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Grupo Planta: conheça o hub de negócios da indústria plant-based que promove a alimentação e o empreendedorismo consciente

Criado pelo casal Daniele e Fabio Zukerman, grupo atua com restaurantes, delivery, produção e distribuição de alimentos plant-based de alta qualidade, além de prestar consultoria completa para adesão de itens de origem vegetal no portfólio de lojas e restaurantes

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Alimentação e empreendedorismo consciente? É com o Grupo Planta, um hub de negócios da indústria plant-based que, hoje, nós da Rede Food Service temos o prazer de lhe apresentar como exemplo do que, de fato, é Sustenfood.

 

Criado pelo casal Daniele e Fabio Zukerman, o Grupo Planta atua com restaurantes, delivery, produção e distribuição de alimentos plant-based de alta qualidade, além de prestar consultoria completa para adesão de itens de origem vegetal no portfólio de lojas e restaurantes pelo Brasil a fora.

 

Como surgiu e o que é o Grupo Planta?

 

Daniele, de 41 anos, e Fabio Zukerman, de 42, são colegas de classe desde a infância e se casaram em 2005, sendo que ela é formada no Institute of Integrative Nutrition de Nova York, nos Estados Unidos, e Fabio em Hotelaria e Gastronomia com experiência em Real State, fruto de sua jornada como leiloeiro. Juntos, eles construíram o Grupo Planta com o objetivo de investir e aproximar investidores e consumidores a uma alimentação e o empreendedorismo consciente.

 

Foto: Divulgação

 

Atualmente, Daniele ocupa o cargo de Head de Sustentabilidade do Grupo Planta e Fábio o de CEO, sendo que o casal é palestrante, vegano, comunicador e consultor plant-based quando o assunto é promoção da alimentação vegetariana. Além disso, articula programas e ações em combate à má nutrição e pelo direito da alimentação saudável mais atrativa e acessível, fomentando e promovendo a indústria plant-based.

 

Qual é o propósito do Grupo Planta?

 

De acordo com Fábio, “sustentabilidade é o principal pilar do Grupo Planta, sendo a essência do grupo. Percebemos que, em alguns anos, o planeta entrará em colapso, se não fizermos um uso mais inteligente dos nossos recursos. Como conseguimos alimentar mais de 65 bilhões de animais terrestres por ano para consumo humano e não conseguimos alimentar toda a população de humanos mundial, que tem pouco mais de 7 bilhões? Não é esse planeta que quero deixar para os meus filhos. Por isso, temos a consciência tranquila de saber que contribuímos para um mundo mais sustentável e amoroso, uma vez que fomentamos o consumo local ao buscar pequenos produtores para abastecer nossas empresas. E isso gera valor para todos que fazem parte da nossa cadeia produtiva, do produtor de insumos ao consumidor final. Todo o nosso time se envolve com o pensamento e a aplicação da sustentabilidade no dia a dia. O Grupo Planta possui hoje em dia aproximadamente 80 colaboradores diretos e a sustentabilidade da empresa está no cuidado com o não desperdício da matéria-prima; no consumo de alimentos de origem vegetal; na escolha da matéria-prima; dos nossos uniformes; no relacionamento com o pequeno produtor, que nos vende insumos com baixa pegada de carbono e produz em locais próximos das nossas fábricas /cozinhas evitando assim o consumo excessivo de combustível fóssil; e no desenvolvimento de embalagens recicladas, recicláveis, retornáveis e compostáveis. Enfim, trabalhar de forma sustentável é uma prática que se constrói no dia a dia de todo o nosso time”, destaca.

 

Foto: Divulgação

 

O CEO complementa que “discutir emergência climática sem falar da carne e derivados no prato de cada um de nós é inconcebível. Para cada caloria que tiramos da carne, são dez calorias que foram dadas para esse animal ao longo da vida. Então, são 75% das terras aráveis do planeta, gerando 12% das calorias consumidas por nós humanos. Nós produzimos grandes quantidades de vegetais que são transformados em ração, que é dada para os animais ao longo da vida. Assim, eles consomem e as metabolizam e, depois, esse animal vira comida uma vez só. Então, hoje, não existe uma maneira de discutir sustentabilidade, emergência climática, pandemias, fome e a falta de disponibilidade de alimentos sem discutir o quanto a pecuária onera o nosso sistema de produção, o sistema agropecuário. Se não tivéssemos tanto consumo de carne, teríamos muito mais espaço para plantar. Com os vegetais que já são plantados atualmente, conseguiríamos alimentar três vezes a população mundial. Ou seja, tirar ou, pelo menos, reduzir os derivados de origem animal do prato é o ato pessoal mais efetivo que se pode fazer hoje para evitar escassez de alimento, mudanças climáticas, doenças crônicas e pandemias. Quando substituímos a carne, liberamos áreas de plantio, diminuindo a quantidade de água que está sendo usada pelo sistema de produção de alimentos, que se diga de passagem é o sistema que mais consome e polui água no planeta. Além disso, diminuímos a quantidade de antibióticos que estão sendo usados na cadeia de produção de alimentos e também de suplementação, pois os animais hoje em dia tomam suplemento farmacêutico, como B12, cálcio e iodo. E essa mesma suplementação poderia ter sido dada diretamente para as pessoas, pois, dentre tantos motivos, os suplementos são absorvidos por quem consumir essa carne ou seu derivado, mas em uma quantidade muito menor. E, se usarmos esses suplementos que já produzimos e colocar na aveia, na farinha, fortificando outras coisas, teríamos um amplo acesso à essa suplementação sem perda metabólica e com muito mais eficiência. Temos que olhar mais para a cadeia de produção de alimentos. Precisamos diminuir a quantidade de carne e todo esse cálculo ineficiente que faz com que falte a comida e que falte comida de qualidade. Temos que mudar a maneira como as pessoas comem para impactar a cadeia como um todo. Não é simplesmente se as pessoas vão ter acesso àquela comida que está sendo servida na Green Kitchen, mas pensar em como aquela comida que está sendo servida na Green Kitchen liberou uma área gigantesca de plantio para ser plantada comida de verdade e todo mundo ter acesso à essa comida de verdade.  Isso é o que está por trás daquilo que se faz com o setor de proteínas alternativas. A soja, por exemplo, que é produzida em larga escala, é a soja que está sendo produzida para alimentação de animais, seja no Brasil, na China, aonde for. Então, no momento que a gente diminui o consumo de animais, a gente diminui drasticamente as monoculturas de produção de grãos. Toda a categoria de proteínas alternativas tem um potencial muito grande de evoluir para outras rotas e, em breve, começaremos a usar o feijão. Quando se fala de usar feijão, pegamos, por exemplo, o feijão quebrado, que não é vendido, que é um prejuízo para o agricultor, sendo que podemos usar esse feijão para fazer nossos hambúrgueres no lugar da soja e da ervilha. É preciso pensar em todas as possibilidades com as produções de grãos brasileiros”, detalha.

 

Resultados já alcançados pelo Grupo Planta

 

Quando questionado sobre os resultados já alcançados com todos os projetos relacionados à sustentabilidade do Grupo Planta, Fábio salienta que “um dia que uma pessoa se alimenta apenas com comida vegetal, ela poupa 24 metros quadrados de terra, deixa de emitir 11 quilos de CO2, poupa 8 quilos de grãos e economiza 60 litros de água azul dos reservatórios de água doce. Ou seja, levamos educação aos consumidores, menos lixo, menos agrotóxicos, menos chances de pandemias, menos chances de desenvolver doenças crônicas”, garante.

 

Foto: Divulgação

 

O CEO do Grupo Planta revela também que “já entramos na próxima fase da evolução humana. Nossa espécie e muitas outras espécies animais e vegetais devem, agora, se adaptar à escassez de recursos naturais que causamos e preservar o que sobrou, evitando, ao máximo, consumir o que polui nossa atmosfera global. Para fazer isso acontecer, precisamos priorizar a colaboração. Devemos internalizar a prática do carbono zero. Temos uma pequena janela durante essa década que irá definir a qualidade de vida na terra pelos próximos anos. Ou todos ganhamos, ou todos perdemos! Temos a obrigação moral de aplicar uma mentalidade de abundância a aquilo que nos resta e que podemos cocriar e compartilhar. Produção em massa de carne polui os recursos hídricos por meio de dejetos animais e a atmosfera através das emissões de gases de efeito estufa (metano). A criação de animal para consumo humano também é responsável pelo uso excessivo de fertilizantes para plantações usadas para alimentar animais de fazenda, o que corresponde a 80% da produção de monoculturas e expõe o nosso abastecimento de água a quantidades crescentes de produtos químicos. Os especialistas alertam que o metano da digestão do gado, o dióxido de carbono do desmatamento e queima de florestas e o óxido nitroso do uso crescente de fertilizantes de nitrogênio contribuem com até 51% das emissões de gases de efeito estufa anualmente, segundo o WWI-Worldwatch Institute.  O CO2 tem uma vida de 10.000 anos, portanto, tudo que jogamos para a atmosfera hoje (menos que 50% que são absorvidos pelos oceanos e terra) ficará na atmosfera para sempre. Cientistas estimam que temos 500 Gt de CO2 que podemos soltar na atmosfera antes de ultrapassarmos dois graus de aquecimento, o que já deixa um legado trágico para a próxima geração. Hoje em dia, emitimos 50 Gt por ano. Por isso, temos que nos tornar uma sociedade que emite a menor quantidade de gás possível. Muitos olham para a possibilidade de aquecimento de dois graus e pensam que não há problema algum em aquecer dois graus. ‘Ontem, estava mais frio que hoje e não me importo em hoje estar mais quente que ontem’, é o que a maioria ainda pensa. Mas, o que acontece e que, há 15.000 anos, estávamos na Era do Gelo e tínhamos 4 km de gelo cima da crosta terrestre. E, de lá para cá, aquecemos a terra em quatro graus. Ou seja, olhando sob essa perspectiva, você pode imaginar o que consiste em dois graus de aquecimento. Dito isso, posso responder que quem ganha mais com os projetos do Grupo Planta é o nosso planeta e todos os seres vivos que o habitam”, afirma.

 

O valor de investir na sustentabilidade

 

Por fim, Fábio partilha sobre o valor de investir na sustentabilidade por meio de negócios, projetos, ações e/ou produtos que, na sua concepção, é mais barato, além de uma grande responsabilidade. Quando o assunto é sustentabilidade, não podemos olhar apenas resultados financeiros. Temos que olhar os valores humanos e ambientais e saber que, atualmente, temos excelentes opções, com ótimos custos e soluções para adequar o cardápio e o portfólio de forma fácil e, assim, ganhar mais clientes e melhores custos. No momento planetário que vivemos, considero uma responsabilidade divina atuar nessa causa. Afinal, pesquisas recentes comprovam que mais de 50% da população brasileira quer ou já está reduzindo o consumo de carne. Em 2018, por exemplo, estudos já mostravam que 14% da população brasileira se declarava vegetariana. As vantagens de trabalhar com sustentabilidade de uma maneira geral são imensas. Hoje em dia, poder de veto em reuniões familiares, a comida vegetal é inclusiva e agrada a praticamente todos os tipos de dieta e intolerâncias. Vivemos hoje uma economia com aproveitamento integral dos alimentos, embalagens sustentáveis, geração Z e Y buscando cada vez mais esse tipo de alimentação. Portanto, investir em sustentabilidade é ter um olhar ético e respeitoso com as próximas gerações. E ressalto que não podemos olhar apenas para os valores financeiros e sim agregar na conta os valores humanos e ambientais”, finaliza.

 

E aí? Gostou de conhecer o Grupo Planta e as suas práticas Sustenfood? Então, continue nos acompanhando, pois, aqui na Rede Food Service, tudo que é relacionado à temática sustentabilidade sempre terá vez e voz!

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