“Eu sou super dinâmica. Como dizem meus amigos, ligada na tomada! Adoro sair e estou sofrendo na quarentena. Amo pessoas! Sou uma super mãe e amo desafios”. É assim que Tatiana Lanna, Business Owner de Cloud Kitchen na Liv Up, startup brasileira que produz, comercializa e entrega mais de 250 mil refeições e alimentos saudáveis por mês em mais de quarenta cidades espalhadas pelo Brasil, se define.
Formada em Turismo e Gastronomia e com MBA em Marketing, a chef, de 40 anos, também é sócia no BEC Bar e garante que o seu perfil ‘ligado na tomada’ é o segredo que a move. “Eu uso meus conhecimentos de cozinheira diariamente, seja na criação de uma receita ou na modelagem do fluxo de um restaurante. Para mim, é uma alegria poder trabalhar nesta área e estar todo dia envolvida em uma área criativa, dinâmica e quase sagrada. Depois de ser mãe, ainda estou me adaptando ao ‘novo normal’, mas eu consigo conciliar bem a vida de profissional e mãe. Tenho ajuda para isso e, graças a Deus, a tecnologia também está ao nosso lado”, confidencia.
Atualmente como Business Owner de Cloud Kitchen na Liv Up, Lanna tem como principal desafio “estruturar e montar restaurantes de diferentes culinárias que atendam a necessidade dos nossos consumidores. Por meio da venda direta, conseguimos informações importantes que geram nossos insights para criar ofertas que façam sentido para os nossos clientes. Além disso, temos o objetivo de trabalhar com ingredientes orgânicos, de pequenos produtores e com sabores super legais. Temos três operações, sendo em Vila Olimpia, Vila Mariana e Pinheiros, todas em São Paulo, e estamos indo para a quarta, que será no Tatuapé, também na capital paulista. Em 2021, devemos expandir para outras capitais do Brasil e, em breve, teremos outros tipos de restaurantes”, revela.
Como tudo começou
Lanna faz parte da equipe da Liv Up desde o ano passado. “Em 2019, recebi um convite para me juntar ao time da Liv Up, start up de alimentação saudável, e construir mais uma unidade de negócios, as cloud kitchens, que são restaurantes 100% delivery que fazem a venda direta ao consumidor por meio do aplicativo da Liv Up. Lançamos o primeiro restaurante especializado em saladas, o Salad Stories. Por meio das nossas saladas, contamos as histórias dos pequenos produtores, ingredientes orgânicos e super especiais e sempre com receita super elaboradas e saborosas criadas por chefs”, ressalta.
Já o primeiro contato da executiva com o mercado de alimentação começou quando ela era bastante jovem. “Comecei aos 20 anos, quando montei o meu primeiro restaurante com uma amiga. Eu amei a experiência! Após isso, fui estudar Gastronomia, me especializei e fiz alguns cursos na França, na Escola Cordon Bleu. Em 2005, comecei com consultorias, montei operações no Brasil, Turquia e na China. Em 2008, voltei para São Paulo e decidi entrar no mundo corporativo, estruturando uma equipe de consultorias para clientes de food service. Passei por duas grandes multinacionais, a BRF e a Unilever, onde trabalhei nas áreas de Marketing, Vendas e Trade”, relembra.
Alimentação como experiência
Para Lanna, “em linhas gerais, a alimentação hoje em dia está muito relacionada à experiência. Para mim, depende muito do momento de consumo. Tem o momento que eu quero o básico para matar a fome. Então, o ideal é que o restaurante seja rápido, saudável e gostoso. Em outros dias, eu quero me divertir com meus amigos e, para tal, eu prefiro um ambiente mais acolhedor, pois quero ficar horas comendo e bebendo coisas gostosas”, explica.
A executiva partilha ainda que, desde o advento da pandemia de Covid-19, o atual mercado food service encontra-se dividido em duas fases, que são a antes e depois da doença e sua decorrente crise social e econômica. “Antes do Covid-19, o mercado food service estava buscado profissionais com mais preparo para cargos de liderança, mas a tecnologia ajuda muita. Hoje, apertando um botão você consegue preparar um prato, por exemplo. Mas, depois do Covid-19, acredito que viveremos uma nova era onde a experiência será extremamente importante tanto para o consumidor sair de casa (só sairá se, realmente, valer a pena) ou até mesmo ficar em casa (delivery com experiência de restaurante). Além disso, teremos um aumento no desemprego e uma alta taxa de quebra de restaurantes, o que ocasionará uma concentração de grandes grupos”, avalia.
Quer saber mais sobre o dia a dia da vida de quem chefia uma empresa do ramo de alimentação fora do lar? Então, continue acompanhando a Rede Food Service, onde, por meio da Editoria Vida de Chef, sempre te confidenciamos detalhes relacionados aos bastidores de como é ser uma executiva como Tatiana Lanna e outros tantos profissionais de renome do mercado food service.