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Olga Ri: conheça a foodtech de alimentos que conquistou mais de 30 mil clientes e faturou cerca de R$ 21 milhões em plena pandemia de Covid-19

Com cardápio composto por produtos como saladas, bowls e sopas, negócio food service une tecnologia e comida saudável e é voltado para clientes residenciais e corporativos de São Paulo

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Do começo em meio ao improviso ao sucesso em tempos de crise. Esse é o caminho que resume bem a história da Olga Ri, uma foodtech de alimentos que conquistou mais de 30 mil clientes e faturou cerca de R$ 21 milhões em 2021, mesmo em plena pandemia de Covid-19 e todos os seus percalços sociais e econômicos.

 

Com um cardápio composto por produtos como saladas, bowls e sopas, o negócio food service une tecnologia e comida saudável e é voltado para clientes residenciais e corporativos de São Paulo, capital, tendo sido fundado pelos irmãos Bruno Sindicic e Cristina Sindicic, respectivos atuais CEO e CMO – Marketing e Comercial da marca, e Beatriz Samara, CPO – Produto.

 

Foto: @olga.ri_

 

Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, Cristina Sindicic, que é arquiteta de formação, conta que “a Olga Ri nasceu em 2016, com a ideia de mudar a forma com que as pessoas encaravam a alimentação saudável/salada. Queríamos mostrar que um bowl colorido pode e deve ser uma refeição gostosa. A ideia veio do Bruno e de mim, mas, logo, a Bia, que também é arquiteta de formação, se juntou ao nosso time. A parceria deu liga de cara! O começo foi meio improvisado. Tínhamos duas salas em uma casinha da Vila Olímpia, uma mesa de inox e a ajuda do Agnaldo, que é o nosso primeiro funcionário que está com a gente até hoje. A Bia saía dirigindo pela Faria Lima, enquanto eu ia de prédio em prédio passando o cartão dos primeiros clientes. Dessa cozinha, saíam umas dez saladas por almoço e os pedidos eram anotados à mão. Mas, em setembro de 2019, tivemos que ir para uma cozinha maior. Hoje, com algumas toneladas de alface depois, a empresa é outra. Com três cozinhas em operação e mais algumas no forno, o time da Olga Ri cresceu junto: fomos de 1 para 170 colaboradores e criamos uma rede de fornecedores que viraram nossos parceiros e são a raiz do nosso negócio. Além disso, estamos construindo uma comunidade de pessoas que curte o nosso produto e acredita nos valores que defendemos. Diversidade, responsabilidade social e ambiental, compromisso com fornecedores, parceiros e colaboradores e um time obcecado por comida que faz bem. Apesar de sermos uma empresa nova, o nosso time tem um baita orgulho das histórias que construímos”, resume.

 

Foto: @olga.ri_

 

A empresária complementa que “a pandemia de Covid-19 tem feito muita gente mudar os hábitos, entre eles o consumo de comida fresca. Segundo análises do Estudo NutriNet Brasil – 2020, que envolveu mais de 10 mil participantes, houve um aumento na frequência de consumo de frutas e hortaliças de 40,2% para 44,6% durante a pandemia. Para explicar esse aumento, segundo dados da Agência Brasil, a preocupação com a saúde envolve o fato de que o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados fortalece os mecanismos de defesa do organismo. Já a ingestão de comidas ultraprocessadas favorece o aparecimento de doenças crônicas, que aumentam a letalidade da Covid-19. Sabendo que, em tempos como esses, a saúde e a imunidade tornaram-se fatores primordiais na vida dos brasileiros, afirmamos que a forte presença de fast-food no delivery local passa a não atender todos os requisitos de uma alimentação de qualidade. Em relação aos hábitos alimentares da população, acreditamos que existe um longo caminho a ser percorrido, mas conseguimos ver grandes avanços nos últimos anos e, com certeza, estamos contribuindo para que a mudança aconteça. Atualmente, o Brasil é o quarto colocado em consumo de alimentos saudáveis no ranking global e movimenta US$ 35 bilhões por ano, de acordo com uma pesquisa realizada pela Euromonitor. Além de uma reeducação alimentar do nosso público, acreditamos que o nosso negócio surge com o propósito de transformar a forma em que nosso cliente enxerga o alimento. Afinal, é possível sim comer algo saudável e delicioso”, afirma.

 

O que é a Olga Ri?

 

Na definição de Cristina, a Olga Ri “é uma startup de alimentos que opera a partir de cloud kitchens, entregando saladas para clientes residenciais e corporativos. Com tecnologia de ponta, excelência na operação e uma marca com propósito, estamos trabalhando para criar a próxima geração do food service no Brasil. A nossa maior inspiração não é segredo para ninguém: trata-se de uma cadeia nos Estados Unidos chamada Sweetgreen. Eles também têm um portfólio extremamente focado, com uma salada muito gostosa de muita qualidade, tudo superfresco. É incrível como eles conseguem trabalhar muito bem a marca e comunicar o propósito deles”, revela.

 

Como funciona a Olga Ri?

 

Sobre o funcionamento da Olga Ri, a CMO – Marketing e Comercial da marca explica que a foodtech opera “em um sistema de cloud kitchens, ou seja, um restaurante estruturado apenas para o delivery. Atualmente, temos cinco cozinhas espalhadas por São Paulo: Vila Olímpia, Jardins, Mooca, Santana e Lapa. Com esse sistema, conseguimos oferecer agilidade, preço justo e uma salada que dá água na boca. Garantimos uma experiência encantadora desde o momento em que o cliente realiza o pedido por meio do nosso app, que tem uma UX e UI pensadas no nosso cliente, passando pelo consumo do produto com saladas deliciosas, saudáveis e fresquinhas, até o descarte das embalagens, sendo que, para cada salada vendida, retiramos do meio ambiente e reciclamos duas vezes mais a quantidade de plástico e papel envolvidos no processo. Não é à toa que temos um NPS – Net Promoter Score – de 90”, enfatiza.

 

Foto: @olga.ri_

 

Cardápio da Olga Ri

 

Em relação ao cardápio da Olga Ri, Cristina informa que “de acordo com a perspectiva dos nossos clientes, é diversificado e de muita qualidade. Isso é desde o princípio, pois trata-se de um dos nossos pilares. Somos obcecados por qualidade, o que reflete bastante no nosso dia a dia, não só no produto, mas na entrega dos nossos serviços. Hoje, basicamente, nós trabalhamos com saladas; bowls, que nada mais são do que saladas, mas com menos folhas e com bases com grãos e outras mais ‘secas’; e sopas. Acreditamos bastante em um portfólio focado e é isso que fazemos. Desenvolvemos opções muito gostosas e saudáveis, com um preço justo. Temos como carro-chefe as saladas montadas pelo próprio cliente, que não são saladas da casa. Então, 60% do cardápio é montado pelos nossos clientes e uma das saladas mais pedidas é a de Frango Pesto Parmi, que integra frango grelhado, brócolis, amêndoas e tomate”, detalha.

 

Foto: @olga.ri_

 

Diferenciais da Olga Ri

 

Conforme a CMO – Marketing e Comercial da marca, a Olga Ri possui vários diferenciais. No entanto, ela enfatiza os molhos da foodtech, que, inclusive, são preparados com produtos da Castelo Alimentos, uma das mais importantes indústrias de alimentos da América Latina. “Nós usamos os produtos da Castelo Alimentos nos nossos molhos, além de no pepino, vinagrete de manga e no mix de grãos. Usamos o vinagre balsâmico e o vinagre de arroz e o de maçã. Os produtos da Castelo Alimentos nos ajudam e proporcionam diferenciais. Acredito que são produtos de muita qualidade, pois são uma marca superforte no mercado. Além disso, eles ajudam muito a dar sabor para os nossos ingredientes e todos os nossos complementos e bases no dia a dia. Agora, falando de uma experiência particular, eu consumo salada todos os dias. Normalmente, eu almoço na Olga Ri e, quando eu volto para casa, sempre tem uma salada também. E o tempero que eu uso é azeite, vinagre e sal e, muitas vezes, mesclo azeite com limão. Assim como, utilizo o vinagre da Castelo todos os dias, fazendo parte da minha rotina”, partilha.

 

Planos para a Olga Ri

 

Cristina partilha ainda que os planos para a Olga Ri são promissores, já que “para os próximos dois anos, pretendemos abrir as portas no mercado carioca, triplicar o número de dark kitchens na grande São Paulo e no Rio de Janeiro e abrir pelo menos cinco restaurantes físicos nas duas cidades. Além disso, a Olga Ri pretende continuar a expandir o número de empresas parceiras em seu programa de Estações, que oferece entrega grátis em escritórios de grande porte”, assinala.

 

Foto: @olga.ri_

 

Cabe ainda enfatizar que, recentemente, a Olga Ri levantou R$ 30 milhões em rodada de investimentos liderada pela Kaszek. O aporte contou com a participação de investidores antigos, como Fernando Meirelles, cineasta e ativista ambiental, e Gabriel Cherubini, ex-Vice-Presidente da Yoki, e de investidores novos, como a gestora Chromo Invest e o fundo Endeavor Scale-Up Ventures. Também participaram da rodada a Calila, family office da família Jereissati, a Aram Capital, gestora de patrimônio de São Paulo, e investidores-anjos como Guilherme Bonifácio, cofundador do iFood, Diego Libânio, cofundador do Zé Delivery, e Flavia Buchmann, CMO da NotCo. “Da construção de uma cadeia de fornecimento mais sustentável à criação de uma experiência de consumo moderna e tecnológica, estamos reinventando o que significa ser uma empresa de alimentos no país.  Esse aporte vai nos permitir explorar novos formatos de varejo, chegar em novas cidades e reforçar o nosso compromisso com uma comida gostosa, que faça bem para nossos clientes, para as comunidades em que estamos inseridos e para o meio ambiente”, avalia Bruno Sindicic, o CEO da Olga Ri.

 

Santiago Fossati, sócio da Kaszek, por sua vez, analisa que o investimento destinado à Olga Ri “reforça a confiança do fundo nos planos de crescimento da foodtech e na capacidade de execução do time. Afinal, desde que investimos na companhia pela primeira vez, em 2019, vimos o seu faturamento multiplicar por cinco. Ao longo desse tempo, a captação de clientes sempre teve um componente orgânico muito forte e o NPS se manteve em mais de 80 pontos”, explica.

 

Foto: @olga.ri_

 

Já Beatriz Samara, CPO da Olga Ri, considera que “a abertura em novas cidades e de novos formatos traz desafios. Queremos continuar desenvolvendo uma cadeia de fornecimento sustentável e adaptar o nosso cardápio a cada cidade em que operamos. O McDonald’s sempre se orgulhou em ter o mesmo sanduíche em cada cidade. Nós queremos quase o oposto: que cada cidade tenha ingredientes e criações específicas que valorizem os ingredientes e os sabores locais”, pontua.

 

Segredo do sucesso

 

Por fim, Cristina indica que o segredo para alcançar sucesso no atual mercado food service está em “construir uma marca muito forte e isso é o que estamos fazendo ao longo desses quase seis anos de Olga Ri. É muito importante ter uma marca sólida que, de alguma maneira, seja muito consistente para que as pessoas consigam se identificar. O segundo ponto para o sucesso, com certeza, é operar bem, porque o que você se propõe a fazer hoje em dia muita gente faz. O mercado tem muitos concorrentes em todos os sentidos. Então, é preciso operar muito bem e entregar um serviço de qualidade, não só o produto, que é uma premissa básica quando se fala de comida, mas também conseguir entregar um serviço muito bom e, principalmente, falando de delivery, conseguir entregar conveniência para as pessoas. Esse é o grande caminho. E, quando falamos de escalabilidade, é entender que a tecnologia vem ao nosso favor e que é não é possível conseguir escalar sem ela”, aconselha.

 

Foto: @olga.ri_

 

A CMO – Marketing e Comercial da marca acrescenta também que a dica para os que ainda estão começando no mercado food service é “focar bastante no produto e entregar itens de muita qualidade, principalmente, no início. Isso porque ninguém vai pedir de novo o seu produto se não aprovar. Isso é uma premissa para quem for trabalhar com comida. O segundo ponto vai muito na linha do que eu acredito que seja conquistar o sucesso: que é construir uma marca muito forte em que as pessoas, de alguma maneira, se identifiquem com os seus valores e que isso seja bem transmitido para que se conectem com o que você está construindo. Hoje em dia, principalmente, acredito que nenhum jovem compra algo sem saber a procedência, mas querem, sim, ter uma conexão com os valores da empresa”, salienta.

 

E aí? Gostou de conhecer a história da Olga Ri? Esperamos que sim, pois, toda semana, temos o propósito de te apresentar um negócio food service de sucesso para que lhe sirva de inspiração! Então, continue nos acompanhando!

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