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Bruno Riqueza evidencia que o glamour da vida de chef é quando os pratos voltam vazios

Atual Chef Garde Manger Regional da Divino Fogão acredita que a maior característica que um chef de cozinha deve possuir é a postura e a busca por conhecimento

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O que é glamour? E glamour na vida de um chef de cozinha? Para Bruno Michel Rodrigues Damasceno, de 31 anos, o chef Bruno Riqueza, é algo bem diferente do que a maioria das pessoas imagina.

 

Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, o chef que, atualmente, é Chef Garde Manger Regional da Divino Fogão, rede de restaurantes com 176 unidades abertas pelo Brasil a fora, evidencia que o glamour da sua profissão “começa quando a refeição está pronta e servida. O verdadeiro glamour que dizem por aí é quando o seu comensal elogia a sua comida e/ou quando os pratos voltam vazios. Não existe nenhum glamour em cozinhar por horas, com o fogão, a chapa quente, o exaustor ligado, a falta de ingredientes, a falta de funcionário, etc”, garante.

 

Quem é Bruno Riqueza?

 

Natural de São Paulo, capital, solteiro e sem filhos, Riqueza “é sonhador, determinado, um homem que ama a família e os amigos e que, principalmente, gosta de cuidar das pessoas”, se apresenta.

 

Já sobre o seu lado profissional, o chef partilha que “é sofisticado, atualizado, trabalhador e dedicado. Sempre faço de tudo para que a minha equipe tenha sucesso. Assim como, nunca paro de trabalhar, mesmo quando estou descansando (risos), pois fico imaginando receitas de pratos, molhos, ideias inovadoras e até mesmo novos desafios. Costumo fazer pesquisas pela Internet, livros, concorrentes, visitas técnicas e, principalmente, quando vou comer em algum lugar, observo cada passo do atendimento, serviço, etc. Meu estilo de culinária é único (risos). Eu gosto muito da alta gastronomia, do sofisticado, mas me encanta também a culinária simples do dia a dia. Eu gosto de usar condimentos marcantes, assim como também o simples tempero do amor e da simplicidade”, revela.

 

Formação e experiências

 

Formado em Gastronomia pela Universidade Guarulhos, também conhecida como UNG, em 2013, Riqueza também é pós-graduado em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em 2017. Porém, as suas experiências profissionais no ramo da alimentação começaram bem antes. “Desde criança, eu observava a minha mãe, Dona Fran, cozinhando. Eu sempre me disponibilizava para ajudá-la, pois me encantava o arroz amarelo feito com colorau, o líquido do pudim que se transformava em um bolo mole e delicioso e as cores da gelatina com camada cremosa de creme de leite que ela fazia. Eu tive o grande privilégio de vir de uma família nordestina, onde saber cozinhar é um dom familiar e carregamos isso com muita honra de determinação. Há 20 anos, os meus pais tiveram um restaurante e foi aí, então, que eu comecei a minha atuação na Gastronomia de forma rústica e sem nenhuma técnica. Eu entrei na faculdade em 2011 e, assim, comecei a minha jornada mais profissional, maduro e aventureiro (risos). Nessa época, eu fazia eventos de gastronomia e, muitas vezes, eu cozinhava por dias e dias sem folga, sendo, às vezes, por até 20h diárias, e tudo isso para pegar experiência, técnicas e a confiança do chef”, relata.

 

Foto: Divulgação

 

O chef conta que “em 2013, fiz uma viagem para a Europa para fazer uma pesquisa gastronômica. Em 2014/2015, atuei no Restaurante Paraense, na Vila Madalena Razz. Em 2015, trabalhei na Gate Gourmet, que é uma multinacional de gastronomia e refeições para companhias aéreas. Nessa empresa, eu entrei como Auxiliar de Produção, preparando as saladas da classe econômica. Mas, depois de dois meses, eu fui convidado pelo Chef Garde Manger Ronaldo, que sempre foi uma grande inspiração para mim, para atuar em outra frente e, depois de um ano, fui promovido para Meio Oficial de Cozinha. Em 2017, eu recebi o título de Garde Manger, sendo o responsável pelas preparações dos pratos da primeira classe das companhias Emirates, Qatar, Turkish, American Air, Delta, entre outras. Em 2018, fui professor de Gastronomia no Senac-SP. E, neste ano de 2021, dei consultorias em hotéis e resorts cinco estrelas e, desde setembro, sou o Chef Garde Manger Regional da Rede Divino Fogão. Além disso, eu sempre faço viagens para fazer pesquisas relacionadas à Gastronomia, tais como Chile, Argentina, França, Londres, Irlanda e Madrid”, resume.

 

Dia a dia como Chef Garde Manger Regional da Divino Fogão

 

De acordo com Riqueza, o seu dia a dia como Chef Garde Manger Regional da Divino Fogão é bastante dinâmico, o que só soma à sua carreira. “Sou eu quem faz a elaboração de cardápio, as preparações de receitas para implantação e os treinamentos de equipe. Além disso, eu sou o responsável por prestar consultoria em Gestão de Negócios”, explica.

 

Foto: Divulgação

 

Sonhos e metas de vida

 

Segundo Riqueza, o seu maior sonho “sempre foi conquistar a minha casa própria, onde não seria a casa dos meus pais e sim o meu lar. E eu consegui! No entanto, eu ainda tenho muitos outros desejos, como o de viajar para outros países, conhecer novas culturas e pessoas e contar sobre a minha vida. Hoje em dia, as minhas metas para os próximos anos se resumem a continuar me especializando, trabalhando com dedicação e excelência, além, é claro, de agradecendo por tantas oportunidades, desafios e conquistas. Sendo válido ressaltar que um grande desafio atualmente para mim é poder viver a vida com tranquilidade, amor e esperança”, afirma.

 

Visão de mercado

 

Quando questionado sobre qual é a sua visão do atual mercado food service, o chef reflete que “nos dias atuais, as pessoas estão mais informadas, exigentes e, por isso, buscam que as suas necessidades sejam, realmente, saciadas. Assim, o atual consumidor de food service não só busca agilidade e eficiência, mas também excelência no serviço e, principalmente, espera que as suas expectativas sejam atingidas. E eu, como profissional da área da Gastronomia, sempre busquei oferecer o meu melhor, com requinte, eficiência e delicadeza em casa detalhe, trazendo o meu consumidor para o sofisticado”, assegura.

 

Foto: Divulgação

 

Riqueza acrescenta ainda que é importante que todos saibam que “o chef sempre será o maior mistério da Gastronomia. Existem os bons e os ruins chefs, assim como em todas as áreas profissionais. Dessa forma, eu penso que a vida de um chef não é muito diferente da minha, pois envolve pesquisas, trabalho, dedicação, persistência, atenção e excelência”, avalia.

 

Dica do chef

 

Por fim, Riqueza alerta que “a maior característica que um chef de cozinha deve possuir é a postura e a busca por conhecimento. Informações técnicas e a apresentação pessoal são os principais ingredientes de uma vida de sucesso de um chef de cozinha. Hoje, eu, talvez, precise evoluir mais para receber o título de chef, mas tenho muita persistência no meu trabalho no dia a dia, buscando fazer o meu melhor todos os dias”, assinala.

 

E para quem deseja seguir a mesma carreira que Riqueza, ele aconselha que “é necessário muita dedicação e persistência para conquistar o título de chef de cozinha. Muitos sonham com o cargo de chef, mas esquecem da responsabilidade de um chef de cozinha”, pontua.

 

E você? Gostou de conhecer sobre a vida de chef de Bruno Riqueza, o Chef Garde Manger Regional da Divino Fogão? Esperamos que sim, pois, toda semana, a nossa intenção é desvendar essa profissão tão atualmente ‘glamourizada’ na mídia por meio da divulgação de exemplos reais. Por isso, continue nos acompanhando!

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