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Diego Sacilotto considera que a vida de chef é frenética, deliciosa e viciante

Atual Chef Executivo do Grupo Mozzafiato divide que possui uma rotina com muitas frentes e garante que a vida de chef é uma rotina de doação constante

ChefDiego8
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Frenética, deliciosa e viciante. Essas são as palavras que caracterizam uma verdadeira vida de chef para Diego Sacilotto, de 41 anos, o atual Chef Executivo do Grupo Mozzafiato, o maior grupo de experiências culinárias da Zona Norte de São Paulo, capital, sendo composto por restaurantes de alta gastronomia e pizzarias tradicionais.

 

Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, Sacilotto divide que possui uma rotina com muitas frentes e garante que “a vida de chef é uma vida de doação constante. Hoje, a minha rotina divide-se em algumas frentes muito importantes. A de chef de cozinha, sendo o responsável pela criação, treinamento e controle de todos os processos gastronômicos. A de empresário dos restaurantes que cuida das negociações e expansões e da fazenda, onde coordeno, estudo e planejo um cultivo sustentável e orgânico para as nossas casas. Além disso, devido às demandas atuais, estou iniciando um processo como criador de conteúdo no Instagram, em que compartilho a minha rotina e aproximo o cliente da realidade do meu setor”, conta.

 

 

Quem é Diego Sacilotto?

 

Casado e pai de dois filhos, Sacilotto “é alguém insatisfeito e incomodado que usa a sua profissão para transformar e produzir algo melhor”, se apresenta.

 

Foto: Divulgação

 

Em relação ao seu lado profissional, o chef relata que “o que me caracteriza é a simplicidade e o produto, valorizando uma cozinha clássica e bem elaborada. Hoje em dia, por sorte, eu trabalho com a minha esposa, que é o meu elo entre o mundo profissional e pessoal. Ela é quem harmoniza e torna possível uma família e um profissional com prazer, estrutura e resultados”, afirma.

 

Formação e experiências profissionais

 

Sacilotto é formado em Gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi e suas experiências profissionais no universo da alimentação fora do lar começaram bem cedo, ainda quando ele era apenas uma criança. “Em 1984, quando eu tinha apenas três anos de idade, o meu pai fundou a primeira de suas casas. E, aos meus nove anos de idade, eu comecei a trabalhar na pizzaria e, desde então, nunca deixei o food service. E, dos nove aos dezoito anos, eu trabalhei nos restaurantes da minha família que, hoje, formam o Grupo Mozzafiato. Já maior de idade, eu resolvi, então, ingressar no curso de Gastronomia, que acabou despertando a minha curiosidade para conhecer outras cozinhas”, relembra.

 

Foto: Divulgação

 

O chef complementa que “desde a faculdade, passei então por casas do grupo Fasano, Sergio Arno, Alex Atala, Carla Pernambuco, entre outras em São Paulo, capital. E, em 2005, me mudei para Portugal para trabalhar na Quinta das Lagrimas, um restaurante estrelado em Coimbra. De lá, fui para a Espanha, onde atuei no consagrado restaurante do Chef Andoni Luis Aduriz, Mugarritz no País Basco, onde tive uma das experiências mais encantadoras do mundo da gastronomia. Após a Espanha, segui para a África, na Angola, trabalhando em alguns resorts de luxo e hotéis entre 2011 e 2013. Nessa época, inclusive, foi quando eu fui contratado para fazer parte do time midiático do chef Gordan Ramsay, no lendário Hotel Savoy, o primeiro hotel de luxo do mundo. Depois dessa experiencia, retornei para São Paulo e iniciei um processo de expansão dos negócios familiares”, resume.

 

Visão de mercado

 

Conforme Sacilotto, hoje em dia, a alimentação fora do lar já alcançou outro patamar em comparação ao período em que ele começou a atuar nessa área. No entanto, ele avalia que os novos conceitos gastronômicos são diferentes conforme o histórico de vida dos clientes desse ramo. “Tudo depende de qual grupo de pessoas estamos falando. Se falarmos da parcela privilegiada da sociedade, atualmente, a alimentação pode alcançar patamares e sensações jamais experimentados devido à alta competência dos cozinheiros, a tecnologia e as novas técnicas aplicadas de preparo e de conceito gastronômico, por exemplo. Mas, se falarmos do resto do mundo, precisaremos fazer uma análise um pouco mais profunda, pois grande parte da população padece cada vez mais e a alimentação nesse caso não passará de uma forma de subsistência”, lamenta.

 

Foto: Divulgação

 

O chef reflete ainda que “hoje, o mercado food service exige bastante preparo e atenção, pois precisa suprir as demandas atuais, sempre equilibrando alta concorrência, inconstância econômica do nosso país e as necessidades de cada cliente”, alerta.

 

Desafios e metas

 

Apesar de já ter bastante experiência e uma carreira consolidada, Sacilotto revela que um dos seus “maiores desafios é conduzir uma empresa tradicional com quase 40 anos em um caminho mais conectado com as necessidades do mundo atual”, explica.

 

Foto: Divulgação

 

Além disso, o chef partilha que as suas “duas maiores metas são produzir o máximo de matéria-prima possível de maneira orgânica e sustentável e igualar os gêneros dentro do Grupo Mozzafiato, possibilitando que todos os cargos, salários e projeções possam ser atingidos por quaisquer pessoas, independente do seu gênero, cor e orientação sexual. O meu sonho atual é construir um restaurante escola que capacite e atenda as demandas para o terceiro setor”, divulga.

 

Adaptações frente à pandemia de Covid-19

 

Na contramão da maioria dos empresários do ramo food service, Sacilotto diz que a atual pandemia de Covid-19 e todos os seus efeitos sociais e econômicos acabaram não prejudicando tanto o Grupo Mozzafiato, uma vez que “a pandemia trouxe para nós novas oportunidades. E, assim, abrimos mais dois restaurantes e consolidamos ainda mais o serviço de delivery”, comemora.

 

Dica de chef

 

Por fim, Sacilotto aconselha que “ser chef de cozinha é uma posição dentro de um grupo e ou equipe. Por isso, o primeiro passo para se tornar um chef de cozinha é saber cozinhar as diferentes frentes que uma cozinha oferece. E isso leva muitos anos. E, em paralelo, um chef também precisa aprender a liderar pessoas, coordenar processos e gerir finanças. Trilhando esse caminho, existe grande possibilidade de um cozinheiro se tornar um chef de cozinha, mas precisamos naturalizar que nem todas as pessoas nasceram para liderar e/ou liderar uma cozinha. E cabe ressaltar ainda que ser cozinheiro é a melhor parte”, aconselha.

 

E aí? Gostou de conhecer como é a vida de chef de Diego Sacilotto? Esperamos que sim, pois te desvendar os bastidores dessa profissão tão desafiadora e inspiradora é uma de nossas missões semanais aqui na Rede Food Service. Por isso, continue nos acompanhando!

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