POP Vegan Food: conheça o negócio social criado para democratizar cada vez mais a comida vegana

Com o slogan ‘um ideal por todos, para todos’, projeto já salvou só em 2021 mais de 290 mil animais ao comercializar e vender comida vegana

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‘Um ideal por todos, para todos’. Esse é o slogan que move o Pop Vegan Food, um negócio social criado para democratizar cada vez mais a comida vegana que, hoje, nós da Rede Food Service temos o prazer de te apresentar como um ótimo exemplo de que sustentabilidade e mercado de alimentação fora do lar têm tudo a ver.

 

Em entrevista exclusiva à nossa reportagem, Mônica Buava, de 36 anos, formada em Relações Internacionais e Sócia-Fundadora do POP Vegan Food, revela que “só no ano passado, salvamos mais de 290 mil animais por vendermos comida vegana. A sustentabilidade é uma das questões mais importantes hoje em dia. Não só para o POP Vegan Food, mas para o veganismo como um todo. Além da questão da crueldade animal, a ciência moderna deixa inquestionável o fato de que um mundo sustentável é um mundo vegano. E o POP representa essa bandeira vegana de sustentabilidade não só pra São Paulo, mas para o Brasil todo.

 

Mônica Buava, Sócia – Fundadora do Pop Vegan

 

O Brasil é um dos maiores produtores de grãos e de soja do mundo, mas também um dos maiores consumidores e produtores de carne animal.  É inaceitável que, com tanta produção de alimentos, ainda somos um dos países que lidera o ranking de fome no mundo. E não só por causa da distribuição, pois somos o maior produtor de soja do mundo, mas a maioria desses grãos vai para a alimentação dos animais ditos de consumo ao invés de ir para a nossa população. Porém, ainda há tempo de mudar e nós estamos fazendo a nossa parte nessa história”, afirma.

 

O que é e como funciona o POP Vegan Food?

 

De acordo com Buava, o POP Vegan Food “é um negócio social. Um microcosmo em que podemos implementar o que nós acreditamos. E, nesse nosso mundinho, que conta com um time com cerca de 90 funcionários, nós desenvolvemos um trabalho tanto para fora, quanto para dentro. Para fora, nós servimos comida vegana a preço superacessível e de qualidade. Funcionamos como restaurante que serve almoço de dia e como hamburgueria e pizzaria à noite, com os produtos da linha POP para revenda, o que tem tanto impacto social, quanto impacto ambiental”, explica.

 

Foto: Reprodução – Instagram

 

A empresária acrescenta que “também já doamos, pelo projeto Refeição Solidária, mais de 30k refeições para pessoas em situação temporária de vulnerabilidade e também para motoboys de aplicativo. Nos nossos quase cinco anos de POP, já realizamos diversas ações. Por isso, quem quiser conferir mais sobre nós convido a acessar o nosso perfil no Instagram, que é @PopVeganFood. E, da porta para dentro, é onde nós podemos fazer pelos nossos funcionários. Temos psicólogo, convênio médico, acompanhamento nutricional, palestras de planejamento familiar e educação financeira, entre outros projetos”, detalha.

 

Como surgiu a ideia do POP Vegan Food?

 

Sobre a história do POP Vegan Food, Buava conta que o negócio social “surgiu no centro de São Paulo, capital, em julho de 2017, fruto do sonho de três ativistas da causa animal: eu, a Carol Caliman e o Guilherme Carvalho. Eu sempre tive uma natureza empreendedora e, desde a faculdade, decidi ser ativista profissional. Eu não queria fazer ativismo só no meu tempo livre. Eu queria viver disso. E o POP é isso, é ativismo pela barriga! Mostrar que é possível comer pizza, hambúrguer e o que você quiser, mas sem causar sofrimento animal”, sinaliza.

 

Foto: Reprodução – Instagram

 

Ações sustentáveis do POP Vegan Food

 

Hoje em dia, como Buava já ressaltou, o POP Vegan Food é composto por diversas ações sustentáveis. No entanto, a empresária enfatiza que “vender comida vegana por si só já é um projeto de sustentabilidade. Afinal, um dia que uma pessoa fica sem comer carne poupa cerca de 24m² de terra, reduz 11kg de CO², poupa 8kg de grãos e economiza 60l de água que seriam utilizados na criação de animais ditos de consumo”, alerta.

 

Nesse sentido, a ativista partilha que, por meio do POP Vegan Food e suas ações/projetos, “já servimos cerca de 1.500 refeições por dia e 70% dos nossos clientes não são veganos, são pessoas atraídas pelo sabor e preço acessível. Pessoas essas que, talvez sem o POP, comeriam em algum restaurante que serve produtos de origem animal. E pessoas que, muitas vezes, consideram o veganismo ao perceberem no POP que é possível. E que, então, começam a fazer suas refeições sem produtos de origem animal também fora do POP. É como se plantássemos uma semente em cada cliente. E, nesses cinco anos, com certeza, já plantamos uma floresta. E, desde que começou a pandemia de Covid-19, o nosso delivery de almoço expandiu e é responsável por boa parcela do nosso faturamento. Entretanto, as embalagens biodegradáveis são muito caras, chegam a representar 30% do valor que o cliente paga. Mas, a nossa meta é poder implementar algum tipo de programa de vasilhame retornável para delivery”, divide.

 

Gustavo do time de Delivery – Foto: Reprodução – Instagram

 

Buava relata também que “só no ano passado, salvamos mais de 290 mil animais por vendermos comida vegana, sem contar a ajuda que damos aos santuários de animais resgatados. Além disso, com a economia de água que o consumo plant-based produz indiretamente, o POP poupou o equivalente a 69 milhões de banhos de 15 minutos e deixamos de emitir CO² equivalente ao que 18 milhões de carros gastariam nesse tempo”, destaca.

 

Investir em sustentabilidade no mercado food service vale a pena?

 

Na visão de Buava, investir em sustentabilidade no mercado food service não só vale a pena, como ela afirma que “sempre digo que, quanto maior o nosso privilégio, maior a nossa responsabilidade. Se temos a oportunidade de termos uma empresa, então, que essa empresa gere um impacto positivo e seja exemplo para as demais. Eu não diria que há desvantagens em investir em sustentabilidade. O nosso desafio, no entanto, é recriar os produtos de origem animal, tornando-os à base de plantas e com preço acessível. E, para isso, temos que estar sempre pensando fora da caixa. Hoje, nós pensamos, principalmente, em nos envolver com o mercado de forma a proporcionarmos meios das outras empresas também terem opções veganas, sobretudo, acessíveis. Sabemos que o mercado plant-based ainda pode ser elitista, embora tenha melhorado muito nos últimos anos, e o nosso trabalho é democratizar, cada vez mais, a comida vegana.

 

Foto: Reprodução – Instagram

 

O POP Vegan Food soma ao mercado sustentável porque ele mostra que é possível. Afinal, há cinco anos, não víamos quase nenhum estabelecimento com propostas parecidas com a nossa e, hoje, vemos esses estabelecimentos por todos os lugares. Além disso, é palpável a influência do POP, porque nós temos esse ideal de que um estabelecimento que se abre, próximo a nós, com propostas semelhantes, não poder ser uma concorrência, é um avanço. Então, não só somamos ao mercado food service, como crescemos todos juntos em direção ao mesmo ideal”, avalia.

 

Dica de como investir em sustentabilidade no mercado food service

 

Por fim, Buava dá a seguinte dica de como investir em sustentabilidade no mercado food service: “hoje, as pessoas estão se preocupando muito mais com questões de sustentabilidade e querendo ter um relacionamento melhor com a comida. E, quando digo isso, quero dizer que está sendo questionado como ela é produzida, de onde vem e qual é o impacto que ela causou até chegar no prato. Por isso, quem não atender a essas expectativas dos consumidores, vai acabar ficando para trás”, garante.

 

Viu como o POP Vegan Food é um ótimo exemplo ‘Sustenfood’? Então, continue nos acompanhando! Pois, aqui na Rede Food Service, sustentabilidade é, realmente, um propósito que queremos disseminar no setor nacional de alimentação fora do lar.

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