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Jean Louis Gallego, o especialista curador da Editoria Gente da Rede Food Service

Atual Diretor Comercial da ARYZTA, maior empresa de panificação congelada do mundo, divide conhecimento e contribui de forma importante com o conteúdo do portal

Foto: Arquivo Pessoal

 

Food service é um mercado de gente e, cada vez mais, saber gerir e formar os profissionais do ramo de alimentação fora do lar é literalmente a alma do negócio. Por isso, nós da Rede Food Service temos o orgulho de lhe apresentar, Jean Louis Gallego, o curador da nossa Editoria Gente. “Ser o curador da Editoria Gente da Rede Food Service é uma honra e um desafio. Sempre falo que o que diferencia uma empresa da outra são seus colaboradores, seus líderes. Tecnologia sempre vai estar disponível, mas gente não! Gente temos que formar, que inspirar, que aprender. Vale aquela máxima famosa que sozinho vou mais rápido, mas, juntos, vamos mais longe. E, juntos, com a Rede Food Service, temos o desafio de fortalecer ainda mais esse mercado. Tornar esse setor ainda mais relevante para o crescimento da indústria de alimentos e para o agronegócio brasileiro será o meu objetivo. Minha expectativa é trazer conhecimento e conteúdo de qualidade para a rede, além de estruturar um grupo de articulistas de relevância para falar de gente”, explica Gallego.

 

Foto: Arquivo Pessoal

 

Quem é Jean Louis Belo Gallego? Jean Louis Belo Gallego, de 54 anos, natural de São Paulo, capital, mas com cidadania espanhola, casado há 31 anos e pai de um menino de 12, é o atual Diretor Comercial Latam pela Aryzta do Brasil Alim. Ltda, a maior empresa de panificação congelada do mundo. Gallego também é conselheiro da ABIA (Associação Brasileira da Industria de Alimentos) e sponsor do Comitê de Food Service da mesma associação. “O profissional Jean Louis é técnico, comunicativo, resiliente e sempre vê tudo com um olhar de oportunidade. Mesmo as situações mais desafiantes, sob a ótica correta, podem se tornar uma super oportunidade. Sou um apaixonado por gente, acredito que a tecnologia sempre pode comprar. E dinheiro sempre estará disponível para fazermos bons investimentos. No entanto, o que diferencia uma empresa de food service da outra é gente e gente nós temos que formar. O que diferencia um profissional de outro, além de seu nível de conhecimento e capacidade inovativa, é a sua capacidade de serviço, de servir. O food service é totalmente interdependente do serviço e aí que reside uma grande oportunidade para o operador desse ramo ou mesmo para o profissional. Sua capacidade de agregar valor ao negócio de seu cliente. Essa é a minha visão. Sou assim, sempre pensando como pode agregar valor e trazer diferenciação ao negócio, ao negócio do cliente e ao consumidor final por fim”, detalha.

 

Foto: Arquivo Pessoal

 

Formado em Engenharia de Alimentos e especialista em Marketing com um MBA, Gallego é o responsável por popularizar, via QSR, o petit gateau no mercado brasileiro ao lançar a primeira versão do produto microondável em escala; pelo lançamento de um pão que pudesse ser aquecido em micro -ondas, o que permitiu que grandes indústrias de proteína pudessem lançar sanduíches para aquecimento no aparelho; e ainda pela conquista da liderança em market share no setor de panificação para a ARYZTA no setor de QSR. “A frente da ARYZTA e ao longo de minha carreira, recebi inúmeros prêmios de atendimento, de fornecedor do ano e de qualidade. Como destaque pessoal, eu fui convidado pelo Governo dos Estados unidos para fazer uma imersão no mercado food service. Tudo patrocinado pelo Ministério da Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA). Nesse programa, ainda conclui o Cochrane Fellowship Program, além de ter mantido contato com inúmeras associações locais e players do food service, assim como de feiras e eventos. Inclusive, tive a oportunidade de participar de algumas reuniões com o USDA em Washington. Ressalto também a criação do Congresso Internacional de Food Service pela ABIA, que, sem dúvida, é um grande marco da minha carreira”, complementa.

 

Carreira tripla que inspira

 

Conforme Gallego, atualmente, com os seus 32 anos de vastas experiências profissionais que inspiram, ele pode dizer que possui carreira tripla, sendo a profissional, a associativa e a pessoal. “Na minha carreira profissional, sou, realmente, de negócios. Lembro que, ainda no primeiro ano primário com apenas 6 anos, eu já confeccionava brinquedos para vender aos meus amigos. Aos 12, um de meus hobbies era automodelismo e, nessa época, eu produzia carrocerias de carrinhos de autorama para justamente financiar esse meu hobby. Além disso, durante a faculdade, eu vendia doces nos comércios da cidade e, com isso, eu conseguia ampliar minha renda. Não é por acaso que, com 22 anos, eu já era sócio de uma pequena indústria de alimentos. Na minha carreira que chamo de associativa, construí uma verdadeira carreira. Tive passagens pela Fiesp, onde fui o representante de minha empresa no Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias (Sidocal). Por 7 anos, eu liderei a comissão de Food Service da ABIA e, sob minha liderança, criei o Congresso Internacional de Food Service, que, hoje, está em sua 13ª Edição, ganhou vida própria e se tornou o congresso e o evento anual mais importante no Brasil. Já na minha carreira pessoal, tenho vários hobbies como marcenaria, Gastronomia e pintura (óleo sobre tela). Também faço esportes de aventura e expedições. Gosto de explorar o desconhecido e de me desafiar”, explica.

 

Foto: Arquivo Pessoal

 

O especialista partilha também que saiu de casa cedo, aos 17 anos e para cursar Engenharia de Alimentos. Para Gallego, essa precoce independência foi bastante positiva, pois lhe ajudou em diferentes quesitos pessoais e profissionais. “Durante o período acadêmico, como eu morava em uma república, tive a necessidade de aprender a cozinhar. Então, foi aí que comecei a desenvolver a paixão pela Gastronomia. A minha paixão pelos vinhos se iniciou na mesma época, quando fui estagiar na Embrapa, de Bento Gonçalves, no Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho. Também tive uma influência grande de meu pai, que carregava consigo a paixão pela culinária sobre a influência franco hispânica. Voltando muito no tempo, em 1988 especificamente, em meu último ano de universidade, tive ainda oportunidade de entrar como sócio de uma pequena indústria de alimentos que produzia sobremesas para o food service. Lá, adquiri uma grande experiência e pude atuar em diversas frentes, como desenvolvimento de produtos, área industrial, financeira e supply chain. Lá, realmente, desenvolvi a paixão por esse mercado”, avalia.

 

Dia a dia e visão de mercado

 

Hoje em dia, Gallego é “focado na ARYZTA e tenho como meta pessoal fomentar o food service no Brasil. Para tanto, tenho um trabalho associativo ativo, apoiando e liderando a ABIA em posicionar esse mercado com a relevância tal qual o setor merece. A ARYZTA tem sustentabilidade como um de seus pilares, trabalha com práticas sustentáveis, reciclagem, mensuração da pegada de carbono, homologação de fornecedores com práticas sustentáveis, uso consciente da água, redução de desperdício, cuidado animal e direitos humanos. Não sou o responsável por essa área, mas temos um grupo de responsabilidade social carinhosamente chamado ‘Fermentação’. Esse grupo tem, entre suas metas, a geração de emprego e renda”, ressalta.

 

Foto: Arquivo Pessoal

 

Quando questionado sobre qual é a sua visão do atual mercado de alimentação fora do lar, o especialista considera que “trabalhar com food service hoje em dia é muito realizador e desafiador. Esse setor tem um potencial fantástico de crescimento, especificamente, nos dias de hoje. A pandemia nos traz desafios e oportunidades e nos trouxe uma aceleração da digitalização. O crescimento e a popularização do delivery mostraram que, na pós-pandemia, muitos players poderão ter seus negócios maiores do que na pré-pandemia. Outro ponto que se acelera com a pandemia são as dark, ghost kitchens, pois faz todo o sentido termos o delivery sendo entregues por dark e ghost kichens. Quando olhamos o Brasil e o mundo pré-pandemia, falamos que, dos gastos com alimentação, 1/3 era a despesa do consumidor com a alimentação fora do lar. Europa e Norte América tinham 1/2 desses gastos. Isso mostra o potencial de crescimento do food service no Brasil nos próximos anos”, prevê.

 

Escute o especialista!

 

Já cumprindo sua missão de dividir todo o seu conhecimento com você leitor da Rede Food Service, Gallego, por fim, fez questão de dar dicas para os que ainda estão começando em carreiras no mercado de alimentação fora do lar. “É preciso entender em qual área do food service, realmente, seu perfil se adequa. O food service é super amplo! Você pode trabalhar na ponta do operador, na área de logística, na indústria, etc. Em cada uma dessas áreas, existe uma infinidade de re-divisões. O sucesso de verdade só é alcançado se estamos fazendo algo que verdadeiramente temos paixão, propósito. Se acreditamos, vale entendermos realmente nosso perfil e planejarmos. Gerenciar a carreira se faz necessário para pivotar sempre que necessário. Outro ponto fundamental é não ser imediatista, agir no curto prazo, sempre de olho no longo prazo, e tomar o cuidado para não tentar encurtar demais a evolução de carreira, pois isso pode reduzir a experiência e o conhecimento. Lembrar que estar atualizado se fará sempre necessário e que estudar e ganhar conhecimento será uma constante em sua carreira. Quem dirigi sua carreira é você, não o mercado ou seu empregador! Acredite nos seus sonhos! Afinal, sonhar grande ou pequeno custa a mesma coisa e, parafraseando Fernando Pessoa, o ser humano é do tamanho de seus sonhos”, aconselha.

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