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Comportamento do consumidor: comodidade e conveniência vieram para ficar

por André Gasparini, articulista da Rede Food Service

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A conveniência tem sido uma tendência predominante no setor de alimentos. Esse comportamento do consumidor, que se intensificou com a pandemia do novo coronavírus, transformou a forma como vivemos e interagimos, refletindo diretamente nas escolhas de consumo. Antes da pandemia, esse movimento foi impulsionado pelas lojas de conveniência, que evoluíram significativamente adotando o modelo “grab and go” (pegue e vá), onde se pode pegar mais facilmente o que precisa e levar para consumo em qualquer outro local. Em seguida, vimos uma valorização desse tipo de serviço, pela praticidade e facilidade de acesso.

 

Com o isolamento social, algumas pessoas passaram a cozinhar mais em casa, mas uma grande parcela da população manteve o hábito de consumir pratos prontos. De acordo com um estudo feito pela Mobills, em 2020, os gastos com aplicativos de entregas de comidas prontas cresceram 149% durante a pandemia. Os aplicativos de delivery com maior demanda foram iFood, com crescimento de 172%, Rappi (121%) e Uber Eats (37%). Além disso, muitos deram prioridade para estabelecimentos próximos de onde moram, em uma busca total por conveniência. A economia criativa ganhou espaço, com microempreendedores fornecendo desde refeições completas a lanches e salgados, também com opção de entrega.

 

Ainda vemos o modelo dark kitchen crescendo muito, especialmente nas grandes cidades. Nesse modelo, não é necessário ter um ponto de venda com loja física e espaço para consumo no local, apenas uma cozinha para o preparo dos alimentos e o cliente pode optar por retirar no local (take away) ou solicitar o delivery.

 

Ninguém previa uma segunda onda da Covid-19 como aconteceu no Brasil. Empresas que estavam começando a se reestruturar voltaram a ter problemas. Embora tenham criado alguns canais alternativos para atendimento, essa fase da pandemia veio de uma forma muito pesada e afetou novamente o segmento de food service. Por outro lado, muita coisa está para acontecer. As pessoas começam a comemorar a chegada da vacina e isso gera uma euforia diferenciada no mercado, trazendo otimismo e esperança de dias melhores.

 

Mas, vale destacar que a comodidade e a conveniência se tornaram uma exigência dos consumidores e uma realidade que veio para ficar, não apenas durante a pandemia. Isso passou a fazer parte da vida das pessoas, em todos os segmentos, seja para o consumo de refeições prontas, de compra de alimentos e bebidas ou produtos de uso pessoal. A casa continua sendo o lugar seguro, em meio a tantas transformações, e que traz a sensação de bem-estar.

 

O fator humano é o grande desafio, com mudanças de comportamento, demandas e aumento da concorrência. A constante adequação de processos continua sendo necessária, ampliando o uso de tecnologia e ferramentas digitais, visando oferecer uma experiência positiva ao cliente e trazer segurança para o negócio.

 

 

Sobre o autor

André Gasparini é diretor Comercial da Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina. O executivo atua há 20 anos na companhia, tendo passagens por várias áreas,  incluindo a gerência responsável pelo segmento de food service e distribuição para os mercados nacional e internacional. É engenheiro de alimentos, graduado pela Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB), especialista em Trade Internacional de Óleos e Gorduras pela FOSFA (Federation of Oils, Fats and Seeds Association) de Londres; com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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