Salada é uma entrada ou um apenas um acompanhamento? Nem um dos dois! Salada é um delicioso prato principal e esse é o propósito do negócio food service Horta 31, que, no período pré-pandemia, em 2019, chegou a atingir um faturamento de R$ 15 milhões no ano.
Com atuais 17 unidades espalhadas por Belo Horizonte e região metropolitana e 70 funcionários ao todo, a marca é considerada um “fast casual saudável adaptado ao mundo atual” pelo seu criador Luiz Gustavo Silveira Diniz Moreira, de 33 anos, natural da capital mineira. “Horta 31 é o acesso à alimentação saudável mais prático que existe”, garante o empresário, que é casado, pai de um menino de 3 anos e formado em Engenharia de Produção e Civil. No entanto, foi no mercado de alimentação fora do lar que ele encontrou sua grande realização profissional.
De acordo com Moreira, o Horta 31 é fruto da sua vontade e de sua esposa de voltarem a morar em Belo Horizonte e seu nome uma homenagem à terra natal de ambos. “Eu estava trabalhando com a minha esposa no Rio de Janeiro e achamos que era o momento de retornar para BH para começar o projeto de constituir uma família. A ideia era empreender em BH. Assim, filtrei o ramo de alimentação e, depois, vi a demanda e pouca oferta do mercado saudável na cidade, tendo em vista a grande quantidade de players borbulhando no RJ. Com isso, foi proposto, então, um modelo rápido e que atendesse à correria do dia a dia dos dias atuais. No nome, carregamos esse carinho pela cidade natal por meio do DDD 31 e também uma estratégia de criar fãs no lugar de consumidores por meio da regionalidade”, revela.
O empresário complementa que o que mais caracteriza o negócio Horta 31 atualmente é “mudança de hábito. Vimos, ao longo da nossa trajetória, inúmeros clientes dizendo que começaram a comer salada por meio do Horta 31. E esse sempre foi nosso objetivo, popularizar e dar acesso à essa alimentação a todo canto da cidade, com preço e qualidade, estando em inúmeras praças e reforçando o branding da marca”, comemora.
Moreira acrescenta também que, a nova onda de saudabilidade só soma ao negócio Horta 31, uma vez que é “um caminho sem volta. O acesso à informação ‘na cara’ do cidadão e a globalização de hoje promovem o tema, pois todos caminham juntos para uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos. Atualmente, sabemos dos benefícios de cada ação e alimentação muito mais do que antigamente e, agora, priorizamos isso para uma vida mais longeva e com mais energia. Porém, ainda assim, é um mercado pequeno pelo o que será no Brasil a alguns anos e ainda precisa de muito esforço, conscientização e boas propostas de negócios para ganhar Market share, pois o brasileiro ainda se alimenta muito mal e só vai fazer esse equilíbrio ou até mudar totalmente seus hábitos com restaurantes ou alimentos de fato gostosos e que não fazem sentir saudade do junkle food”, alerta.
Investimentos base
Para começar o negócio Horta 31, em maio de 2017 especificamente, Moreira partilha que o gasto com a primeira unidade da marca foi de “R$ 120 mil. Já para estruturar o processo de franquia mais R$ 40 mil nos primeiros meses. Hoje, o valor da nossa franquia é de R$ 40 mil e uma loja completa fica em torno de R$ 250 mil o investimento total”, detalha.
Sobre retorno, o empresário pondera que, “agora, na pandemia de Covid-19, os números mudaram bastante. Mas, em 2019, nosso faturamento foi de R$ 15 milhões no ano”, reforça.
Modelo de negócio
Em relação à idealização e estruturação do negócio Horta 31, Moreira contou e ainda conta com a ajuda de sócios-investidores, o que, segundo ele, vem dando muito certo até os dias atuais. “Possuo inúmeros sócios. Além do Guilherme, meu primo, que faz parte da marca e da concepção do projeto, tenho também outros sócios-investidores e operadores das unidades que, sem eles, não iria crescer uma marca tão forte e tão engajada na cidade de BH. Todos tratam com muito carinho e como se fossem donos da marca! É uma relação muito saudável e aberta para alinhamentos quando necessário. Sobre ter pessoas próximas no negócio, isso exige muito cuidado e, por muitas vezes, não é indicado. Mas, no nosso caso, foi muito bem acordado antes e, hoje, faria exatamente igual, pois foi o que fez chegarmos à notoriedade que temos hoje em dia”, avalia.
O empresário ressalta também que, atualmente, para atuar no ramo food service é preciso “coragem, energia e não abrir mão da qualidade. Com certeza, é um mercado que nunca irá acabar. Tem seus altos e baixos claro, mas saiba que, sem essas três características, o empresário do segmento de alimentação ficará no meio do caminho, pois é um ramo, na minha visão, de maior necessidade de estar perto do negócio. Outro segredo é possuir muitas variáveis, muitos fornecedores e ticket relativamente baixo que necessitam de grande recorrência dos clientes e logo uma prestação excelente de serviço”, aconselha.
Cardápio e perfil de cliente
Para Moreira, o cardápio Horta 31 “é simples, sendo composto por mais de 50 ingredientes disponíveis para montagem da salada, que é o nosso carro-chefe. Mas, também temos o nosso iogurte natural com granola artesanal feito por nós e que é um verdadeiro sucesso. Inclusive, dentre as opções do buffet, a maior saída é o molho da casa, que é uma receita da minha mãe, a dona Vitória”, relata.
Já sobre o perfil de cliente da marca, o empresário classifica o público como “diversificado, pois, hoje, atendemos todas as idades e gêneros. Nosso foco é aquele cliente que quer melhorar a saúde mais do que um xiita fitness”, brinca.
Adaptações devido à pandemia de Covid-19
Assim quase como todos os negócios de alimentação fora do lar, o Horta 31 também precisou passar por algumas transformações devido à atual pandemia de Covid-19 e suas respectivas restrições sanitárias.
Segundo Moreira, “nas lojas, o nosso modelo já era adaptado às inúmeras e atuais exigências de Vigilância Sanitária devido ao Covid-19 como, por exemplo, a montagem dos pratos, que já era feita pelos atendentes com proteção de vidro no buffet para os clientes. Porém, diversos outros itens foram implantados para proporcionar maior segurança, como divisória acrílica entre os assentos. Na gestão, fizemos mudanças de horários, redução do quadro de funcionários e renegociações que deram fôlego. O delivery também se faz muito importante para compensar a queda das vendas de balcão e será um agregador de clientes no retorno presencial, pois todos os restaurantes profissionalizaram ou estão nesse processo de valorizar, cada vez mais, o canal on-line”, detalha.
O empresário partilha ainda que “temos o plano de ser nacional, mas a pandemia de Covid-19 desacelerou nosso crescimento. No entanto, não o sonho. Acredito que, neste ano, ainda seja um ano de análise para o crescimento nos anos seguintes”, divide.
Visão do franqueado
Renan Lage Milanez, de 32 anos e Engenheiro Civil de formação, é um dos sócios-operadores do negócio Horta 31 desde julho de 2019. Sua loja é localizada dentro da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves (CAMG), que é a sede oficial do Governo do Estado de Minas Gerais. Ele conta que se tornar um franqueado Horta 31, literalmente, transformou a sua vida. “Eu sempre imaginei abrir algo que oferecesse qualidade aos clientes. Desde a primeira vez que experimentei uma salada do Horta31, eu tive a certeza de que, se abrisse algo, seria um Horta 31. Eu sempre gostei de salada, então, afirmo que esse tempo todo sou meu cliente fiel. E me tornar um franqueado mudou muito a minha vida pessoal e profissional, pois, assim, eu mudei da vida CLT para ser autônomo e criei meus próprios horários. Isso me deu uma maior flexibilidade para fazer o que eu gosto, o que havia certa dificuldade quando era CLT. Ou seja, a minha qualidade de vida melhorou muito”, afirma.
Para Milanez, a missão do Horta 31 “é oferecer uma comida saudável com diversas opções de montagem e, acima de tudo, com qualidade para atingirmos não somente o público focado em dietas alimentares, mas também uma pessoa que queira sair do ‘mesmo’ de vez em quando”, convida.
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