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Tecido que neutraliza o Covid-19 é criado pelo SENAI, Bio-Manguinhos e Diklatex

Tecido tem 99,9% de eficácia e será utilizado para produzir 600 mil itens de proteção contra a doença por mês

Desde março, equipes com médicos, microbiologistas, engenheiros têxteis, de materiais e químicos já vêm trabalhando no desenvolvimento do inovador tecido

 

Uma boa notícia nos atuais e difíceis tempos de pandemia e Covid-19. Um tecido que neutraliza o novo Coronavírus foi criado pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, por meio do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, que uniu-se à Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, e à empresa Diklatex.

 

Conforme os testes já realizados, o tecido tem 99,9% de eficácia e o previsto é que seja utilizado para produzir 600 mil peças de proteção contra a doença por mês, como máscaras e aventais, por exemplo.

 

As análises preliminares, que foram feitas no início de junho deste ano, demonstraram também que as amostras do tecido foram capazes de inativar mais de 99,9% das partículas virais respiratórias do sarampo e da caxumba. Sendo válido pontuar que, apenas depois de testar positivamente para esses outros dois vírus, que os pesquisadores chegaram à confirmação da mesma eficácia para o Covid-19.

 

Repercussão

Para Sheila Maria Barbosa de Lima, Chefe de Laboratório, “a comprovação da ação anti- SARS-CoV-2 do tecido produzido pelo SENAI CETIQT/Diklatex se destaca no cenário atual do país em meio à pandemia como um importante equipamento de proteção no combate à disseminação do vírus”, avalia.

 

Na avaliação de Rafael Lucchesi, Diretor-Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, são inovações desse porte que irão possibilitar o Brasil a se reposicionar de forma competitiva no novo mercado global durante e pós-pandemia. “O resultado da parceria do SENAI com Bio-Manguinhos e a Diklatex demonstra que a inovação é decisiva para o Brasil enfrentar as consequências do novo Coronavírus e também será essencial no pós-pandemia, quando o país terá o desafio de repensar a atividade produtiva para que seja mais forte e competitiva diante das oportunidades que vão surgir”, acredita.

 

Pioneirismo

Desde março, equipes com médicos, microbiologistas, engenheiros têxteis, de materiais e químicos já vêm trabalhando no desenvolvimento desse inovador tecido. Além disso, o projeto foi selecionado pelo Edital de Inovação para a Indústria na categoria Missão contra o Covid-19, criado pela parceria do SENAI com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). “Somos a primeira empresa brasileira a conseguir a comprovação científica de um tecido metodologicamente testado por uma das organizações das mais gabaritadas no país. Este têxtil mede exatamente a eficiência de inativação viral com a cepa do vírus SARS-COV-2, causador da Covid-19. Seguimos os protocolos científicos e, com o resultado efetivo e comprovado, poderemos proporcionar maior segurança e minimização efetiva da contaminação cruzada, além de gerar grande benefício ao mercado hospitalar, o que, certamente, abrangerá a sociedade em geral”, explica André Jativa, Diretor Executivo da Diklatex.

 

Adriano Passos, Coordenador da Plataforma de Fibras do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, por sua vez, acrescenta que os procedimentos adotados para os testes de eficácia do tecido foram os mais rigorosos existentes. “O protocolo para têxtil foi validado por Bio-Manguinhos baseado na ISO 18184. Ou seja, temos um tipo de funcionalização química aplicada ao têxtil que se mostrou eficiente na inibição viral (cinética de contato) e, após um minuto, neutralizou a SARS CoV-2”, enfatiza.

 

Na Rede Food Service é assim. Todos os dias, tem novidades sobre a pandemia de Covid-19 Saindo do Forno para você.

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