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Tecnologia no food service vai muito além do uso de aplicativos de delivery

por André Gasparini, articulista da Rede Food Service

Foto: Getty Images

 

Muito se fala sobre o uso da tecnologia em bares, restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos de food service. Esse tema ganhou ainda mais força durante a pandemia do novo coronavírus, mas já era uma tendência muito antes da necessidade de isolamento social, e as soluções vão além dos aplicativos de delivery. Métodos simples, como os pedidos anotados em comandas de papel, já vinham sendo substituídos por tablets, permitindo mais agilidade na comunicação com a cozinha, menor margem de erro na preparação dos pratos e redução do desperdício de produtos.

 

A evolução no setor de TI (Tecnologia da Informação) trouxe, ainda, as máquinas de pagamento com leitor NFC (Near Field Communication ou comunicação por campo de proximidade) para uso de cartão e smartphone, e a Inteligência Artificial com soluções de voz e chats para atendimento.

 

Uma grande parte dos estabelecimentos resistiu em adotar recursos tecnológicos para gestão e integração de sistemas, especialmente, pelo argumento de que automatizar um negócio tem um alto custo. Entretanto, a prática tem mostrado que a automação de processos gera, entre outros benefícios, mais eficácia e, consequentemente, economia financeira.

 

Um sistema de gestão informatizado reduz riscos de erros no caixa, permite conciliar o fluxo bancário com os recebimentos de pagamento por cartão de crédito ou débito e possibilita um atendimento mais dinâmico e eficiente, integrando a equipe de garçons, a cozinha e o caixa. É possível avaliar mais facilmente a produtividade da equipe e ter o controle do estoque de forma automática, reunindo todas as informações em relatórios mais práticos, com otimização do tempo.

 

Uma das funcionalidades das novas tecnologias disponíveis é a engenharia de cardápio, onde podem ser analisados quatro pontos: itens que vendem bem e trazem maior rentabilidade; itens que vendem bem, mas não trazem rentabilidade; itens que não vendem bem, mas trazem rentabilidade; e itens que não vendem bem e nem trazem rentabilidade. Essa ferramenta se baseia nas informações do controle de estoque, produção e venda, e auxilia o empreendedor a definir de forma mais acertada os produtos que vai oferecer, para ter melhores resultados.

 

Definitivamente, as “máquinas” vieram para ficar, seja pela utilização de um tablet no atendimento físico ou pelo uso de softwares para conciliar pedidos por aplicativos e registros de pagamentos, com a integração entre o estabelecimento e as plataformas de delivery. Com isso, além de se obter referências dos produtos que são mais utilizados, é possível reunir informações sobre os clientes, para entregar um serviço mais personalizado. Com um banco de dados bem gerenciado, a empresa pode oferecer promoções exclusivas e customizadas para cada consumidor, com base no seu perfil de consumo, além de benefícios por meio um programa de fidelidade, por exemplo.

 

O segmento de food service evoluiu muito em relação à adoção de tecnologias, e esses recursos se tornaram uma questão de sobrevivência para as empresas, não apenas no momento atual, mas visando o futuro.

 

Sobre o autor

André Gasparini é diretor Comercial da Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina. O executivo atua há 20 anos na companhia, tendo passagens por várias áreas,  incluindo a gerência responsável pelo segmento de food service e distribuição para os mercados nacional e internacional. É engenheiro de alimentos, graduado pela Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB), especialista em Trade Internacional de Óleos e Gorduras pela FOSFA (Federation of Oils, Fats and Seeds Association) de Londres; com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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