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Pesquisa aponta que 50% dos brasileiros reduziram o consumo de carne

Estudo foi realizado pelo IBOPE e coordenado pelo GFI – The Good Food Institute

Vegetais scaled 1
Vegetais scaled 1

 

Já pensou em oferecer opções sem carne no cardápio do seu estabelecimento de alimentação fora do lar? Se não, nós da Rede Food Service temos um alerta para você!

 

Pesquisa realizada pelo IBOPE, coordenada pelo The Good Food Institute e apoiada por onze empresas do setor alimentos, aponta que 50% dos brasileiros já reduziram o consumo de carne. Portanto, atenção!

 

Intitulado de ‘O consumidor brasileiro e o mercado plant-based’, o estudo foi realizado com 2000 pessoas de todas as classes sociais e regiões do país e mostra que os brasileiros estão, cada vez mais, buscando incorporar opções saudáveis de alimentos no seu dia a dia.

 

Segundo os dados, tanto homens como mulheres estão diminuindo o consumo de proteína animal e as substituindo por proteínas alternativas. Esse novo hábito, conhecido como flexitarianismo, cresceu de 29% em 2018 para 50% em 2020.

 

Em entrevista à Rede Food Service, Raquel Casselli, Gerente de Engajamento corporativo do The Good Food Institute, comentou que “a alimentação tem um aspecto cultural bastante forte e a carne está inserida em muitas das tradições brasileiras, como a feijoada, o churrasco de domingo, o peru no Natal, etc. Por isso, a mudança desses hábitos depende de a indústria conseguir desenvolver produtos que se insiram nessas situações, que promovam a experiência sensorial que o consumidor espera e os aspectos de saudabilidade que ele valoriza”, pontua.

 

Aspectos levados em conta pelo consumidor

 

O mesmo levantamento também serviu de base para a constatação de quais são os aspectos levados em conta pelo consumidor quando o tema envolve as mudanças de hábitos alimentares que resultam em mais qualidade de vida e saúde, como quantidade de proteína, de gorduras e uso de aditivos naturais ao invés de artificiais.

 

Os dados mensurados mostram que existe uma grande oportunidade e, ao mesmo tempo, um desafio para os produtos vegetais disponíveis no mercado, uma vez que a maioria dos entrevistados apontou que prefere consumir alternativas vegetais em casa, seja ao cozinhar (62%) ou pelo delivery (44%). Além disso, os momentos em que eles mais gostariam de ter essas alternativas são nas refeições do dia a dia (59%) e em refeições rápidas (54%).

 

A influência do preço no momento da compra também ganhou destaque nas indicações da pesquisa. Apenas 36,5% dos entrevistados disse estar disposto a pagar a mais por um produto análogo vegetal. “Existe uma dinâmica natural de mercado: o preço vai ficando mais competitivo à medida que a escala aumenta, o domínio das tecnologias é maior e conseguimos nacionalizar os ingredientes.” explica Felipe Krelling, coordenador de engajamento corporativo do GFI Brasil.

 

Como comprovação da importância do preço na escolha, 39% dos entrevistados escolheram a opção mais barata, não se importando, por exemplo, com o tipo da proteína que estava na sua composição. “Isso reforça a necessidade e o desafio da indústria em desenvolver produtos com preços que atendam as expectativas dos consumidores, em consonância com o que é praticado dentro da categoria do seu análogo”, conclui Felipe.

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