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Levantamento indica crescimento de gastos com delivery em mais de 94% durante a pandemia

Analise foi feita com base em dados de consumo de mais de 160 mil usuários do aplicativo MOBBILLS de finanças pessoais entre janeiro e maio

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A MOBILLS, startup de gestão de finanças pessoais, analisou dados de mais de 160 mil usuários do aplicativo Mobills entre os meses de janeiro e maio de 2020, e constatou que os gastos com os principais aplicativos de entregas focados no delivery de comida (Rappi, Ifood e Uber Eats) cresceram 94,67% no período, ou seja, quase dobraram na comparação entre janeiro e maio de 2019.

 

Para o CEO da Mobills, Carlos Terceiro, a queda no mês de março está relacionada com o medo das pessoas diante da incerteza da pandemia. “No gráfico é possível notar que em março, início da quarentena no Brasil, os serviços de delivery tiveram uma queda de 16,98% em comparação a fevereiro. Porém depois do primeiro mês de isolamento social, os dados apontam crescimento das despesas com delivery”.

 

Comportamento de gastos com Delivery mapeado pela MOBILLS com mais de 160 mil usuários

 

Em abril, o crescimento representou 60,67% em relação a março, e em maio, 39,58% em comparação com abril. “O que podemos perceber foi que o aumento no delivery ocorreu de forma balanceada e gradual à medida que outras despesas foram ficando menores, como com transporte e lazer”, analisa Carlos Terceiro.

 

O vendedor Nathanael Cunha, 23, usuário do aplicativo Mobills, conta que realmente houve aumento dos gastos em delivery assim que a quarentena começou. “No início era tranquilo, mas com o tempo a gente começou a ter preguiça de cozinhar, queria comer algo diferente”, justifica.

 

Valor gasto por transação cresce até 90%

 

O estudo dos dados também analisou crescimento no ticket médio dos pedidos realizados em cada um dos aplicativos.

 

A Rappi, que além do delivery alimentício oferece entrega de supermercado, farmácia e compras em geral, se destacou sendo o aplicativo que teve maior aumento no ticket médio. Em maio, o valor médio das transações era R$ 97,20, o que representa aumento de 92,4% em comparação ao mês de janeiro, onde o gasto médio era de R$ 50,51. “Analisamos que essa alta se deve ao aumento de pedidos não apenas de restaurantes, mas também de outros itens de necessidade básicas que são entregues pela plataforma”, explica Terceiro.

 

O Ifood manteve o ticket médio estável até março, quando começou a apresentar crescimento. Em janeiro e março, os gastos em média eram de R$ 35,00, em maio, o valor cresceu para R$ 42,00 representando 22,3% de aumento em comparação a janeiro.

 

O Uber Eats não apresentou crescimento no ticket médio, mantendo o valor por volta de R$ 36,00 em maio.

 

Variação de Ticket Médio por marketplace identificada pela MOBILLS

 

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