O significado da palavra adaptar é ajustar uma coisa à outra. Adaptabilidade, palavra de ordem no momento, é a característica ou aptidão daquilo que pode se adaptar. Mas será que realmente precisamos dessa tal adaptabilidade, ou a boa e velha resiliência ainda é mais do que necessária?
O fenômeno das redes sociais tem tornado o mundo mais pasteurizado. Um mundo que, às vezes, parece ser vazio e sem conteúdo algum, apesar de tanto conteúdo postado. “Você precisa desenvolver sua marca pessoal no Linkedin”, exatamente como todo mundo. “Você precisa postar no instagram e facebook”, exatamente como todo mundo. “Precisa agir”, exatamente como todo mundo…
Temos que trabalhar em home office, porquê agora é assim. Adotar a cultura agile em nossas empresas, porquê agora é assim. Fazer crossfit, dieta da moda, postar #tbt e foto de tudo o que come, beber café orgânico, ser vegano ou assistir 8 lives por dia, porquê agora é assim. Repetir e fazer tudo igual a todo mundo, porquê agora é assim!
O mundo atual parece ter, cada vez mais, a profundidade de apenas 15 segundo do TIK TOK. Apenas temos que “nos adaptar” e seguir em frente. Mas espera aí! Se é pra ser exatamente igual a todo mundo, então não tem nada de adaptabilidade! Mas sim com padronização!
Quando nos adaptamos a padrões pré-definidos, esquecemos o nosso lado humano e a nossa capacidade (e necessidade!!!) de nos relacionarmos. E, principalmente, de sermos únicos! No nosso DNA, na nossa impressão digital, nas nossas intenções e em nossa essência.
A premissa de adaptação, é que devemos aprender a conviver em ambientes e situações diferentes. DIFERENTES!
Quando todos agem da mesma forma, estão criando um mundo padrão. De gente que não pensa, não questiona, não faz reflexões e não analisa nada com profundidade. Tudo raso e superficial. E sempre sobre essa premissa da adaptabilidade.
O que seria da natureza se todas as espécies (inclusive a humana!) se adaptassem a um meio ambiente único? Se fossem todos iguais? Um único meio ambiente e uma única espécie. Sobreviveríamos???
Individualidade e padrão são antagônicos! Adaptar-se é fazer diferente. Ser flexível e fazer o que for preciso para achar seucaminho. O SEU caminho! Não o dos outros. Tem a ver com achar a melhor forma de fazer qualquer coisa. Mesmo que dure a vida toda. E para isso, só a RESILIÊNCIA resolve!
Não! Definitivamente não precisamos dessa adaptabilidade! Precisamos MESMO é exercer a nossa RESILIÊNCIA. A nossa capacidade de suportar as mudanças, aprender a lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão dos obstáculos, percalços ou fatalidades que possam surgir. Principalmente agora durante a pandemia.
É ela que nos permite pensar a longo prazo e fazer com que nossas ações sejam consistentes. É a resiliência que nos forma como seres humanos fortes, capazes de lidar com as adversidades sem sucumbir. É a resiliência que nos ajuda a construir coisas perenes. É ela que nos leva a persistir e insistir quando algo dá errado. A resistir e não nos deixar desistir dos nossos sonhos, objetivos e propósitos.
É a resiliência que nos permite evoluir! Aprender, desenvolver novas habilidades, evoluir e conviver em harmonia em qualquer tipo de meio ambiente. Seja ele qual for!
Essa adaptabilidade, está nos levando a fazer tudo igual. E para que a humanidade não padeça, PENSE DIFERENTE!
#emfrente!
Formado em Hotelaria pelo SENAC-SP, Pós Graduado em Marketing de Serviços e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios. É especialista em Gestão de A&B e Pessoas, com mais de 20 anos de experiência no mercado e passagem por grandes grupos como CiaTC, Ritz, Leopolldo, GJP Hotels & Resorts, Quitanda e Grupo Frutaria. Foi professor da EGG (Escola de Gestão em Negócios da Gastronomia) e hoje atua como Consultor e Diretor de Hospitalidade da marca Tania Bulhões.
Rodrigo Malfitani
Formado em Hotelaria pelo SENAC-SP, Pós Graduado em Marketing de Serviços e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios. É especialista em Gestão de A&B e Pessoas, com mais de 20 anos de experiência no mercado e passagem por grandes grupos como CiaTC, Ritz, Leopolldo, GJP Hotels & Resorts, Quitanda e Grupo Frutaria. Foi professor da EGG (Escola de Gestão em Negócios da Gastronomia) e hoje atua como Consultor e Diretor de Hospitalidade da marca Tania Bulhões.
