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Bares em quarentena

Aos Bares, assim como para a maior parte do comercio, só restou o Delivery como alternativa

A pandemia provocada pelo novo corona vírus exigiu de praticamente todo o mundo impor o tão falado distanciamento social. Neste movimento, o comércio foi um dos setores mais afetados, especificamente estabelecimentos como bares e restaurantes.

A Rede Food Service foi falar com proprietários de Bares e Botecos de Belo Horizonte, cidade reconhecida pela grande concentração e frequência deste tipo de estabelecimentos e separou um depoimento que reflete bem a situação do segmento na cidade.

Roberto Alcantara Perpetuo, de 36 anos, é sócio-proprietário do Pizza Bar Verdinho, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte (MG). Considerado um bar universitário, por estar em frente a uma grande universidade, “vivia cheio”, como ele mesmo lembra. “Antes da pandemia, o bar era assim. Desde as 8h da manhã até o horário de fechamento – meia-noite. Fazíamos eventos todas as terças e quintas, com música ao vivo e DJ. Com a quarentena em vigor, a faculdade suspendeu as atividades presenciais, cortando assim 80% do meu faturamento bruto, já que muitos dos meus clientes vinham de lá. Tive de afastar dois funcionários, além de ter que demitir uma pessoa”, lamenta.

Roberto Alcantara Perpetuo, sócio-proprietário

Os estudantes e a clientela em geral, que apreciam uma boa pizza da região, ambiente descontraído e música ao vivo, sempre optavam pelo Verdinho antes de tudo mudar. Hoje, para o sócio-proprietário, o cenário é o pior possível. “Para nós, microempreendedores, é prejuízo na certa. Perigoso até encerrar as atividades por não conseguir arcar com as contas.” Previsão de retorno à normalidade, o Verdinho não tem, até porque depende de análises e estudos de profissionais da saúde, das autoridades competentes e das prefeituras de cada cidade para a reabertura gradativa do comércio assim que o pico de infecções diminua. “Diante disto tudo, nos resta inovar no delivery, criando promoções, mesmo que isso impacte no nosso faturamento. Estamos tentando nos adequar a esse cenário caótico.”

Em Belo Horizonte a realidade de Roberto se repete para milhares de proprietários de bares e restaurantes. As principais associações da categoria temem pelo fechamento de até 30% do mercado dependendo do tempo que a quarentena durar.

 

Para tentar amenizar um pouco a situação, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) criou a campanha ‘Apadrinhe um Bar’.

A ação estimula clientes a adotarem seu estabelecimento preferido e divulga-lo nas redes sociais com a hashtag #ApadrinheUmBar.

A intenção é que com o término da quarentena as pessoas queiram conhecer os bares divulgados pela iniciativa e com isso o setor possa se recuperar mais rapidamente.

Apesar do cenário crítico e do fim incerto, Roberto do Verdinho ainda faz questão de reforçar a importância da priorização da saúde neste momento e destaca que tem procurado sempre aconselhar as pessoas a ficarem em casa e se confraternizarem apenas com quem dividem a moradia.

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