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Mateus Turner: de garçom a sócio investidor de restaurante

Mateus CASA 2
Mateus CASA 2

Um dos proprietários do Casa Santo Antônio conta como suas experiências de vida lhe ajudam no dia a dia como empresário

De garçom a sócio investidor de restaurante. Essa é história de Mateus Magina Turner de Godoy, de 38 anos, natural de Cruzeiro, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, casado e pai de dois filhos, de 2 e 5 anos. Formando em Administração em Hoteleira pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Campos de Jordão e pelo Centro Universitário Ibero-Americano São Paulo, Mateus Turner, como é mais conhecido, é sócio investidor do Restaurante Casa Santo Antônio há sete anos, além de também atuar como Gerente Comercial de Distribuidores e ON Trade na Moet Hennessy, que é a divisão de bebidas do Grupo LVMH – Louis Vuitton Moet Hennessy.

Localizado na avenida João Carlos da Silva Borges, número 764, no coração do bairro Granja Julieta, em São Paulo, capital, o Restaurante Casa Santo Antônio foi reformado há pouco tempo, sendo ponto de referência para quem busca uma Gastronomia contemporânea, com ênfase em pratos italianos. Turner conta que possui “vinte anos de carreira e sou sócio do Casa Santo Antônio com mais três sócios. No momento, o projeto é consolidar, cada vez mais, a restaurante e fortalecer a área de eventos e delivery”, revela.

O Casa Santo Antônio funciona em uma edificação charmosa da década de 60, onde os clientes também têm acesso à uma carta de vinhos premiada diversas vezes. Porém, mesmo assim, o local ganha cada vez mais fama pelo excelente custo benefício dos seus pratos e bebidas. Afinal, o slogan que move o negócio é “que você se sinta em casa no Casa!”. Por isso, o Casa Santo Antônio está, há cinco anos consecutivos, na seleta lista ‘Bib Gourmand’, do Guia Michelin, que indica os melhores restaurantes com preços moderados.

Experiência conta!

Para Turner, toda as suas experiências de vida lhe ajudam e muito no seu dia a dia como empresário. Até porque, na sua visão, hoje em dia, “os maiores desafios de trabalhar no mercado food service são o radicalismo que tomou conta das redes sociais e que torna pessoas sem preparo algum em críticos de um negócio ou projeto sem nenhum embasamento técnico para isso. Mas, a era digital não tem volta e todo o mercado de food service terá que trabalhar muito nesse sentido. Quem não fizer, vai ficar de fora do mercado”, alerta.

Ainda segundo Turner, o segredo para alcançar sucesso no atual mercado food service é “gostar do ramo e ter resiliência, pois é um mercado muito competitivo e informal. Para quem está começando, indico que busque diversificar e ter próximo de você pequenas, médias e grandes empresas, cada uma irá te agregar alguma coisa. Assim como, admire os produtos e marcas que trabalha e mantenha boas relações, o mundo dá muitas voltas”, aconselha.

 

Quem é Mateus Turner?

Para o empresário, atualmente, ele é “um apaixonado por comer e beber, viajar e aproveitar momentos simples com meus amigos e minha família. Gosto muito de conhecer novos restaurantes, culturas e, graças aos meus trabalhos, sempre tive oportunidade de ter contato com essas experiências, seja no Brasil como na Europa. Busco ter uma vida de equilíbrio entre o profissional (competitividade que existe dentro do mercado e, principalmente, do mercado corporativo) e minha vida pessoal com meus filhos, meus pais, minha esposa e meus amigos”, diz.

Turner afirma que, atualmente, o que mais lhe caracteriza é “a intensidade com que gosto de fazer as coisas. Às vezes, até me desgasto demais por querer que as coisas andem mais rápido, mas não sei ser diferente. E, hoje, busco ter o equilíbrio e resiliência de saber que as coisas, às vezes, demoram mais do que gostaríamos, mas que nem sempre é um problema isso”, avalia.

 

Como tudo começou

O primeiro contato de Turner com ramo food service foi quando ele ainda era criança. O empresário relembra que “meus avós e meu pai sempre gostaram muito de comer e viajar. Lembro na infância de vir a São Paulo comer na Famiglia Mancini, Giglio e outras restaurantes. Quando fiz 15 anos, ainda morando em Cruzeiro e ingressando o 1° colegial,  meu pai me disse que o Senac Campos do Jordão iria inaugurar um hotel escola e que teriam o curso técnico de Administração em Hoteleria (de manhã fazia o colegial normal e a tarde o curso técnico). Foi, então, que comecei. Morei por três anos em Campos do Jordão e, ali, comecei a me apaixonar por esse mercado que estou até hoje”, relata.

Conforme o empresário, desde que ele foi estudar em Campos do Jordão, coleciona boas experiências. “Quando vim para São Paulo, em 2001, para fazer Faculdade na Ibero Americana, tinha uma amiga em Riviera de São Lourenço, no litoral de São Paulo, e que trabalhava em um restaurante chamado Maremonti (existe até hoje e se tornou um grupo). Assim, comecei a fazer ‘extras’ de garçom no Maremonti Riviera. Na época, o proprietário era o Ricardo Trevisani (grande mestre para mim do serviço e atendimento, aprendi muito com ele), que acumulava a função de dono do Maremonti com a diretoria operacional do Grupo Fasano, onde trabalhei por uma temporada de Verão e fui chamado para trabalhar na Forneria San Paolo, que era do Grupo Fasano. Fiquei lá por um ano e aprendi muito, pois atendíamos quase mil pessoas por dia. Em 2003, o projeto do Hotel Fasano estava prestes a abrir e eles passaram a recrutar jovens de todas as casas do Grupo e eu fui chamado para trabalhar no hotel. Comecei de garçom, ‘boqueteiro’ (pessoa que leva os pratos da cozinha a mesa e cuida do controle de qualidade e padrão dos pratos) e, logo no primeiro mês, fiquei encantado com os vinhos e todo aquele serviço orquestrado pelo sommelier Manoel Beato. Com isso, demonstrei meu interesse em ser assistente do sommelier e, logo na primeira semana, já tinha recebido uma aula completa de vinhos e provado muitos vinhos importantes para minha formação, além da grande amizade, carinho e admiração que tenho com o Manoel Beato até hoje. Fiquei dois anos no Fasano como sommelier, fui para o Parigi como chefe sommelier e fiquei no Grupo Fasano por quase sete anos. Mas, pedi demissão do Parigi, pois queria aprender inglês e queria ter uma experiencia fora do Brasil. Fui morar em Londres por dois anos, trabalhando sempre no ramo (restaurantes estrelados, bares, catering, etc). Quando voltei, já não queria mais trabalhar finais de semana e a noite e, então, comecei a procurar algo na indústria de bebidas e vinhos. Assim, em 2009, a Nespresso estava começando no Brasil e entrei na área comercial de vendedor. Fui vendedor júnior, pleno, sênior, supervisor, gerente comercial e, depois de cinco anos, fui assumir a gerência comercial e de marca das marcas de águas do Grupo Nestlé. Eu cuidava das marcas S.Pellegrino, A. Panna e Perrier, onde fiquei por três anos até ser convidado para trabalhar no meu cargo atual no Grupo LVMH. Nesses oito anos de Nestlé e em meio aquelas crises profissionais entre seguir na carreira corporativa e ser empreendedor, que surgiu o projeto do restaurante Casa Santo Antônio, onde amigos do Grupo Fasano que saíram me chamaram para ser sócio e que, há sete anos, nos enche de alegria”, comemora.

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