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Tassiana Rozon: a ‘nutrichef’ que trabalha em uma indústria de alimentos que produz marmitas em atmosfera modificada

Atual Responsável Técnica na empresa ProntoChef conta como é a sua agitada rotina e garante que alimentação ganhou outro conceito depois do advento da pandemia de Covid-19

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Desde o advento da atual pandemia de Covid-19, a garantia dos processos e procedimentos relacionados à segurança, higiene e qualidade alimentar nos estabelecimentos food service tem sido, a cada dia mais, valorizada pelos consumidores e, consequentemente, considerada essencial para o alcance de sucesso nesse setor.

 

Nesse cenário, tanto o papel do profissional de Gastronomia, quanto o de Nutrição, tornou-se ainda mais necessário e sendo, muitas vezes, vivenciado por uma pessoa só, os chamados ‘nutrichefs’, como nós da Rede Food Service, carinhosamente, apelidamos esses profissionais que ilustrem muito bem como é a atual e diversificada ‘Vida de Chef’ no mercado nacional de alimentação fora do lar.

 

Por isso, hoje, vamos de apresentar a história de vida pessoal e profissional de Tassiana Rozon, de 35 anos, a atual Responsável Técnica na empresa ProntoChef, uma indústria de alimentos que produz refeições prontas em atmosfera modificada. “A minha rotina é bem agitada.  Na ProntoChef, eu realizo o controle de qualidade higiênico-sanitário da fábrica, a verificação e a adequação dos documentos exigidos pela fiscalização e faço também a elaboração de fichas técnicas e os rótulos nutricionais”, conta a profissional em entrevista exclusiva à nossa reportagem.

 

Quem é Tassiana Rozon?

 

Solteira e sem filhos, Rozon se considera uma “profissional focada, buscando constante aprendizado e expandindo a formação em busca de excelência. Sou uma pessoa leve, feliz e apegada às raízes e às vivências na família”, revela.

 

Foto: @nutri_tassianarozon

 

A ‘nutrichef’ complementa que “eu sempre crio um tempo no dia para cuidar do meu bem-estar e ficar com família e amigos. Eu prezo muito por uma alimentação saudável e equilibrada.  Não precisamos cortar os carboidratos, as frutas e o leite da nossa dieta quando não temos nenhuma restrição alimentar devido à alguma doença e é importante dosar as quantidades ingeridas. O meu cardápio é bem simples e versátil de seguir, pois sempre coloco várias substituições para os meus pacientes e, assim, facilita no dia a dia”, garante.

 

Formação e experiências profissionais

 

Rozon estudou Nutrição na Universidade Paulista (UNIP) e Tecnóloga de Gestão de Qualidade na Universidade Anhembi Morumbi, além de possuir MBA em Serviços de Interesse à Saúde também pela UNIP. “Quando me formei em Nutrição, em 2007, o meu primeiro emprego foi em uma clínica de estética, a Onodera Estética, onde iniciei os atendimentos nutricionais. E, no mesmo ano, comecei a realizar os atendimentos nutricionais na Academia Ação Expressão, onde estou até hoje. Em 2009, trabalhei na área hospitalar no Hospital Evaldo Foz, onde fazia visitas de acompanhamento nutricional aos pacientes e cuidava da produção das refeições. Em seguida, trabalhei na ECD Food Service”, relembra.

 

Rozon e parte da equipe da ProntoChef – Foto: Divulgação

 

Ainda sobre as suas experiências profissionais, Rozon destaca que o seu primeiro contato com a área de food service “foi na empresa ECD Food Service, onde trabalhei com pesquisa de mercado em padarias, pizzarias e docerias. Durante as pesquisas, eu apresentava novos produtos na área da alimentação, como uma farinha especial para as massas de pães e pizza, nova marca de leites/derivados e um blend de chocolate. E, no decorrer da pesquisa, verificava o interesse dos proprietários em experimentar os novos produtos e questionava quais as marcas que eles utilizavam nas preparações. E, após a ECD Food Service, comecei a trabalhar com consultoria de controle de qualidade na empresa Alef Assessoria Nutricional. Em 2011, trabalhei como Orientadora de Estágio do curso de Nutrição na Universidade Paulista, onde pude ter experiência na área acadêmica e recebi o reconhecimento profissional de Honra ao Mérito ao ser convidada para ministrar a palestra sobre ‘Neofobia Alimentar na Infância: como solucionar?’ para os alunos dos 1º ao 4º semestre do curso de Nutrição do Campus Anchieta. No entanto, em 2012, eu passei em um concurso da Prefeitura Municipal de São Paulo e, com isso, trabalhei por seis meses no Departamento da Merenda Escolar, quando supervisionei as cozinhas das escolas municipais da região de Campo Limpo, Capão Redondo e Jardim Ângela. Mas, nesse mesmo ano, eu fiz MBA em Serviços de Interesse à Saúde na Universidade Paulista. E, no final de 2012, iniciei a minha trajetória com consultoria nutricional na Alef Assessoria Nutricional. Já em 2014, ingressei na Amway do Brasil como Vendedora Técnica e as minhas principais atividades eram a realização de treinamentos das marcas de produtos da loja, inspeção de todos os assuntos regulatórios e de qualidade, auxílio no atendimento no caixa (processamento de compras) e auxílio na gerência. Em 2016, tive a oportunidade de trabalhar no Bureau Veritas, quando atuei com auditorias e consultorias em redes de fast-food, restaurantes e cafeterias, como o Mcdonalds, Starbucks e Madero. Assim, no começo da pandemia de Covid-19, participei do trabalho de certificação de hotéis e rede de gelateria para obter o selo Safe Guard, que assegurava que o local estava preparado para a retomada dos serviços. Em 2018, eu voltei para a faculdade e fiz a minha segunda graduação em Tecnóloga de Gestão de Qualidade na Anhembi Morumbi. E, atualmente, trabalho na Pronto Chef, que é uma indústria de alimentos que produz marmitas com atmosfera modificada”, resume.

 

Rotina como ‘nutrichef’

 

Conforme Rozon, “a ProntoChef é uma startup que proporciona aos seus clientes soluções de alimentação personalizada por meio de tecnologias com refeições embaladas a vácuo e em marmitas com atmosfera modificada que retira totalmente o oxigênio ao redor dos alimentos, garantindo a vida de prateleira de mais de sete dias de validade sob refrigeração. Nenhum dos alimentos produzidos na empresa contêm fritura, açúcar refinado e conservantes. A empresa vem se destacando no fornecimento de marmitas para colaboradores de diversas empresas, como Fúria e Delpak, por oferecer um cardápio variado com três opções, sendo uma delas vegana ou vegetariana. Além da marmita, tem a salada de acompanhamento, compondo um cardápio balanceado e saudável. Assim como, a empresa tem outras marcas, como Salve Marmitaria, Pasta Giusta, Chez Vovó e Taste Fresh, que são as dark kitchen da startup que estão em todas as plataformas de aplicativos de delivery em São Paulo, capital”, explica.

 

Foto: Divulgação

 

Sobre a sua rotina como ‘nutrichef’ da ProntoChef, ela partilha que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o seu dia a dia profissional “não é só glamour, pois preciso lidar com muita resistência de mudança de hábitos. No entanto, com a atual pandemia de Covid, aumentou a preocupação com a alimentação saudável e a melhoria do estilo de vida. Com isso, aumentou também a procura por Nutricionista e as empresas que produzem alimentação saudável e sem adição de conservantes, como a ProntoChef, tem tudo para darem certo”, ressalta.

 

Desafios e metas

 

Como desafios e metas, Rozon divide que o seu maior dilema hoje em dia como ‘nutrichef’ tem sido “desenvolver uma metodologia eficaz para o aprendizado dos funcionários da ProntoChef com relação às boas práticas de manipulação”, sinaliza.

 

Foto: @nutri_tassianarozon

 

Já em relação às suas metas, ela revela que sonha em abrir “uma cafeteria com doces saudáveis e funcionais”, diz.

 

Visão de mercado

Para Rozon, o atual mercado de alimentação, em especial o que cerca o universo do food service, ganhou outro conceito depois do advento da pandemia de Covid-19. Por isso, ela avalia que “a alimentação fora do lar está, cada vez mais, frequente e os consumidores estão mais exigentes no quesito qualidade. Quando o cliente vê que o restaurante tem um serviço de assessoria ou consultoria nutricional, se sente mais seguro em consumir o produto, pois já associa que o local se preocupa com o controle higiênico-sanitário e pela saúde. Agora, com o ‘novo normal’, a cobrança pelas boas práticas de manipulação e higiene são mais exigidas e os clientes estão retornando apenas nos últimos meses a frequentar os bares e restaurantes, após o aumento das pessoas vacinadas contra o Coronavírus. Não há dúvidas de que a alimentação ganhou destaque na pandemia, pois as pessoas precisaram cozinhar mais em casa, quando todos os restaurantes estavam fechados. Dessa maneira, quem não sabia cozinhar aprendeu a fazer as preparações. E, com isso, o conceito gourmet também ganhou a excelência dos consumidores que apreciam pratos diferenciados”, analisa.

 

Dica de ‘nutrichef’

 

Por fim, para quem deseja ser uma ‘nutrichef’ em um mercado tão desafiador, mas promissor como Rozon mesmo já deixou claro, a profissional indica que “ser uma Nutricionista no food service é ter paixão pela alimentação sem menosprezar qualquer alimento e gostar do convívio com ambiente de cozinhas, pois é assim que se adquire muita experiência, tanto profissional, como pessoal, por ter que lidar com diferentes tipos de pessoas e ideais”, aconselha.

 

E aí? Gostou de conhecer a história de vida pessoal e profissional de mais uma ‘nutrichef’? Esperamos que sim! Pois, aqui na Rede Food Service, toda semana, te apresentamos o que, de fato, é Vida de Chef. Então, continue nos acompanhando!

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