contou à nossa equipe que o filho chegou em casa apenas com as raízes do buquê porque ele tinha comido a alface toda no caminho da volta e isso mudou sua alimentação diária”, conta o CEO.
A tecnologia é uma grande aliada da BeGreen. É ela que permite uma produção sustentável e 28 vezes maior do que o cultivo convencional, tornando possível o funcionamento de fazendas com alta produtividade em espaços pequenos e improváveis, como dentro de shoppings, por exemplo. Com sementes selecionadas, as plantas são cultivadas por hidroponia — as raízes se desenvolvem na água, em soluções que recebem os nutrientes naturais necessários para que cresçam saudáveis. Os volumes de água e nutrientes injetados nos canais da plantação são controlados de forma automatizada, assim como o sistema de climatização da estufa, garantindo qualidade do ar, exposição à luz e temperatura ideais para as mudas, minimizando qualquer tipo de contaminação e interferências em decorrência de mudanças bruscas de clima.
Cultivadas em estufas de alta tecnologia, as hortaliças produzidas nas fazendas urbanas BeGreen são 100% livres de agrotóxicos e consomem 90% menos água do que o modelo convencional. A proximidade entre a produção e o momento de consumo, resulta em baixa emissão de carbono no transporte e apenas 2% de perda da produção, o que causa um grande impacto, já que em outros tipos de entrega essa perda pode chegar a 40%.